Armínio Fraga, maior especulador do terceiro mundo, ex-presidente do BC, na Era FHC, já antes da Covid, reconhecera que o problema mais sério da economia era o avanço da desigualdade.
Agora, surpreendentemente, quer taxar os super ricos com mais imposto de renda.
Para ele, a desigualdade desenfreada decorre do fato de que a taxa de juros vigorou muitos anos bem acima do crescimento do PIB, a partir do governo Fernando Henrique Cardoso.
Diagnóstico preciso.
Tratava-se do populismo cambial – sobrevalorização do câmbio – para combater inflação.
No seu contrapolo, explodiu dívida interna especulativa. Consequentemente, caíram salários, ao mesmo tempo em que a diferença entre ricos e pobres aumentou, exponenciamente.
Adicionalmente, tal estratégia financista favoreceu os capitalistas mediante sistema tributário que taxa pobre com imposto de renda regressivo, ao passo que milionários escapam pela elisão fiscal permanente.
A desigualdade, na avaliação cinicamente calculada de Armínio, é o fator mais determinante da insuficiência crescente dos investimentos na produção, devido à queda do poder aquisitivo da população.
Onde não há consumo, quem vai investir em máquinas novas para colocar no lugar das que estão paradas?
O que Armínio não fala é que ele, no governo FHC, como presidente do BC, relaxou geral os controles de capital e a burguesia financeira, no ambiente do Consenso de Washington, deitou e rolou.
A realidade agora cobra o seu preço.
Os endinheiros não têm disposição para fazer nenhum investimento produtivo, porque não terão retorno lucrativo sobre o capital investido, no contexto do subconsumismo. Preferem ganhar na financeirização da economia por meio da especulação desenfreada com a dívida pública interna, a fonte maior do déficit público que barra desenvolvimentismo sustentável que Lula quer promover.
Os fundos de investimentos que a política financeirizada de Arminio promoveu são os verdadeiros bombeadores da desigualdade social, favorecidos pela política monetária comandada por Banco Central Independente.
Tal política responde ao interesse não nacional mas internacional, dos banqueiros, verdadeiros donos dos bancos centrais. As políticas monetaristas restritivas no terceiro mundo, patrocinadas pelos BC Independentes, são as fontes de lucros dos especuladores que, no primeiro mundo, livram-se dos prejuízos, graças às políticas monetárias heterodoxas expansionistas, na linha das finanças funcionais que já praticam para se livrarem dos crashs.
Enfim, Armínio é um inimigo da economia nacional. Seu compromisso é com os especuladores, tipo George Soros, do qual é discípulo, enquanto trabalhou no Fundo Quantum.
Seu medo real é que a especulação que defende acabe promovendo fuga de capitais, porque nem os privilegiados acreditam em privilégio eterno. E se a fuga ocorre, a fonte de riqueza de Armínio e dos seus clientes poderosos pode ser afetada.
Não tem compromisso com o povo, mas com os seus patrões, financistas internacionais, que avançam sobre tudo e sobre todos, inclusive e principalmente, sobre a maior empresa nacional, a Petrobrás, ainda estatal(até quando ninguém sabe), sucateada pelos privatizadores, voltados para redução dos investimentos e, em contrapartida, com aumento da distribuição de dividendos dos acionistas internacionais.
Já os consumidores pagam elevadas cotações dos derivados decorrentes dos preços internacionais, manipulados pela multis do petróleo, que abocanharam o pré sal na onda neoliberal bolsonarista fascista.
Armínio, pô, vai se catar.
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