Nos 13 anos de governos petistas (2003 a 2015) o governo federal teve o SUPERÁVIT primário médio de 44 bilhões (1,6% do PIB).
Considerando apenas os 8 anos de Lula, foi registrado Superávit Primário médio de 56 bilhões, o equivalente a 2,2% do PIB.
Após o Impeachment (2016 a 2021), o governo federal teve seis anos consecutivos de GRANDES DÉFICITS primários, cuja média foi 211 bilhões (2,9% do PIB) .
O orçamento federal, durante o triênio de Jair Bolsonaro (2019-2021), apresentou DÉFICIT ANUAL MÉDIO de 290 BILHÕES, o equivalente a 3,9% do PIB.
Pior do que o déficit foi a deterioração qualitativa do gasto federal. Enquanto minguavam recursos orçamentários para Saúde, Educação e investimentos, o governo Bolsonaro destinou R$ 20 bilhões para emendas secretas em 2020, e R$ 17 bilhões, em 2021.
Foram, portanto, 37 bilhões alocados para emendas secretas em dois anos. Um escândalo. Estão previstos mais 16,5 bilhões no Orçamento de 2022. As emendas são secretas porque elas omitem o nome dos parlamentares que as solicitaram. O sigilo é do interesse dos parlamentares, porque se trata de um esquema ilícito de compra de votos.
O Orçamento Secreto de Bolsonaro é um esquema de compra de apoio político similar ao Mensalão do PT, que, segundo os acusadores, envolveu 141 milhões de reais. A principal diferença é que as o Orçamento Secreto deve custar 54 BILHÕES, ou 376 MENSALÕES no período 2020-22.
No entanto, a grande imprensa pouco denunciou o escândalo, exceto o jornal Estado de São Paulo , e as autoridades pouco o investigaram. Durante o governo Bolsonaro, a PGR e a Polícia Federal foram aparelhadas. E o TCU não tem feito o que dele se esperava. Bolsonaro entendeu que a melhor forma de combater a corrupção é impedir que ela seja investigada.
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Trechos de um capítulo do livro Os Sapatos do Espantalho, que será lançado no Beirute da Asa Sul em 28/09 às 19h.
Petronio Portella Filho