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Crise bancária nos EUA ajuda Lula vencer agiota Campos Neto

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De Vancouver, César Fonseca

 

A expectativa de que o Banco Central dos Estados Unidos(FED) congele, temporariamente, a taxa de juros nos EUA, por conta da crise bancária americana, decorrente da bancarrota do Silicon Valley Bank(SVB), pode favorecer o presidente Lula na sua luta contra o agiota do Banco Central Independente(BCI), Roberto Campos Neto, para que ele desista de sua política monetária neoliberal suicida de combater inflação elevando a taxa de juros a qualquer custo, de modo a beneficiar os especuladores da dívida pública brasileira, enquanto o povo passa fome.

O mundo se volta para o FED a partir dessa segunda feira negra que abala os mercados globais, na esperança de que ele jogue uma pá de cal nos juros altos, como aconteceu na crise de 2008, confirmando mudança de rumo da economia americana no enfrentamento de crise monetária neoliberal em todo o planeta. O monetarismo desde então foi para o sal e o mundo acordou para o multilateralismo, unindo os adversários dos EUA, como China-Rússia.

Naquele ano(a crise de agora é mais uma aprofundamento do que aconteceu), o FED congelou os juros e renegociou os títulos da dívida, trocando papeis velhos, pobres, por papeis novos, esticando prazos para além de 30 anos.

Caso contrário, deverá acontecer o que Donald Trump previu hoje, isto é, repeteco do crash de 1929. Biden estaria assinando sua sentença de morte eleitoral em 2024, porque favoreceria a China na disputa da hegemonia econômica global, aprofundando desemprego nos Estados Unidos.

A falência do banco americano, que apresenta ativos de 175 bilhões de dólares, segundo Wall Street Journal, deixa o capitalismo de cabelos em pé. Naturalmente, Biden ensaia mudança, porque está perdendo a guerra para Putin. Afinal, todo dinheiro americano colocado na OTAN, para a Ucrania tentar vencer a Rússia, está indo para o ralo e deixando a população dos Estados Unidos propensa a ir às ruas para protestar, aprofundando divisão política do país.

ESPERANÇA PARA O BRASIL

Do ponto de vista brasileiro, o quadro favorece flexibilidade do Banco Central para mudar a política econômica que não deixa o governo adotar política desenvolvimentista capaz de vencer o desemprego e melhorar a qualidade de vida nacional.

A política do BC mostra-se completamente disfuncional ao insistir em fixar meta muito baixa de inflação que só ajuda os bancos a se enriquecerem mais e mais, especulando com juros futuros altos trazendo-os a valor presente, inflacionando a economia que padece, cronicamente, de insuficiência de demanda.
O resultado é mais inflação e impossibilidade de criar condições para o que os neoliberais, loucamente, insistem em fazer, isto é, tentar equilibrar relação dívida -PIB, sem jamais alcançar pois passa apenas a enxugar gelo.

O FED deve, portanto, congelar o juro, para dar uma trégua, uma pausa, um interregno, de modo a evitar que, insistindo no juro alto, puxe a dívida pública e lance incertezas ainda maiores no mercado interno e internacional, como destacam jornais de hoje de Vancouver-Canadá, cujo governo Trudeau promove reunião de emergência com sua equipe econômica, emergencialmente.

O mesmo fenômeno ocorre no Brasil.

Por isso, Lula, urgentemente, deveria agir como Trudeau: chamar para reunião conjunta Planalto-Fazenda-Congresso e Supremo Tribunal Federal, pois o que esta em jogo a partir dessa semana é o perigo de ocorrer implosão global, enquanto o Banco Central do Brasil brinca com fogo, querendo ser independente do povo e dependente dos banqueiros, vivendo no exterior da realidade.

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