Uma coisa é certa: as sanções econômicas de Biden a Putin que puxaram inflação no planeta, tensionaram relações China-EUA, produzem crise bancária e petrolífera, fazendo bancos centrais elevarem taxa de juros, para combater pressões inflacionarias etc, são grandes responsáveis pelo desarranjo geral da economia brasileira, latino americana e mundial.
A instabilidade geral impulsionada pelo imperador Biden tem impacto direto na ação exageradamente preventiva do BC Independente, comandado pelo ultraneoliberal Campos Neto, de resistir à queda dos juros, colocando culpa na inflação de demanda que diz exigir juros altos para combatê-la.
A guerra na Ucrânia fomentada por Otan-Biden, que levou Putin ao nacionalismo econômico, puxando preços das commodities em geral, a serem liquidadas em rublo e não mais em dólar, pressiona bancos centrais no manejo de políticas monetárias restrtivas que secam de dólares a praça capitalista global para proteger moeda americana via juro alto praticado pelo FED.
Biden desdolariza e joga o mundo na inflação e nos juros altos que inpossibilitam crescimento econômico sustentável.
O panorama tende a ficar mais sombrio com a ação unilateral dos árabes em reduzir oferta de petróleo para recuperar preços.
Mais inflação e mais juros à vista, admitem os BCs.
A redução da oferta de dólares mediante juros mais altos piora a situação econômica brasileira completamente dolarizada.
Fica mais distante chances de Lula alavancar investimentos sociais e em infraestrutura para gerar emprego, renda, arrecadação que puxam demanda global.
SAÍDA CHINESA
A alternativa lulista será aprofundar relações comerciais com a China.
Será fundamental parceria com Brics, dirigido por Dilma Roussef, e BNDES.
Ela aumentaria oferta de investimentos por meio de trocas de moeda Brasil-China, passando ao largo do dolar.
É o que a China começou a fazer com mais de duas dezenas de países na Ásia e na África.
O resultado tem sido juro e inflação mais baixos no rastro da desdolarizacao que esse processo chinês promove para elevar competição capitalista chinesa em escala global.
Por meio da parceria chinesa com a periferia capitalista, os parceiros conseguem fugir da restrição monetária tocada pelos bancos centrais atrelados ao FED americano, no contexto da política monetaria imperialista financeirizada.
Descolam da asfixia financeira gerida pelo BIS- banco central dos bancos centrais, agindo como oligopólio financeiro global sob comando de Washington.
CELSO AMORIM EM CAMPO
No cenario tirânico da financeirização capitalista americana profundamente instável, o diplomata Celso Amorim, assessor especial de Lula, entabula conversas com Putin sobre o caos econômico financeiro de Biden em que se transformou a guerra na Ucrania.
Ao mesmo tempo, articula com a China saída alternativa ao garrote financeiro que o BCI provoca inviabilizando economia nacional por meio de ajuste fiscal neoliberal negociado por Haddad com Campos Neto, negociacao incapaz de abrir novos horizontes ao desenvolvimento.
Vê-se, claramente, portanto, que é péssimo negócio para Lula aliar-se à geopolítica de Biden da qual está a Arabia Saudita, segunda maior produtora mundial de petroleo.
A geopolítica de guerra americana empurra os árabes para alianças com China, Rússia e Irã, em vez de se amarrarem a Biden.
Mantendo-se ao lado de Washington, Riad, que já negocia com Xi Jiping em yuan, descolando-se do dólar, distensiona suas relações de guerra com todo Oriente Medio etc.
LULA-JIPING
A viagem de Lula a China, assim, pode ampliar relações entre os dois países que certamente contribuirão para abrir espacos que a restrição monetaria do BC Independente inviabiliza, jogando Lula na recessão e na demonizaçao politica neoliberal.