Esse rebaixamento do crédito dos Estados Unidos pela agência Fitch Rating pode ser a pior notícia do ano para o mercado financeiro global sob hegemonia do dólar. A dívida pública americana não para de crescer para financiar guerra na Úcrania e em outras partes do mundo.
Por exemplo, Washington vai se mexendo para financiar cada vez mais Taiwan a ter estoque crescente de armamentos, para criar ambiente de terror guerreiro com os chineses. Quem se dá bem com essa situação é a indústria de guerra dos Estados Unidos, que ajuda decisivamente a puxar a demanda global americana, sustentando aumento da oferta de emprego e crescente pressão inflacionária que obriga o FED a manter taxa de juro elevada.
Esse movimento encarece a dívida pública americana, que caminha para 35 trilhões de dólares, de forma irrefreável. É essa tendência que coloca o mercado financeiro internacional, comprador dos títulos do tesouro americano, com barbas de molho. Os chineses já alertam aqui e ali que tremores bancários estão na conta de todos, algo que mantém o FED de sobreaviso máximo constante. Só esse ano, dois grandes bancos americanos foram para o sal, obrigando socorro do BC americano.
Uma série de bancos menores espalhados pelos Estados Unidos sofrem as consequências do aumento da oferta de crédito, que, por sua vez, contribui para diminuir o potencial econômico da economia americana, na concorrência com a China. A deterioração é crescente e vai se aprofundando, sem que a mídia corporativa comercial adote postura crítica. Não pode fazê-lo para não contrariar o poder financeiro especulativo que financia a escalada da guerra.
Surpresas sinistras, portanto, não estão fora de cogitação. Ninguém, por exemplo, alertou para o crash de 2008 e quem falava sobre o assunto era considerado catastrofista, mas a catástrofe veio. Não é à toa que cresce o movimento de desdolarização global enquanto ganha a conciência mundial a defesa de novo mundo multipolar, enquanto o unipolar, ancorado nas verdinhas vão perdendo substância.
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