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A Seleção Brasileira já era

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Petronio Filho
Petronio Filho
Pai de duas, casado, botafoguense e antifascista. Mestrado em Economia pela University of Minnesota. Doutorado em Economia pela Unicamp. Trabalhou no IPEA e na Consultoria do Senado Federal.

Houve uma época em que eu não perdia jogo da seleção brasileira. Hoje assisto 0% dos amistosos e, este ano, decidi não acompanhar nem a eliminatória da Copa.

A eliminatória da América do Sul conta com 10 países, dos quais 6 se classificam diretamente e o sétimo vai para uma repescagem fácil. São 18 jogos oficiais para eliminar 30% dos times. Como levar a competição a sério?

Como cereja do bolo, o técnico Fernando Diniz convocou quem? Gabriel Jesus. Surpresa, surpresa, surpresa! Mas, pensando bem, a convocação faz sentido. Se o Gabriel Jesus voltar a ser o centroavante titular, as defesas adversárias vão ter um a mais e o ataque do Brasil um a menos. Nossa classificação para a copa vai ser muito mais difícil, muito mais emocionante.

A seleção é tão fraca que nosso melhor jogador é… o Neymar. Ele foi enxotado do Paris Saint Germain. E seu time anterior, o Barcelona, não o quis de volta. Neymar não perdeu o hábito de se jogar para simular faltas. E agora comemora gol fazendo careta para o público. O menino Neymar está com 31 anos, mas pelo visto nunca vai deixar de ser menino.

O uniforme da seleção virou fantasia de patridiota. Ou de patriotário. E os jogadores, salvo raras exceções, são alienados, mimados, arrogantes e medíocres. Até a copa de 1950, a camiseta da seleção brasileira era branca. Grandes times da história usaram ou usam camiseta branca, como o Real Madri e o Santos de Pelé. A camiseta amarela, além de azarada, virou uniforme de fascista. Sou a favor da volta da camiseta branca.

Ver o Neymar comemorar gol fazendo careta para o público foi a gota d’água que transbordou a ânfora. Deixei de ser torcedor e virei secador. Vou torcer pelos hermanos. Eles me deram muita alegria na última copa.

Confira comentários da redação

Debatedor 1:
O bolsominion Neymar é tão ausente de caráter quanto o ministro do Collor Zico ou um tal de Édson que se silenciou na ditadura. Aliás, o bolsominion Neymar tem um pouco mais de títulos ganhos pelo Brasil do que o ministro de Collor.

Se você for buscar as estatísticas de desempenho do Neymar em sua carreira na França ou nas Copas do Mundo, vai ver que somando 14 e 18 ele foi inconteste o melhor jogador desse par de copas. Neymar passando para Coutinho chutar em gol foi a maior combinação da Copa de 18. 9 ocasiões, 3 a mais que deBruyne para Hazard.

O problema é que insistimos numa fraude chamada Richarlyson porque o medíocre é um cara legal. Mas quem acompanha campeonato inglês sabe que ele é um atacante medíocre.

Gabriel Jesus jogou, quando não esteve contundido, um futebol fabuloso pelo Arsenal, que liderou o campeonato inglês até bem perto do final.

Debatedor 2:
A convocação deveria ser só de atletas que jogam no campeonato nacional do Brasil.

Debatedor 1:
Se puder convocar os latino americanos que jogam aqui até dá pra fazer um time que classifique para a Copa. Passar da fase de grupo, aí não dá.

Debatedor 2:
Jogar na seleção deveria ser um premio para o desempenho no país e não uma forma de valorizar clubes estrangeiros pela convocação de seus jogadores. Essa merda de CBF é os clubes deveriam ver isso. Assim se reteria os valores que aparecem em nosso futebol. Jogador vendido para o estrangeiro está fora da seleção.

Debatedor 1:
Clube nenhum se valoriza pela convocação de jogadores. Se os clubes pudessem acabavam bom essa babaquice atávica de datas FIFA para lá e para cá. Quem gosta de futebol de fato vê Champions League e não Copa do Mundo.

O jogador é um trabalhador. Se lá fora pagam melhor e o trabalho é mais desafiante, é para lá que ele deve ir.

Debatedor 2:
Lei Pelé + Lei Zico, destruíram o futebol no Brasil.

Debatedor 1:
O que destruiu o futebol brasileiro foi a realidade econômica e a Globo.

Debatedor 2:
Se você conhecesse a história do futebol brasileiro no século XX não diria isso.
Por exemplo; veja as décadas de 60 e 70 do século passado. A Globo faz parte do processo citado de valoração do estrangeiro. Brasil tricampeão antes da década de 70 e o país em uma situação econômica muito mais complicada que a primeira década do século XXI.

Quanto ao Neymar é mais uma criatura da Globo. Agora dizendo que fez mais gols na seleção que o Pelé. Neymar 72, Pelé 98

Debatedor 1:
A década de 70? Sério?
O time de 70 foi campeão da forma como foi pois era fisicamente muito superior aos outros numa situação geográfica e climática hostil. O time bicampeão, esse era um time genial para a época. Eu sugiro, quem se aventurar a ver os jogos no YouTube, como Zagalo contra a Suécia é um jogador contemporâneo e como Didi contra a França foi um jogador de uma precisão e sofisticação de passe ímpar. A FIFA tem o péssimo hábito de não contar jogos contra coisas que não são seleções nacionais.

Debatedor 3:
Aproveito o debate para colocar uma outra contribuição, contradição:

A sempre golpista Globo, incluindo a CBF (e seleção brasileira) e outros que tomam chá e café ao redor da lagoa Rodrigo de Freitas, são também peças fundamentais, vejam, na construção de uma identidade nacional no Brasil, afinal, onde tem Brasil, tem novela da Globo, tem futebol, tem seleção.

A linguagem se uniformiza. A Globo é como a monarquia luso brasileira, está sediada no Rio e trabalha para manter a unidade entre as capitanias, agregar as vontades regionais.

Debatedor 2:
Nossa discussão se dá sobre o desempenho medíocre do futebol atual do Brasil e suas causas. Uma delas está sobre este discurso de valorização do que vem de fora. Aliás habito antigo de nossas elites que a Globo tenta irradiar para o povo. Isso agora com o futebol. Tem bons jogos e péssimos jogos na tal da Champion como tem na série B por aqui.

Debatedor 1:
Curiosamente, falando em Pelé na seleção, não creio que ele tenha sido o melhor jogador do Brasil em nenhuma Copa, em que pese que ele jogou muito tanto em 58 quanto em 70. Se houve dois brasileiros que foram heróis de Copa, de fato, foram Garrincha e, em escala menor, Romário.

Debatedor 3:
A Globo faz parte da paisagem brasileira. De leste a oeste, de norte a sul, onde tem um boteco, uma sala de espera… há um fundo de tela ligado na globo.

Debatedor 1:
O campeonato alemão é algo decidido a priori pelo nível de arrogância do Bayern da temporada.

Debatedor 2: 
Seu Neymar deveria jogar na Arábia Saudita. Essa medida traria de novo o povo brasileiro para junto da seleção.

Debatedor 1:
Se eles pudessem fazer como a Espanha franquista que naturalizou do Stefano e Puskás para a Copa de 62 e perdeu para o Brasil em parte graças ao engenho e arte de Nilton Santos, eles fariam.

Debatedor 2:
O trabalhador está sujeito a regras e uma delas deveria ser jogador de futebol que joga fora de seu país deve ser da seleção do país onde ele joga. Assim se acabaria com essa safadeza que está aí.

Debatedor 3:
Isso me lembra BRICS

Apesar das diferenças dos sauditas em relação a nós, guardamos muitas semelhanças culturais com esse povo.
Eles, bem como os diversos povos iranianos e também os demais povos do oriente médio, nos legaram muito do que somos.

O Magreb e a Ibéria são uma de nossas matrizes.
A comida, a música, o monoteismo, a matemática, a astronomia. Já joguei bola com sauditas, eles são bons, são peladeiros também. Admiram o Brasil e nosso futebol.
Mas ainda não estão contaminados pelo ocidentalismo, onde tudo se torna direito. Lá ainda estão acostumados com os desmandos, com o patriarcado. vamos ver como evoluem: Neymar e os BRICS, ambos têm muito a evoluir.

Caro leitor, o que pensa sobre isso? Comente. 

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