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CAPITÃO TRANSFORMA SUCESSÃO EM FAROESTE

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O ímpeto terrorista bolsonarista, como gênio do mal, saiu da garrafa e paira sobre cenário político-eleitoral ameaçando sua consecução; a besta fera assassina solta fogo pelas ventas em meio à incontrolável inflação que apavora população, arrasada pelo arrocho salarial neoliberal; os últimos dias foram pródigos do prenúncio desse movimento que coloca em em cena predisposição da violência como forma de ação; ela se acentua, como se vê já algumas semanas, pelo encadeamento crescente das previsões das pesquisas eleitorais que prenunciam previsível vitória lulista no primeiro turno; temerosa, a base política governamental, no Congresso, parte para o tudo ou nada, a fim de aprovar PEC inconstitucional para irrigar com Auxílio Brasil situação emergencial; sem tal providência, o desastre bolsonarista será inevitável.
A disparada dos preços, especialmente, dos gêneros alimentícios funcionam como alerta da presença da fome no compasso do desemprego e da destruição dos salários no embalo econômico neoliberal, que destrói os principais agentes econômicos nacionais, como empresas estatais de petróleo e energia, doadas a 20% do seu valor, em crime de lesa pátria; como o neoliberalismo é, diretamente, associado ao fascismo, no sentido de proporcionar violência política, quanto mais as expectativas econômicas inflacionarias pioram para o governo negacionista, mais aumentam as tensões, sinalizando derrota eleitoral.

SUCESSÃO ARMADA
Virou fogo no palheiro de um eleitorado determinado a se armar, como se eleição fosse campo de batalha; o assassinato do guarda florestal petista, Marcelo Arruda, pelo terrorista Jorge da Rocha Guaranhos, em Foz do Iguaçu, neste domingo, representa, como disse o ex-senador Cristovam Buarque, o primeiro tiro de previsível guerra civil, caso as autoridades de segurança se mantenham alheias à escalada fascista; o presidente da República, até o anoitecer deste domingo se escondeu atrás do seu silêncio, que, indiretamente, representa consentimento de quem permanece calado, diante de um bárbaro crime eleitoral; foi ou não desatado o vale tudo eleitoral da base política bolsonarista, estimulada a se armar pela própria legislação que o capitão conseguiu, com sua base negacionista, aprovar no Congresso?
O bolsonarismo, estimulado pelo seu chefe maior, internacionalizou a violência que tende a sair do controle; com receio de que tal possibilidade se materialize, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral(TSE), ministro Fachin, chama a atenção do mundo contra o perigo de convulsão social, quanto mais Bolsonaro coloca em dúvida o sistema eleitoral ancorado em urnas eletrônicas sem emissão de recibo de votos; o comandante do Exército, Paulo César, vocalizando ameaça presidencial, virou maior fonte de preocupação das forças democráticas; da mesma forma, o general Braga, candidato a vice de Bolsonaro, joga lenha na fogueira e diz à classe empresarial que, se não houver urna eletrônica emissora de recibo eleitoral, produzirá empastelamento.

CAPITÃO VULNERÁVEL
As ameaças crescem em ritmo acelerado na medida em que aumenta vulnerabilidade política governamental diante dos escândalos que emergem na administração bolsonarista; o maior deles, até agora, no Ministério da Educação, tomado pela volúpia dos pastores evangélicos, em lançar mão de dinheiro público, com autorização do presidente ao ministro da pasta, ganhou dimensão capaz de destruir o próprio presidente, suspeito de corrupção; da mesma forma, a Proposta de Emenda Constitucional – PEC Kamizase – que assegura liberação de R$ 600 para Auxílio Brasil, em caráter emergencial, com prazo de validade eleitoral, determinada pelo Congresso que controla orçamento secreto, aumenta a desconfiança nas manobras eleitorais inconstitucionais.
O mar de lama está à vista de todos; o resultado tem refletido nas pesquisas, conferindo a Lula vitória no primeiro turno, em meio à polarização Lula x Bolsonaro, que jogou para as calendas gregas possibilidade de candidatura 3ª via; desesperados, os bolsonaristas radicais fascistas, como Marcelo Arruda, estão com dedo no gatilho, pronto para matar e quem sabe justificar suspensão das eleições, como arma para melar democracia. Sucessão vira verdadeiro faroeste.

Autor: César Fonseca

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