Presidente russo afirma que outros países, como Índia e África do Sul, também deveriam ter mais protagonismo
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu nesta 5ª feira (5.out.2023) que o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
O líder russo também citou a Índia e África do Sul como atores globais sem representação proporcional à sua relevância e defendeu a expansão do Brics, grupo formado atualmente pelos 4 países mais a China e que terá 6 novos integrantes a partir de 2024.
A declaração foi feita durante fórum em Moscou para discutir a multipolaridade da geopolítica global. Quando questionado sobre as mudanças na política internacional desde a criação da ONU, após o final da 2ª Guerra Mundial (1939-1945), Putin disse ser necessário “adaptar-se às demandas atuais e à evolução global”.
“Nesse contexto, é evidente que o Conselho de Segurança da ONU deve admitir países que desempenham um papel importante nos assuntos mundiais e que, devido ao seu potencial, têm a capacidade e a influência necessárias para resolver questões internacionais cruciais”, disse o presidente russo. …
Ele então citou o Brasil, destacando que a população brasileira é “enorme” e que o país passa por um “crescimento de influência colossal”. Putin mencionou ainda a Índia e África do Sul como países que deveriam ter um peso maior na tomada de decisões na agenda internacional.
O Conselho de Segurança, porém, só pode ser reformado se seus 5 integrantes permanentes (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) votarem de maneira unânime.
Ao falar sobre o Brics, Putin disse estar “feliz” com a expansão do bloco e chamou o processo de “positivo”.
“Agora, estamos avançando com a expansão e aumentando o número de integrantes da organização. Na minha perspectiva, isso é de grande importância, pois reflete o crescimento da influência e, mais significativamente, a disposição de adotar um formato que não impõe obrigações ou restrições, mas, em vez disso, estabelece as bases para encontrar compromissos e resolver questões que são do interesse de todos os países participantes”, acrescentou.
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