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Como os militares enrolaram Trump

Por Moon of Alabama

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Axios tem uma série de mergulhos profundos nos dois meses e meio finais do governo Trump. Ontem, publicaram o Episódio 9: A guerra de Trump contra os generais que explica como um Trump fraco foi enganado e levado a aprovar políticas contrárias às próprias preferências e aos próprios instintos:

“Uma vez empossado, as ambições de Trump de retirar o país do Afeganistão e de outros países foram contidas, reduzidas, desaceleradas e invertidas por líderes militares.”

Trump não foi suficientemente assertivo para fazer valer o poder do próprio cargo, para fazer as coisas acontecerem a seu modo. Nem foi suficientemente inteligente para derrotar o ‘estado profundo’ [Estado Permanente[1]] no jogo do adversário.

Como Kelley Vlahos de Responsible Statecraft comenta:

“É leitura importante, que inclui também nova especulação sobre se o gen. Milley trabalhava ativamente contra a liderança civil no Pentágono durante esse período. Interessante, enquanto Trump tratava de “parar o roubo”, não fazia o que todos o acusaram de ter feito no lado militar: não estava usando Macgregor, Miller, et al., para se manter no cargo. Em vez disso, parecia crer que seguir adiante com sua bandeira de “fim das guerras eternas” seria a máxima vingança possível contra Esper, Milley e os generais H.R. McMaster e Jim Mattis. Pena que não realizou essa única fantasia pós-eleições.

É. É pena. Verdade.*******

[1] Orig. Deep State (lit. “Estado Profundo”). Já há algum tempo temos optado por traduzir essa expressão por “Estado Permanente”. Depois de muito discutir, chegamos a um consenso: “Afinal de contas, o tal Deep State (i) não é ruim por ser profundo: é ruim por ser eterno, permanente, imutável, inalcançável pelas instituições e forças da democracia; e além disso, (ii) nem ‘profundo’ o tal Deep State é: ele vive à tona, tem logotipos, marcas e nomes na superfície, é visível, portanto; mesmo assim, se autodeclara “profundo”, para mais se esconder. Não. Ele que se autodeclare o que queira. Nós o declaramos “Estado Permanente” (e anotamos nossos motivos, aqui, em nota dos tradutores.

Comentários e correções são bem-vindos (NTs).

 

Esse artigo foi retirado da publicação feita no site “Moon of Alabama”, do dia 17 de maio de 2021.

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