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Soberania em risco: vassalagem, entreguismo e a sanha imperialista pela “anexação” do Brasil

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Por Ricardo Guerra

O imperialismo ianque desde a sua origem, mas de forma bastante intensificada depois que teve seus interesses (prepotentes e opressores) de dominação expansionista impactados pela crise mundial de 1974:

Dessa forma, infiltrando e cooptando representantes em diversas áreas e instituições brasileiras, os EUA e seus associados no capital transnacional:

Promoveram, assim, nas palavras de Felipe Quintas, uma espécie de anexação indireta do nosso país como colônia, mas mantendo a nossa “independência” formal – controlada através da influência que exercem sobre as movimentações internas das oligarquias locais sobre os destinos do Brasil (ver aqui).

De braços dados com essas oligarquias apátridas, que incluem representantes do empresariado/finanças, componentes do campo político e jurídico (ver aqui) e, destacadamente, quadros das nossas Forças Armadas (ver aqui e aqui), a principal instituição que deveria agir para defender os interesses e a soberania do nosso país:

  • Os EUA foram (e seguem) imprimindo no Brasil, uma agenda baseada nos parâmetros da denominada doutrina de contenção e reserva estratégica;
  • Cujo objetivo é exercer o controle cultural, ideológico e territorial do nosso país, alavancando e consolidando no poder governantes para agir de forma lesiva aos interesses do próprio país;
  • Sempre contando, de forma explícita ou insidiosa, com o suporte de uma cúpula de oficiais locais (de alta patente) alinhados aos seus interesses e culturalmente a eles tão submetidos – a ponto de defender para o Brasil (pasmem!), uma relação de dependência e subserviência aos EUA, como sendo este o “nosso destino manifesto”.

Recentemente, os generais que formam a alta cúpula de uma organização tupiniquim que pretende se assemelhar (nas palavras do professor Piero Leirner) ao Pentágono ou uma versão Tabajara do Deep State estadunidense, escancararam o acordo que possuem com o império para atuar como seus encarregados de ordens sobre a pilhagem que estes aqui fazem. 

Foi lançado em maio de 2022 um projeto liderado pelo Instituto Sagres, junto com o Instituto Federalista e o Instituto Gen. Villas Bôas denominado “Projeto de Nação” – com um “cenário prospectivo” para o Brasil em 2035:

Usando o linguajar militar (conforme o supracitado professor Piero Leirner), um reles plano para administração do butim – ao modo Rand Corporation Tabajara:

Tudo segue um roteiro estabelecido com o aval do alto comando militar brasileiro, que por sua vez segue à risca as diretrizes traçadas pelo Deep State estadunidense – gerenciando a nossa versão tabajara de deep state que apresenta, nestes termos:

  • Um projeto de poder que, em futuro não muito distante, visa dispensar a preocupação com governos, destacadamente através do aparelhamento que vêm fazendo na administração pública;
  • Que tornará governantes e governos (em todas as instâncias) meros acessórios figurativos na estrutura administrativa do Estado brasileiro.

Um processo que vem intensificando-se ao longo dos últimos, com a administração pública tornando-se cada vez mais controlada por militares:

Além disso, com o Congresso e os parlamentos locais majoritariamente configurados por entreguistas desavergonhados:

  • As pautas favoráveis aos interesses do imperialismo vão continuar rapidamente passando;
  • Sendo bastante provável que as conversas e negociações sobre o semipresidencialismo avancem;
  • E, logo, nada de poder vai sobrar também nas mãos não apenas de Lula, mas de qualquer outro ocupante do cargo máximo do poder político e executivo no Brasil.

Do jeito que tudo está sendo encaminhado, em breve não haverá a mínima condição de se governar o nosso país de acordo com os verdadeiros interesses nacionais e as reais necessidades do povo brasileiro, e, se nada for feito:

A mídia tradicional e os disparos em massa nas mídias alternativas vão tratar de dar um ar de “nacionalismo” a todo esse tipo de tramóia do imperialismo junto com esta corja de traidores (ver também aqui), enquanto, na verdadeira e mais cruel realidade, estes vendilhões da pátria, a serviço do imperialismo e da aceleração da agenda neoliberal no Brasil:

O mais espantoso, é que estes quinta-colunas se orgulham de tudo isso e vangloriam-se por promover um projeto de poder que visa perpetuar a condição do Brasil como colônia em pleno Século XXI (ver também aqui).

Subservientes e completamente subalternos ao “grande irmão do norte”, “acreditam” que estão construindo as bases para a estruturação de um “subimpério” ao sul do continente americano, simplesmente permitindo que o gado, o garimpo e o agronegócio (com livre acesso às corporações transnacionais) avancem sobre o Pantanal e a Amazônia e, absurdamente estabelecendo, entre outras coisas:

A subjugação imperialista determina a impossibilidade de uma correta adequação do Brasil no espaço de configuração estabelecido no complexo jogo geopolítico e inviabiliza a garantia da nossa condição de presença no mundo a partir de uma perspectiva de equilíbrio entre as nações – e as pessoas precisam tomar ciência do que isso representa na vida delas.

O neoliberalismo é uma estratégia criada apenas para contemplar o agudo objetivo do imperialismo de sufocar e impedir o desenvolvimento autônomo dos chamados países do capitalismo periférico, inseridos tardiamente e de forma dependente no sistema capitalista como o Brasil, e esse “projeto”, dito de nação, nada tem de patriota – muito pelo contrário:

O imperialismo está conseguindo impor (cada vez mais) o massacre total sobre o nosso país e o nosso povo, ficando muito estreitas (praticamente inviáveis) as margens até mesmo para a implementação de políticas públicas e sociais que foram aplicadas com sucesso ou com relativo sucesso no passado, para amenizar o sofrimento da população brasileira.

Cabe a nós, militantes anti-imperialistas e verdadeiros nacionalistas, o dever de denunciar e buscar (com todas as nossas energias) estratégias para viabilizar ações que estabeleçam a ruptura desses mecanismos de controle sobre o Estado brasileiro, fortalecendo a luta pelas bases – dialogando com os trabalhadores nos locais de trabalho, convivência e moradia no sentido de promover a consciência de classe e a organização e mobilização popular para a luta anti-imperialista:

Sem Estado forte, não há desenvolvimento nacional!

Reafirmando as reflexões de Felipe Quintas, Gustavo Galvão e Pedro Augusto Pinho:  o Estado é o organizador da soberania nacional  e sua viabilidade está diretamente relacionada à sua capacidade de ampliar os espaços de representação popular e a margem de redistribuição material, por meio do desenvolvimento econômico.

Apenas através da efetiva presença de um Estado soberano é que temos condições de assegurar o bem-estar econômico e social do nosso povo e o estabelecimento da justa redistribuição da riqueza material aqui produzida!

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