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| Os incríveis Anos 50 no Brasil |

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anna thereza c r
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arquiteta | urbanista | yogi • amante das artes | saberes | jornada • entusiasta por desenvolvimento humano

 

– Os incríveis e concretos Anos 50 no Brasil –

Sempre brinco com essa minha frase, ‘como alguém ousou escrever uma frase qualquer depois de Shakespeare, o bardo mór do meu coração?’ e termino por me render à outra, ‘ainda bem que o poetinha, detentor do segundo posto nesse meu velho músculo cárdio, o fez’!
A verdade é que Vinícius ocupou meu pódio pulsante antes da paixão britânica.

Lembro-me dele desde bem pequena, nos muitos vinis, cassetes, vídeo clipes e papos, em casa e nas estradas. No entanto, ele foi atropelado pela avassaladora onda literária no primeiro ano da faculdade de letras, e que um tempo depois, foi rompida por outra, com lapiseiras e pranchetas, a arquitetura!
(percebam que o VAR dos meus superlativos sentimentos, é bastante consultado, mas uma hora eu conto dessa outra…)

Brincadeiras à parte e graças aos céus – ou infernos, muitos também ousaram, pois, se não fossem as leituras, as músicas e as vitamínicas derivadas artes, estaríamos nos dias atuais, de luz apagada e limites sumidos, completamente perdidos.

 

Voltemos ao começo de tudo!

Após a efervescência dos anos 20, no entre guerras por volta da década de 30 e meados de 40, as rodas da nossa cultura e conceito estético, foram encorpadas pela musculatura do modernismo e da conscientização de BRASILIDADE. Esse movimento, de avanços reais, reverberou em todas as outras áreas, no íntimo dos famosos clubes, grupos, salões de arte da época e desembocou, pelos anos de 1947|48, em outra sacudida sociocultural nacionalista muito importante.

É intrínseco das sociedades, depois de tempos sombrios, mudar alucinadamente seus comportamentos tentando sorver o presente por viver, e por aqui não foi diferente.
Naquele momento, para atender tanto à demanda do crescente público nacional, quanto do intenso interesse internacional por nós, houve a consolidação e construção de inúmeros espaços permanentes. Ávida por alívio e diversão, e impulsionada pelos recém-inaugurados museus MASP|MAM e Parque Ibirapuera em São Paulo, MAM no Rio, também com criação da 1ª Bienal de São Paulo|1951, a brasileira, em suas multi facetas culturais, é fisgada definitivamente numa sublime autoestima inconsciente coletiva. (ao menos assim pensávamos até bem pouco tempo)

Batidas rítmicas suaves em harmonização de contraste e tendências abstratas de linguagens expressas no concretismo, neoconcretismo, pintores, escultores, gravuristas, arquitetos, músicos, poetas, escritores, atores, atletas, cultivaram em suas áreas, com cuidadoso cunho politizado e penetração popular, a estética elegante. E convenhamos, foi uma fórmula muito original, que eu particularmente chamo de tupinaque!

Década também marcante na área de planejamento governamental. Rômulo Almeida, Ignácio Rangel, Jesus Pereira e Cleantho de Paiva Leite referências entre os Boêmios Cívicos, debateram e conceberam diversos projetos e mecanismos de financiamento imprescindíveis ao desenvolvimento brasileiro.

Da criação de um sistema de ordenação das atividades governamentais e de reforma administrativa elaborada sob orientação de Getúlio Vargas, foi proposta a instalação de um Conselho de Planejamento e Coordenação, que funcionaria como agência central de delineamento do governo federal. Sistematizado pelo presidente da república, o conselho seria integrado pelos ministros de estado e contaria com o auxílio de comissões interministeriais.

Um primeiro ensaio desse arranjo institucional apoiou a execução do Programa de Metas. Lançado em 1956 por JK, o projeto apresentou metas ousadas em áreas como energia, transportes, alimentação, indústrias básicas e formação de pessoal técnico, além da posterior criação de Brasília como nova capital do país.
Os ‘anos dourados’ também contaram com a criação de instituições fundamentais para o desenvolvimento brasileiro, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes|1951, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq|1951, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – BNDE|1952, o Banco do Nordeste|1952, a Petrobras|1953, a Eletrobrás|1954 e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene|1959.

 

Avanço!

 

– Arquitetura e Urbanismo –

Com Brasil – 50 anos em 5, JK lastreia a receita ‘otimismo + estética + dois sonhos basares’, o de D. Pedro II, a interiorização urbana do país, e o de Milton Santos, de validar a terra não só para os detentores do poderio financeiro, mas para o migrante. À custa de 10% do PIB, uma talvez verdade a ser destrinchada em outro texto, ele firma seu nome no panteão dos grandes visionários.

A ideia vai-e-volta de transferir a sede do governo para o planalto central sempre aparecia como forma de apaziguar o país dividido por suas inúmeras crises, desde a independência, em seguida à proclamação da república, logo depois da revolução de 30, e posteriormente à ditadura do estado novo. A formulação definitiva do projeto da nova capital, contudo, atiçou sopros de progresso e de modernidade no imaginário das pessoas.

Lucio Costa e Oscar Niemeyer, à frente de uma grande equipe, validam com Brasília, nossa reputação de novíssima urbe no panorama mundial e ultrapassam todos os limites temporais, com sua impressionante construção em 41 meses, e outros tantos conceituais absorvidos desde o marco do urbanismo moderno, a Carta de Atenas de Le Corbusier, em 1933.

Do metropolitanismo – resultado da combinação de metrópole com modernismo, que transita desde a desconstrução da paisagem urbana clássica e do ideário funcional das edificações até a limpeza das formas, ela se torna além de primeira e única cidade moderna considerada patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO, uma enorme fonte de estudo e inspiração há mais de 60 anos.

Desde a parceria com o Conjunto da Pampulha, Oscar Niemeyer e JK repetem a incrível sinergia, e o arquiteto, como uma criança liberta, realiza projetos icônicos, mais uma vez repito, completamente tomados pela sofisticada estética brasileira. Com seu traço cristalino e puro, nenhum outro soube balancear tão bem, moderno e barroco, curvas fortes e concretos leves, produção escultural e escala humana, monumentalidade e minimalismo.

Facilmente reconhecido, difícil é alcançá-lo.

Esse panorama contemporâneo passa aos poucos, a balizar país afora, as soluções para os problemas das cidades, como verticalização acelerada, espraiados horizontais desordenados e substancial fluxo ativado.

“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.”
Oscar Niemeyer

 

– Arte –

Palatinik, Max Bill, Ivan Serpa, Djanira, Volpi, Franz Weissman, as Lygias, Clark e Pape, Amílcar, Oiticica, Barsotti e Guersoni, grupos Frente|RJ e Ruptura|SP entre um mar generoso de talento puro, consagraram, em suas pinturas, gravuras e esculturas, a tendência fundamental, onde a potência das formas traduziu o pensamento universalista esteta da década.

Concretismo e seu dissidente neoconcretismo, foram dois galhos de uma mesma raiz de vanguarda pós-guerra que quebrara a construção renascentista com suas representações figurativas e passara a valorizar a linha, o plano bidimensional, o efeito ótico e a cor. Arte concreta estritamente visual de caráter geométrico e racional é a ruptura com o modernismo brasileiro dos anos 20, que se particularizava por ser nativista voltado às temáticas regionais, como folclores e indígenas. Dentro dela surge o neoconcretismo, que de certo modo, pedia uma racionalização do trabalho artístico, numa tentativa de superar toda aquela objetificação e passar a interagir com o espectador.

Dissonâncias à parte, mesmo porque elas não nos levam a bons lugares, são presentes de alta criatividade que herdamos e reverberamos por galerias, exposições, praças, espaços públicos, colecionadores (não gosto da arte fechada e excludente, mas…) em todo globo.

“A obra nasce de apenas um toque na matéria.
Quero que a matéria de que é feita minha obra permaneça tal como é,

o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro;
um sopro interior, de plenitude cósmica.
Fora disso não há obra. Basta um toque, nada mais.”
Hélio Oiticica

 

– Bossa Nova –

Em 1955, parecia que o Brasil finalmente estava acertando o tratado de paz com seu próprio passado. Havia um clima de harmonia e animação que engolfou todos naquele RIO dourado.

Vinícius, que segundo Drummond, ’foi o único de nós que teve vida de poeta’ e Tom, que segundo Bôscoli, ‘era o homem mais bonito do mundo’, com seu Hino ao Sol, deram o mote para um novo estilo que eclodiu três anos depois. O ‘novo samba alegre’ de aparência contida, agora sem o melodrama comum do original, pincelado por notas de be-bop jazz, por letras de também temática cotidiana contemporânea, saído em vozes delicadas, ficou conhecido como Bossa Nova. O gênero chegou tão intimamente a todos, que foi impossível dissociá-lo da energia elegante daquela atmosfera.

Seu marco inaugural veio no disco Canção do Amor Demais|1958, na interpretação de Elizeth Cardoso, na letra do meu poetinha (sim, ele é meu e ninguém tasca!) e na musicalidade de Tom e no dedilhar de João U A U e a partir de então, a ‘bossa’ do samba de Noel com a ‘nova’ dos sambas de breque, ganha seu verdadeiro conceito minimalista aplicado, que deixa como herdeiros, desde a MPB até os rocks do começo dos anos 90.

Lançadora de intérpretes deslumbrantes, entre mesas de bar, nas casas abertas durante dias, noites e madrugadas, embalados por ‘cachorro engarrafado’, aquele líquido dourado whiskyano, e em clínicas de rehabi – leia-se aqui a São Vicente – onde eles, Vinícius, Lyra, Caymmi, Bôscoli, Powell se internavam para fazer ‘plástica no fígado’ e cunharam a fé da cura, cantando aos braços das sempre superiores mulheres amadas, a Bossa Nova, voou e voa.

“Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça

É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar.”
Vinícius de Moraes

 

– Poesia e Literatura –

É sabido que a fonte da formação de uma pessoa, tem sempre um ingrediente secreto que limpa o horizonte e desenvolve uma sede infinita, e assim foi para mim, nos anos 80, o mergulho nas letras.

– Qual foi a minha maravilhosidade, ao saber a língua viva, passível de criações, brincadeiras e experimentalismos fugidios das regras formais?

– Qual a medida do encantamento por regionalismos sertanejos e o descobrimento da concretude poética?

– Que dizer dos nomes e cheiros nas brochuras encantadas da história?

Foi o céu! Ou melhor, trazendo para nosso recente movimento, É o paraíso!

Poderia escrever por horas a fio esse tema tão caro, mas vou ater-me a um tico de poesia concreta ou poema concreto, como preferirem.

Esse estilo de poesia fugiu de versos e metrificações, flertou visualmente com geometrias e retirou o véu intimista e lírico de até então. Num processo de indagação e busca pela desconstrução de estrutura e desintegração da linguagem conhecida, deu-se a renovação, onde não se podia mais escrever discursivamente e a sintaxe passa a ser visual.

Gullar, como sempre poeticamente fala, o passar da página faz o processo, ele deixa de ser só leitura e passa pelo tatear que constrói junto o poema.

Em 1956, os Noigandres, grupo de vanguarda da arte concreta, formado por Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos, este último ainda dormindo sob o mesmo céu estrelado que nós reles, lançaram o Manifesto da Poesia Concreta, uma exposição nacional no MAM|SP e uma revista literária, de mesmo nome. Mais tarde, com a adesão de outros preciosos nomes, como o próprio Ferreira Gullar e Arnaldo Antunes extrapolando a poesia e invadindo a música e as artes plásticas.

Augusto de Campos

 

O interessante nessa trajetória foi o redescobrimento do frescor da obra de Oswald de Andrade, recuperando seu irreverente status, que logo foi transmutado no teatro pelas mãos de Zé Celso e desaguou no tropicalismo logo à frente.

Uma teia curiosa, que costurou os ciclos, desde o nacionalismo, passando pelo concretismo, depois pelo individualismo e alinhavando no globalismo atual, para novamente, cada povo começar a se defender com as forças que possui, sua cultura e seus valores humanitários e traçar novos rumos.

Para além dos poemas, a literatura estava a mil, com romances regionalistas, prosas, crônicas e ficção como, Estrela da Tarde, de Manuel Bandeira, Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, Encontro Marcado, de Fernando Sabino, a saga O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo, Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, bem como a maturação durante a década da genialíssima Clarice Lispector, que florificou, em minha opinião particular, na mais linda e vasta obra feminina brasileira.

“Ainda bem que sempre existe outro dia e outros sonhos.
Clarice Lispector

 

– Cinema e Teatro –

Na energia das bienais de arte que escancaravam nosso gosto apurado, a turma do cinema, incomodada com os rumos chanchadescos por aqui, resolve se juntar para absorver aquele triunfante processo e já nos primeiros congressos – paulista e nacional|1952, deu-se a guinada para produções mais em consonância com o país elegante e original que então aflorava.

Nelson Pereira dos Santos, e seus tributos a RJ, com Rio, 40° e Rio, Zona Norte, logo depois junto ao pupilo mais talentoso, Glauber Rocha, são os expoentes embrionários do inovador e subversivo Cinema Novo, que romperam o estigma de sermos um simples país colonizado e oprimido, inaugurando a inusitada ponte Rio-Bahia, que estica até hoje esse vitorioso áudio visual regionalista.

Com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, inicia sua primeira fase, sem muito preciosismo técnico, porém lotado de conceitual ímpeto revolucionário ilustrado em longos planos, sedento por revelar a crueza dos nossos sertanejos, nossos suburbanos, nossos excluídos e combater a desigualdade e pobreza intelectuais.

Depois veio uma fase dividida entre a continuação do engajamento político com opiniões veladas ao autoritarismo que surgia e uma tentativa de agradar os críticos, com Deus e o Diabo na Terra do Sol, causando frisson internacional na década seguinte.

E por fim, com o cinema ‘antropofagista tropical de estética pop’ e maior apuro na técnica, é inegável percebermos a forte influência do burburinho cinquentinha que estrutura nosso cinema.

“Onde houver um cineasta disposto a filmar a verdade,
e a enfrentar os padrões hipócritas e policialescos da censura intelectual,

aí haverá um germe vivo do Cinema Novo.
Onde houver um cineasta disposto a enfrentar o comercialismo,
a exploração, a pornografia, o tecnicismo,
aí haverá um germe do Cinema Novo.
Onde houver um cineasta, de qualquer idade
ou de qualquer procedência, pronto a pôr seu cinema
e sua profissão a serviço das causas importantes de seu tempo,
aí haverá um germe do Cinema Novo.”
Glauber Rocha

Na linha do cinema novo, a abordagem transformadora, realística, debruçada nos textos literários brasileiros, também estava presente nas peças paulistas em voga – ressaltando a aclamada Eles Não Usam Black Tie, e nos seus nomes mais proeminentes, como Augusto Boal, Zé Celso, Oduvaldo e Guarnieri, nos Teatro de Arena, de Comédia e no Grupo Oficina da Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.

No Rio, a peça Orfeu, resumiu em si, criação artística de Scliar, cenários de Niemeyer e Djanira, música de Tom e texto de Vinícius, convertida, no final da década em filme, Orfeu do Carnaval, pelas mãos de Camus e que arrematou tanto a Palma de Ouro e Oscar de melhor filme estrangeiro, deixando um gosto amargo|doce por aqui, só hortelantado depois que O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, na versão de Anselmo Duarte, trouxe enfim a palma pra casa.

“No teatro tudo é verdade, até a mentira.”
Augusto Boal

 

– Rádio e Televisão –

O caminho do entretenimento radiofônico ao ‘estouro’, com os massivos sucessos das radionovelas faladas, dos concursos Dos Melhores e dos programas de auditórios foi intercalado com programas dedicados à música, com o uso dos discos ou pequenos conjuntos ao vivo e os programas com abordagens jornalísticas, com ênfase em política, como a Tribuna Política, em educação, com Colégio no Ar, e de comportamento, pelo Conversa em Família.

Uma era reluzente, com maravilhosas estrelas e poderosas vozes, que descortinavam através dos magazines e revistas, para deleite de todos, a imagem do som.

“O feijão subiu. O leite subiu. A carne subiu. O cigarro subiu. A cerveja subiu.
Há uma febre de “altitude” na vida de nossa terra.
Os subsídios subiram.
Os vencimentos dos funcionários civis e militares irão subir.
Por que não querem admitir uma subidazinha nos direitos autorais dos compositores?”
Ary Barroso

No começo, a televisão perdia em preferência popular para os glamorosos mundos do rádio e do cinema, mas com a industrialização acelerada, não tardou a acompanhar o ritmo dourado. Da limitação da técnica e improvisos em 1950, até a inovação inteligente e crescimento exponencial, em menos de dez anos, pudemos ver a guinada comportamental|cultural da sociedade nela baseada.

O impacto chegou a ser tão brutal, que desestabilizou completamente os outros veículos, e por pouco não desapareceram. Quando finalmente as placas se acomodaram e os três firmaram, de certa forma, harmoniosamente suas raízes, criaram memórias e se reinventaram de tal forma, que até hoje, mesmo com a quarta plataforma de entretenimento – a grande teia global, se apresentando voraz, ainda não escutamos ruídos preocupantes nessa estrutura.

“O humor é irmão da poesia, o humor é quem denuncia.
Eu não tenho possibilidade de consertar nada,
mas tenho a obrigação de denunciar tudo.
O humor e tudo, até engraçado.”
Chico Anysio

 

– Esporte –

A grande década foi coroada de nobres feitos esportísticos.

Pam Pam Pam!
Com três pulos, Adhemar Ferreira da Silva traz pro solo 2 medalhas de Ouro dos Jogos Olímpicos, em 1952|56.

Que dias meu povo! Que dias!
Seu legado arrasta uma enorme legião de pupilos para o atletismo, que continua sendo o baluarte das nossas medalhas olímpicas.

Ganhamos pela primeira vez um mundial no futebol, paixão nacional e detentora da graça de união do povo. 1958, estavam lá, no toque da gorduchinha, transmitido ‘em vivo’ pelo rádio e em poucos dias depois por vídeos tapes , o preciosismo tático do jovem Pelé, do velho Nilton Santos e dos gênios Garrincha, Zagallo e Bellini entre outros craques, o reflexo dourado da taça, a primeira estrela bordada no peito, os sorrisos escancarados dos canarinhos brasileiros e finalmente a queda do viralatismo, como Nelson Rodrigues um dia bradou. (da mesma forma pensávamos até bem pouco tempo)

Maria Esther Bueno liquida a fatura dos feitos extraordinários tanto no tênis, com quase 600 vitórias, com nome cravado no Livro dos Recordes e no Hall da Fama, como idolatriz de muitas vindouras modalidades tão caras para todos nós.

B      R      A      S      i      L          B      R      A      S      i      L      E      i      R      O

Pelé

“Pelé é um dos poucos craques que contrariaram minha tese.
Em vez de 15 minutos de fama, terá 15 séculos.”
Andy Warhol

* Agradeço ao Márcio Gimene por sua colaboração na parte do planejamento estratégico.

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