As declarações do presidente da Câmara, deputado Artur Lira (PP-AL) de que propostas de Lula ao Congresso para retomada do desenvolvimento sustentável deverão ser aprovadas são sem dúvida resultado positivo da viagem de Lula à China.
Trata-se de sinal de aproximação de ambos para fortalecimento da governabilidade ameaçada pelo radicalismo do presidente do Banco Central Independente(BCI), Campos Neto, ao qual Lira, até agora, tem se mostrado aliado intransigente.
Até quando?
Os compromissos acertados entre Xi Jinping e Lula favoráveis à utilização de moedas locais, yuan-real, nas relações comerciais entre os dois países criaram fato novo.
Eles mudaram o panorama do entendimento entre os dois líderes, caminho sem volta na perspectiva de novo sistema monetário internacional que desbanca o dólar e sua prepotência imperialista no novo cenário global em que China desloca Estados Unidos.
Os 20 acordos de entendimentos que consolidam os entendimentos Brasil-China repercutem no Congresso como distensão politica e econômica.
Os parlamentares e os governadores trocarão informações sobre os efeitos positivos para seus estados sobre os investimentos chineses que impactarão a economia regional, nos próximos tempos.
Consequentemente, avaliarão quanto à conveniência e seus reflexos para a população regional.
No cenário atual de economia semi-estagnada brasileira devido à herança maldita neoliberal bolsonarista expressa em desemprego, carências generalizadas em saúde, educação segurança pública etc, as perspectivas e expectativas geradas pelos acordos de Lula com Xi Jinping seriam ou não positivas para o desenvolvimento regional?
EFEITOS DA DESDOLARIZAÇÃO
Serão nesses termos pragmáticos, num ambiente de desdolarização ou desinflação que os congressistas passarão a analisar as novas circunstâncias criadas pela viagem de Lula a China e os resultados práticos para o desenvolvimento regional sustentável.
Somadas essas novas expectativas criadas pela geopolitica inovadora aberta pela proatividade política lulista, com reflexos positivos internos, cujas consequências passam a ser ampliação do prestígio politico de Lula como personagem internacional, ocorrerá ou não nova interatividade maior para atrair adeptos à causa social na qual está engajado?
Quem irá contra Lula e sua política social aliada a uma trajetória internacional de sucesso se terá seus interesses politicos paroquiais contrariados em suas bases eleitorais?
Lula tende politizar sua atuação internacional popularizando-as por meio de suas propostas desenvolvimentistas com reflexos diretos nas bases regionais mediante politica socialmente includentes.
Ele retomará seus projetos que o bolsonarismo fascista tentou enterrar como processo de extermínio do lulismo.
A tarefa agora para driblar o neoliberalismo fsscista do Banco Central Independente(BCI), aliado dos banqueiros rentistas, é acelerar a relação com os Brics dirigido por Dilma Rousseff para agilizar liberação de investimentos em parceria com BNDES aos programas socialmente includentes.
O jogo será maior oferta de investimentos com moedas locais, chinesa-brasileira, para diminuir juros e inflação para acelerar desdolarização e industrialização.
Desarma-se a dolarização econômica nacional essencialmente colonialista.
Produz-se efeito positivo acelerador da desdolarização em forma de redução de preço no processo de conversão monetária cujas consequências são desinflação e industrialização.
Eis o novo paradigma econômico à vista.