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Porque a esquerda brasileira e latina americana respeita o estadista de peso Putin dando as cartas na cena internacional

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Claro, Lula anseia em se transformar num Putin latino-americano.

A esquerda latino-americana bajula Putin porque não tem coragem de fazer o que ele faz, ou seja, não leva desaforo do império para casa, prefere puxar saco da Casa Branca.

Biden sancionou economicamente a Rússia, e o que fez Putin?

Desdolarizou a economia.

Transformou em moeda forte o rublo numa canetada.

Deixou de aceitar moeda americana em pagamento de importações de produtos russos.

Exigiu conversão de moeda para comprar da Rússia.

Resultado: a moeda se valorizou em vez de se desvalorizar.

Em seguida acertou acordo comercial com a China para trocarem moedas nacionas no comércio bilateral.

A moda pegou e em toda a Ásia o negócio se espalha.

Dissemina, também, na África e, agora, na América Latina.

Chineses se dispõem a negociar com o Brasil, depois de estarem fazendo isso com a Russia, levando grande vantagens para os dois lados.

Integrante do cartel do petróleo, Putin combinou negociações entre Terã e Arábia Saudita, vantajosas para os dois lados, além de estabelecer relações bilaterais interrompidas há décadas por conta de questões ideológicas e religiosas.

Quem vai se dar muito bem nessa transação comercial e monetária ao largo do dólar é a China que vai comprar petroleo no Oriente Médio com sua moeda, yuan, barateando preços para ganhar competitividade.

O negócio ficou tão bom que os chineses, numa tremenda sagacidade comercial e financeira, adianta-se numa negociação diplomática que pode ser uma bomba negativa para os interesses americanos.

Trata-se de os chineses fazerem meio de campo diplomático entre Israel e Palestina.

Imagina se a China põe fim ao conflito entre os dois povos que, afinal, são irmãos, na narrativa sagrada?

Enfim, depois que Putin ousou partir para a desdolarização, acelerou-se negociações nas quais o mundo não acredita que viesse a acontecer.

Esse é produto de jogada diplomática de Putin que não abaixou a cabeça nem para os Estados Unidos nem para os europeus, ao mesmo tempo em que colocou os dois continentes numa situação econômica inflacionária sem tamanho.

Afinal, ficaram mais caras as matérias primas russas vendidas para a Europa que teve, sob pressão de Washington, de adquiri-las bem mais caras dos americanos.

Colonialismo americano!

A inflação europeia deu um pulo, a economia alemã e francesa importadoras dos Estados Unidos entraram em instabilidade total e a aliança anglo-saxã está em parafuso, porque a city de Londres está perdendo seu prestígio de praça comercial internacional para Xangai, onde Dilma Rousseff virou toda poderosa a comandar os Brics.

Se Putin fosse um bosta, medroso de enfrentar os Estados Unidos, como é o caso do governo brasileiro em relação a Tio Sam, não estaria dando a volta por cima na guerra na Ucrania, onde enfrenta as forças da OTAN-EUA, incapazes de mobilizar armamentos para tentar enfrentar a Rússia e derrubar o líder nacionalista russo.

Biden, ao que parece, diante da divisão de poder dentro dos Estados Unidos, está sem pique para enfrentar os russos com vantagem, a Europa não está entrando para valer na guerra contra a Rússia, porque europeus não estão sem coragem para ir à luta com os russos, e, principalmente, a economia russa ganhou o status de terceiro poder de paridade de poder de compra no mundo, ficando abaixo, apenas, dos Estados Unidos e da China, deixando Europa no chinelo.

Portanto, é por essas e outras, sem ter suficiente coragem e ousadia de verdadeiro lider estadista internacional que inexiste líder da esquerdas brasileira e latino-americana como Putin – e, também, como Xi Jiping.

Olham com inveja para Putin-Xi.

Não têm os líderes latino-americanos coragem suficiente para traçar geopolítica independente para negociar com a Rússia, aliando-se a ela e a China, abrindo-se para uma aliança comercial e militar.

Aí, sim, falariam grosso com Biden, cada dia mais desmoralizado com sua geopolítica cheia de furos e contradições, com rachas internos, que mantêm Estados Unidos naquela de ter medo de enfrentar o urso.

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