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Pedro Teixeira rides again!

Por Samuel Gomes

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Enquanto o vírus briga luta para sobreviver às nossas custas, a vida segue o seu curso e Olímpio Guarany, um amazônida de cinema e de vela, quase 400 anos depois simplesmente refaz a Expedição de Pedro Teixeira.

A épica expedição original, iniciada em 1637, foi fundamental para que Portugal reivindicasse o domínio da Amazônia (http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/83-ocupa%C3%A7%C3%A3o-do-extremo-norte/8770-a-expedi%C3%A7%C3%A3o-de-pedro-teixeira-e-o-tesouro-escondido ).

“Em reconhecimento por sua extensa lista de serviços prestados na conquista da Amazônia, foi nomeado, pelo rei Felipe IV, capitão-mor da Capitania do Grão-Pará, assumindo as suas funções em fevereiro de 1640. Teixeira foi agraciado, posteriormente, pelo monarca ibérico com o título de Marquês de Aquella Branca. No primeiro dia do mês de dezembro, a União Ibérica foi rompida e a Monarquia Portuguesa restaurada. A posse da terra em nome da Coroa Lusa em 1639 e o fim da união das casas ibéricas em 1640 permitiram que a Amazônia passasse a ser um domínio legítimo de Portugal, reconhecido pelos tratados de Madri, de 1750, e ratificado pelo tratado de Santo Ildefonso, de 1777. O advento da Independência do Brasil, em 1822, transferiu a posse da terra da Coroa Lusitana para o Império Brasileiro que se formava.” (http://www.dphcex.eb.mil.br/noticias/542-expedicao-de-pedro-teixeira-e-a-conquista-da-amazonia)

O cineasta amazônida Olimpio Guarany não conta com índios remeiros, nem carrega padres e cronistas. O seu veleiro Kûara leva apenas ele, sua esposa (a produtora e cinegrafista) Bia Oliveira, o cinegrafista Henri Vieira e o assistente Antonio Mota. São o cronista da expedição, como Maurício de Heriarte foi da expedição de 1637. Papel e pena então, meios de mais adiantada tecnologia agora, mas a mesma vontade de tudo registrar e tudo compartilhar, para o nosso gáudio!

Ele me escreve:

“ Quase 400 anos depois, estamos realizando a Expedição Pedro Teixeira, a nova descoberta do rio das Amazonas, refazendo os caminhos de Pedro Teixeira de 1637, considerado o conquistador da Amazônia. Estamos navegando em um veleiro de 30 pés e planejamos percorrer cerca de 5.800 km pelo grande rio e seus afluentes, durante 12 meses.
Objetivo é captar imagens, informações e depoimentos para a produção de uma série documental e traçar um comparativo entre as duas Amazônias, separadas pelo tempo, apontando similitudes e diferenças, descrevendo e buscando explicações para o desenvolvimento histórico, identificando enigmas, escrevendo em mídias diversas um atlas histórico, econômico, turístico, socioambiental e cultural da região que fascina e desperta a curiosidade do mundo inteiro.

Episódio 01 da série “*Expedição Pedro Teixeira, a Nova Descoberta do rio das Amazonas”. *
Partimos de Macapá que está celebrando 263 anos.
https://youtu.be/pSNSpSlJKLw

Episódio 02_O Amazonas é o maior rio do mundo? https://youtu.be/mnOPwusq8Jo

Episódio3_de Breves a Belém https://www.youtube.com/watch?v=FUk9gSw-MtY

Episódio 04_A capital da Amazônia https://youtu.be/_2CxZH_l17M

Episódio 05_ O Centro histórico de Belém do Pará https://youtu.be/_fxk1zMjVoc

Episódio 06_Trincou. Mais imagens de Belém do Pará https://www.youtube.com/watch?v=h5FNbwzDxo0&t=3s”

Isso até agora, mas a expedição continua. Fui convidado a velejar com eles na parte final, no Alto Amazonas. Por que não?

Como vemos, enquanto o vírus (que pensa está no seu direito) entra em guerra contra nós para sobreviver (e nós contra ele pelo mesmo bom motivo), a vida segue o seu curso, assim como o Amazonas e, nele, Kûara e seu velejador e cineasta Olímpio Guarany.

Assim caminha (e veleja) a humanidade.

Samuel Gomes
Marinheiro desde os 19 anos (Ah! Aquela travessia do Atlântico, de Salvador à África a bordo do veleiro Tetrag, mas essa é outra história!)

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