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60% da população credenciam Lula contestar privatizações e pressionar Congresso por política desenvolvimentista

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A população está com pressa.

É o que mostra a pesquisa Genial Quaest, divulgada, hoje, que registra apoio de 60% do seu total em favor do discurso desenvolvimentista que o ajuste fiscal neoliberal dos conservadores está interrompendo no Congresso.

Fica clara a incompatibilidade gritante entre a oposição e a sociedade.

A maioria congressista teima, em nome de um oposicionismo anti-popular, reacionário, anti-nacionalista, em jogar contra o Brasil, sintonizando-se com a tirania imperialista dos credores da dívida pública.

Quer barrar investimentos públicos em infraestrutura sem os quais não será possível vencer o desemprego e consequente retomada das atividades produtivas para aumentar arrecadação e investimento.

Como cumprir com o ajuste fiscal, se a arrecadação não reage com economia estagnada?
O fulcro da questão posta pela pesquisa Genial Quaest é esse: a população quer Congresso alinhado ao pensamento desenvolvimentista, como quer Lula, ao qual deposita 60% de confiança.

A dessintonia Congresso-Palácio do Planalto está clara e quem está com a razão é, mesmo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao criticar o “parlamentarismo sem liderança” do presidente da Câmara, Arthur Lira, que atrasa deliberadamente a aprovação do ajuste fiscal.

Trata-se de clara sabotagem, pois se se atrasa a matéria em apreciação legislativa, o governo não tem condições de preparar a lei orçamentária a vigorar no próximo ano, em que os marcos desenvolvimentistas estarão mais especificados pela equipe econômica governamental.

A resistência conservadora de Lira e sua tropa de choque parlamentarista atua contra o Brasil, tal como o presidente do Banco Central Independente, Roberto Campos Neto, que se senta em cima da taxa de juro mais alta do mundo, incapaz de permitir retomada dos negócios.

Para piorar o panorama econômico, Roberto Campos, teleguiado pelos credores internacionais, empenhados em manter a economia em ritmo incerto de voo de galinha, quer, agora, acabar com parcelamento do cartão de crédito, absurdo que prejudicaria, ainda, mais o comércio varejista.

Neto, bolsonarista aliado da oposição conservadora, é alguém empenhado em puxar para trás a energia econômica nacional que a população quer ver acelerada, como demonstra a pesquisa Genial Quaest.

População preparada para marchar com Lula

Sobretudo, o que a consulta popular revela é que os trabalhadores e seus sindicatos estão mais do que prontos para ser convocados por Lula a fim de lhe dar o devido apoio popular em favor dos projetos desenvolvimentistas do PAC – Promoção da Aceleração do Crescimento – sem os quais dificilmente o PT e seus aliados continuarão no poder.

Poderiam perder eleição municipal do próximo ano e seguramente chegarão em 2026 mais fracos para tentar reeleger Lula a um quatro mandato, como defendeu, no lançamento do PAC, semana passada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O exemplo que vem da Argentina é alerta ao governo Lula.

O governo de centro-esquerda peronista do presidente Alberto Fernandez rendeu-se, demasiadamente, às pressões do FMI para impor condicionalidades em forma de arrocho salarial, cortes de gastos sociais e privatizações desestruturantes da economia portenha, a tal ponto que preparou o caminho do fascismo, com a vitória do sinistro Javier Milet.

O compromisso fascista, como, historicamente, se sabe é a destruição dos trabalhadores, para elevar taxa de lucro dos capitalistas, como ficou comprovada, no Brasil, a reforma nazi-fascista trabalhista e previdenciária do ex-governo Bolsonaro.

A centro-esquerda que apoia Lula, também, poderia colher resultado desastroso semelhante, como colhe o presidente Fernandez, se continuar sua postura acanhada e medrosa para ir às ruas reclamar contra o massacre monetário do BCI, semelhante ao que o FMI conduz na Argentina destroçada pela concentração de renda e desigualdade social.

Chegou a tal ponto de saturação a situação econômico-financeira do Estado brasileiro, prisioneiro da política monetária do BC Independente, que reserva metade do orçamento da União para pagar juros e amortizações da dívida, embalada por juros especulativos, enquanto a população passa fome nas ruas, massacrada pelo escândalo das polícias militares a atacar a questão social com bombas e assassinatos.

As 100 mil mulheres que estarão hoje em Brasília movimentando a Marcha das Margaridas precisarão, portanto, sintonizar-se com a pesquisa Genial Quaest a fim de dar consequência à sua manifestação política para além das questões meramente identitaristas – às quais a esquerda liberal tem dado mais prioridade do que o combate às privatizações da Eletrobrás e da Petrobrás – de novo puxando os preços da gasolina para seguir orientação internacional, como se o Brasil não fosse auto suficiente em produção, extração, fabricação e distribuição de petróleo, conferindo-lhe vantagem comparativa global.

O fato é que a pesquisa de opinião mostra, essencialmente, que o governo Lula, que em sete meses reverteu o desastre bolsonarista, está, perfeitamente, credenciado e avalizado pela população para ir adiante com mais firmeza na sua determinação desenvolvimentista em favor de melhor distribuição da renda nacional e mais justiça social.

E você, caro leitor, o que pensa sobre isso? Comente.

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