Império de Tio Sam sem comando político em Washington, no sistema presidencialista americano, virou de cabeça para baixo e pernas para o alto.
Situação favorece os BRICS.
A virtual vitória russa sobre a OTAN-EUA na Ucrânia fragmentou o poder imperial.
Os aliados Atlantiscistas do império americano estão órfãos, financeiramente, falidos com a guerra que foram chamados a participar-financiar entrando de gaiato.
Estão como presa fácil para o novo império que está nascendo Rússia-China.
Poder imperial sem comando perde capacidade de unificar suas forças. A dispersão é movimento de força natural, a nova consciência, consciência da desconfiança.
Pode pintar movimento de desdolarização e as bolsas enfrentarem altas volatilidades.
Politicamente, em especial, aos olhos do mercado financeiro, o império está à deriva. A guerra na Ucrânia abalou o império. As forças internas estão divididas quanto ao que fazer. A base democrática do capitalismo liberal americano está rachada. Sem discurso, a palavra de ordem passa a ser salve-se quem puder.
Dissolvente imperialista
Império em dissolvência ladeira abaixo rompidas todas as regras imperiais. Momento propício para emergência de movimentos revolucionários no cenário na rede social global.
Republicanos moderados na condução do poder imperial na Câmara são derrubados pelos radicais de direita.
Os moderados ainda fizeram concessão a Biden para refinanciar a dívida mais uma vez, a última vez, acertando com os democratas. Mas, essa concessão republicana esgotou. Interessa aos republicanos que Biden se lasque e perca a eleição de 2024. Esse é o jogo bruto do poder.
A guerra eleitoral americana substitui a guerra da Ucrânia. Que farão os democratas, morrerão ou darão o calote para se salvarem, se os republicanos não negociarem, para evitar o shutdown da próxima vez?
As contradições internas explodiram e não está podendo mais dourar a pílula: ou continuam os gastos com guerra para puxar o financismo guerreiro, respiradouro do capitalismo, ou cortam para criar uma dialética imperialista americana explosiva.
Para dar esse passo revolucionário, o mercado pode cortar o crédito do rei. Que fará o rei: derrubará o mercado com provável apoio popular? A crise é fundamentalmente financeira por envolver a poupança popular em perigo de implosão. Chineses e russos estão satisfeitos. O tiro da guerra saiu pela culatra.
Os cofres americanos e a credibilidade do governo estão ameaçados e o comando político, rachado, irremediavelmente, como mostra o shoutdow imperialista.
O remédio do império é conhecido: fazer novas guerras, ampliação do poder de si mesmo em movimento dialético constante, como destaca professor Luis Fiori, especialista geopolítico em guerras.
A lógica é a de sempre: uma guerra após outra e os cenários que ela criam sempre mais e mais explosivos.