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GOLPE COLORIDO CIBERNÉTICO IMPERIALISTA TERRORISTA MASSIVO CONTRA MADURO

CESAR FONSECA

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O ministro da Defesa da Venezuela, Wladimir Patrino López, não poderia ser mais claro ao dizer na Telesur, nesta terça feira, que o país está sob golpe de Estado e apontou suas baterias para os Estados Unidos, enquanto lia, em seguida, manifesto, oficializando denúncia, acompanhada da promessa de que as forças armadas venezuelanas estarão sempre ao lado do presidente Nicolás Maduro, eleito, constitucionalmente, pelo voto popular democrático, a fim de proteger o socialismo bolivariano ameaçado pelo imperialismo.

Teria sido leviano o chefe maior das forças militares da Venezuela, que se mostrou convicto das suas palavras politicamente explosivas, que criam ambiente de guerra na América do Sul, se tentarem desestabilizar o presidente sufragado nas urnas, mas atacado por provável golpe cibernético terrorista imperialista, aventado abertamente por Patrino, ao mesmo tempo em que Maduro conjecturou que os venezuelanos estão sendo vítimas de uma guerra colorida, híbrida, semelhante às que os Estados Unidos patrocinaram mundo afora nos últimos 10 anos para derrubar regimes incompatíveis ideologicamente com o império?

E se o império americano estiver comandando mais uma guerra cibernética terrorista massiva típica das revoluções coloridas que Washington estimulou, para interromper funcionamento da maquinaria computacional que agrega os dados eleitorais da Venezuela, para transformá-los em alvo de ataque que destruiria as informações eletrônicas, de modo a justificar golpe contra o presidente Nicolás Maduro?

Teria sido ou não mero jogo de cena o telefonema do presidente Joe Biden ao presidente Lula para informar-se, como disse chancelaria americana, do que acontece na Venezuela, se ele poderia já estar sabendo de tudo, graças às informações disponíveis do império pelos seus órgãos de informação, espionagem e segurança?

O fato é que não coaduna com o mundo cibernético e ultra veloz movido pela tecnologia da informação a demora na divulgação das atas da eleição presidencial venezuelana, ato meramente administrativo, que ganha conteúdo político explosivo internacional.

Lula teria ou não sido envolvido em uma armadilha de intriga internacional pela Casa Branca para ser utilizado como fator de insegurança a lançar desconfiança sobre fraude eleitoral contra Maduro relativamente à inexistência, até o momento, das atas eleitorais, de modo a adensar rumores de mais um golpe na América do Sul?

Não seria exatamente o que o Deep State gostaria de ouvir de Lula: cobrança sobre as atas, como condição para reconhecer a vitória eleitoral de Maduro, algo semelhante ao que estão fazendo a direita e a ultra direita golpista latino-americana, já reunidas em torno da Organização dos Estados Americanos(OEA), totalmente, controlada por Washington, para tentar derrubar o presidente da Venezuela, como outrora o império fez com o presidente Manuel Zelaya, de Honduras, em 2009.

CORTINA DE FUMAÇA

Tudo está excessivamente turvo a favorecer mil e uma intrigas.

No domingo de eleição, a apuração somente começou na madrugada de segunda e as informações sobre apuração de 80% dos votos, que asseguravam a vitória de Maduro, produziram reações contidas dos vencedores.

A notícia de que hackers na Macedônia do Norte dispararam ataques cibernéticos sobre urnas eleitorais na Venezuela representou ou não, na prática, o golpe de Estado que o ministro da Defesa da Venezuela denunciou na Telesur?

O efeito prático desse ataque cibernético teria ou não detonado o sistema eleitoral venezuelano, que impede a emissão de atas eleitorais, capaz de germinar a conspiração que toma conta do país, de toda a América Latina, de Washington, com extensões na China e na Rússia?

E se for ultrapassado o prazo legal de 72 horas determinado em lei para que o governo divulgue todas as informações disponíveis sobre a eleição e as atas não aparecerem?

Essa quarta feira será o prazo final.

Eventual não divulgação dessas atas justificarão ou não golpe de Estado em Maduro, como já se cogita entre a direita e ultradireita latino-americana, serviçal de Washington?

A motivação washingtoniana, que busca atrair aliados, não é outra senão a de que Maduro e os militares chavistas teriam sido cúmplices na tarefa de fraudar a eleição, segundo a oposição?

Há ou não problemas que poderão atrasar ou não a divulgação dessas atas, simplesmente, por porque teriam sido destruídas pelo ataque cibernético terrorista massivo denunciado pelos militares e Maduro?

EMERGÊNCIA MILITAR

O fato é que os militares venezuelanos estão em mobilização emergencial total em torno de Maduro, como destacou o general Padrino López, convencido de que a Venezuela é alvo de golpe de Estado, contra o qual estará ao lado de Maduro.

Padrino foi claro na Telesur: a união cívico-militar venezuelana estará de prontidão contra a tentativa de desestabilização constitucional do presidente Nicolás Maduro, que julgam estar sob ataque dos Estados Unidos.

Washington estaria ou não, segundo os militares, utilizando as mesmas armas de sempre: os agentes internos venezuelanos associados aos americanos como colaboradores da CIA e OEA, atuantes permanentes na América Latina contra governos que contrariam os Estados Unidos?

Seriam os casos Juan Guaidó, Lopez Capriles e Corina Machado, cabeças de ponte da ultra direita venezuelana, aliada da Casa Branca, para promover o golpe cibernético terrorista massivo?

Estariam ou não cooptados para fazer guerra colorida pró-Washington, agora, na América do Sul, partir da Venezuela, detonando processo eleitoral venezuelano, para derrubar o presidente Maduro?

ARTICULAÇÃO DA ULTRA DIREITA LATINO-AMERICANA

O presidente da Argentina, Javier Miley, e seu aliado ex-presidente Maurício Macri, expoentes da ultradireita latino-americana, atuaram conjuntamente pedindo a cabeça de Maduro logo após o atraso da divulgação de informações capazes de assegurar a veracidade do anúncio do Conselho Nacional Eleitoral(CNE) de que Maduro ganhara a eleição de Gonzalez por 51% a 44%.

Embarcaram, imediatamente, no discurso de Corina Machado de que a vitória de Gonzales alcançava 70% dos votos, sem ter prova dessa afirmação.

Fizeram o mesmo os presidentes do Peru, Equador e Chile.

Desacreditaram completamente o que o CNE divulgou, no início da madrugada de segunda: que a apuração de 80% assegurou a vitória de Maduro, porque o anúncio não veio acompanhado das atas eleitorais.

Evidentemente, o general Wladimir Patrino deixou ou não subentendido, ao divulgar que a Venezuela está sob ataques de golpistas cibernéticos, que empastelaram a maquinaria computacional eleitoral venezuelana, de modo a impedir a divulgação das atas eleitorais?

Pode ou não ter sido inviabilizado efetivamente o modelo venezuelano de eleições eletrônicas, que o governo diz ser seguro e inviolável, sob fiscalização de mais de 900 fiscais de todo o mundo, por que as atas podem não existir mais?

DÚVIDA CRUEL

Pelo sim, pelo não, algo muito sério atrasou a divulgação das atas que deveriam ser distribuídas até 72 horas depois do fechamento das urnas.

A demora estressou geral, até que veio ao ar, afinal, a notícia de que o sistema eleitoral sofreu ataques terroristas de hackers.

O sistema se avariou ou não, para cumprir com a tarefa de totalizar as informações e divulgação das atas?

Essa é a pergunta que dará gás para a oposição detonar Nicolás Maduro, se, nesta quarta-feira, as atas não aparecerem.

A oposicionista Corina Machado, previsível conspiradora do ataque cibernético terrorista massivo, estaria segura da sua afirmação de que Edmundo Gonzalez, candidato da oposição, ganhou a eleição com 70% dos votos, se não tivesse informada da danificação do sistema eleitoral venezuelano por tal ataque, que evita ela de dispor de qualquer prova sobre o que afirma?

COM MADURO PARA O QUE DER E VIER

Do ponto de vista dos militares, a saída é estar ao lado de Maduro, atacado pela ultradireita, para dar continuidade ao socialismo bolivariano, como deixou claro o general Patrino na Telesur, televisão criada por Chaves, com ampla penetração nas forças progressistas latino-americanas.

O manifesto oficial lido pelo general representou resposta aos Estados Unidos, considerados pelos militares venezuelanos autores dos sete golpes de Estado que o governo americano tentou dar na Venezuela, desde 1999, quando Hugo Chávez chegou ao poder.

O socialismo bolivariano, comandado pelo Partido Socialista Unificado da Venezuela(PSVU), exaltado pelo general como instrumento ideológico de luta do chavismo contra o imperialismo, está consciente de que a Venezuela é alvo preferencial do Pentágono para dar um golpe no governo Maduro, como condição para dominar o petróleo abundante venezuelano.

PETRÓLEO NOVA MOEDA PARA SUSTENTAR DÓLAR

Os Estados Unidos, na rabeira da corrida tecnológica para a China, não querem renunciar ao petróleo e prometem taxar os meios de transportes elétricos que os chineses desenvolvem, para vender a custo muito mais barato do que a tecnologia ecologicamente incorreta do petróleo tocada pelos americanos.

Por essa razão, a Venezuela é o alvo preferencial da América, especialmente, se Donald Trump chegar à Casa Branca.

Recentemente, o candidato republicano se reuniu com 20 presidentes de corporações do petróleo, em sua casa em Mar a Lago, para avisar que o governo sob seu comando estimulará a produção de petróleo em todo o mundo.

Washington, que deve 35 trilhões de dólares de dívida pública, apavora o mundo financeiro especulativo, porque o dólar deixou de ter aval do petrodólar.

Sem o aval do petróleo, o dólar naufraga na desdolarização que, segundo Trump, representaria o fim dos Estados Unidos como potência hegemônica.

E AGORA, TIO SAM?

O acordo EUA-Arábia Saudita, que criou o petrodólar em 1994, para durar até 2024(50 anos), venceu em 9 de junho.

Desde então, o dólar não tem mais o lastro exclusivo do petrodólar saudita, que já está sendo negociado com a China em moeda chinesa.

Os Estados Unidos, maiores devedores do planeta, trabalham com moeda sem lastro real, razão pela qual deixa o império sob alvo dos especuladores, como cogitam analistas internacionais.

O governo americano, segundo Trump disse aos representantes das corporações petroleiras, não medirá esforços para estimulá-las a perfurar territórios onde tiver petróleo na face da terra.

O petróleo, como demonstrou o petrodólar, enquanto durou, é o avalista do dólar.

Sem o acordo EUA-Arábia Saudita, o dólar está sem avalista.

Por isso, Washington não quer a continuidade do chavismo no Palácio de Miraflores, alvo do golpe cibernético terrorista massivo que pode ter detonado o sistema eleitoral moderno da Venezuela, com o fito de implodir Nicolás Maduro.

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