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Defensor do fim do Banco Central e ‘anarcocapitalista’: quem é Javier Milei, candidato da extrema direita que venceu primárias na Argentina

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Milei foi assessor do general Antonio Bussi, militar que foi governador da província de Tucumán durante a ditadura e posteriormente deputado nacional; economista-chefe da Fundação Acordar, do ex-governador peronista de Buenos Aires, Daniel Scioli; e trabalhou na empresa que administra a maioria dos aeroportos argentinos.

É também admirador de Jair Bolsonaro, com quem costuma ser comparado, e de Donald Trump.

O jornal “La Nación” diz que “a relação de Milei com a imprensa é ambivalente”. Na mídia, começou com um programa de rádio na emissora online Conexioón Abierta, quando passou a ser chamado para participar programas da televisão que reúnem diversos convidados para falar de tudo.
E aí explodiu em visibilidade, reconhecimento, seguidores nas redes e aumentou seus honorários, apesar de desconfiar de jornalistas e ficar furioso com algumas perguntas. Também já insultou repórteres e impôs condições para conceder entrevistas, como escolher perguntas e proibir temas.

Vida pessoal

Filho de um motorista de ônibus que se tornou empresário do transporte e de uma dona de casa, Milei cresceu em um lar violento e sofreu bullying na escola.

“Para mim eles estão mortos”, dizia sobre seus pais em 2018, no auge de sua carreira como apresentador de um talk show de televisão, segundo o jornal “El País”. Ele voltou a falar com os pais durante a pandemia, segundo o “La Nacion”.

É fã de Rolling Stones, grupo que sempre homenageava quando integrava a banda Everest, e chegou a tentar carreira como goleiro de futebol, sem sucesso. Foi criado pela avó materna e tem cinco cachorros da raça mastiff, que costuma chamar de “filhos de quatro patas” (Conan, Murray, Milton, Robert e Lucas). Não é visto acompanhado desde o fim do casamento com cantora Daniela Mori.

Apesar dos problemas com os pais, é próximo da irmã, Karina, que coordena sua campanha.

Católico de origem, mas inclinado ao judaísmo nos últimos anos, Milei tem o rabino Axel Shimon Wahnish como seu guia.

Autor de uma biografia não autorizada, o jornalista Juan Luis González afirma que Milei busca formas de entrar em contato com um de seus cachorros que já morreu. E que Milei toma decisões de acordo com o que sai em cartas de tarô.

Prévias

O candidato oposicionista de extrema direita Javier Milei surpreendeu e foi o mais votado nas eleições primárias da Argentina, realizada neste domingo (13). A votação final ocorre em 22 de outubro.

Com 97,39% dos votos apurados, a chapa de Milei, “A Liberdade Avança”, tinha 30,04% dos votos.

A segunda chapa mais votada foi a do partido “Juntos pela Mudança”, também de oposição, com 28,7% dos votos. Em outubro, ela será representada por Patricia Bullrich, que teve 16,98% dos votos gerais.

A chapa governista, União Pela Pátria, ficou em terceiro com 27,27% dos votos, no pior desempenho do peronismo na história das prévias. O ministro da Economia, Sergio Massa, foi o mais votado da legenda (21,41%).

Leia texto original na íntegra.

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