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Quão conscientes somos?

Por Paulo Metri

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Paulo Metri
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Paulo Metri é engenheiro, conselheiro do Clube de Engenharia e vice-presidente do CREA-RJ.

Não existe Banco Central independente. Existe Banco Central dependente da sociedade ou Banco Central dependente do capital.
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A explicação para tal afirmação é óbvia, mas fere as imposições de controles mentais. A sociedade vive sob intenso bombardeio de informações, sendo a maioria tendenciosa e fraudulenta, contudo muito bem camuflada. Acabou a época em que os assaltos eram mais fáceis de serem executados, pois a ignorância e o analfabetismo campeavam. Hoje, se discute em detalhe a repercussão de uma noticia.

Mais uma vez, um avanço tecnológico beneficia a democratização da comunicação de massa. O primeiro grande avanço tecnológico impactante foi a prensa de Gutenberg que acabou o monopólio da informação dos monges copiadores. Ela possibilitou a formação de grande massa de leitores com acesso a livros que, até então, eram de baixa circulação.
Novos canais de mídia foram introduzidos com o advento da internet, versão atual da prensa de Gutenberg. Estes novos canais são de baixíssimos custos, permitindo também a participação de magos das narrativas e versões dos fatos falsas.

A arquitetura da enganação na comunicação de massa serviu e serve para o acúmulo de riqueza. Assim, a melhoria da qualidade do ensino possibilita a formação de cidadãos mais conscientes, impermeáveis às falsas notícias.

Há uma batalha suja no ar dos comunicólogos em que mensagens bem concebidas podem representar um acumulo fabuloso de riqueza e uma perda inestimável de conquistas sociais ou vice versa. Afirmam que a imagem na televisão de um duto despejando cédulas de alguma moeda, com um locutor se referindo a um suposto “propinoduto”, convenceu grande parte da audiência. Assim, um comunicólogo de sucesso não precisa ser ético.
Senão, vejamos. É dito e espezinhado nas nossas mentes que existem princípios básicos de Economia que devem ser atendidos por quaisquer governos de qualquer tendência para haver sucesso no atendimento da sociedade. Ledo e proposital engano. Em outras palavras, nesta visão, a Política deve se submeter à Economia.

Esquecem que a sociedade votou em uma concepção Política que lhe atraiu. A sociedade não escolheu teses econômicas, até porque não as entende profundamente, Escolheu, sim, posições políticas que a agradam. Enfim, a Política está acima da Economia.

 

Paulo Metri é engenheiro, conselheiro do Clube de Engenharia e vice-presidente do CREA-RJ.

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