O século 21 é o século das guerras. Despedaçada a Iugoslávia, destruída a Líbia, país que detinha o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na África, atinge Iraque, Iêmen, Serra Leoa, Libéria, República Centro Africana, Somália, Níger, Sudão, Uganda, República Democrática do Congo, Burundi, Costa do Marfim, Jordânia, Afeganistão, Filipinas, Polônia, Ucrânia, Nagorno-Karabakh, Timor Leste, Palestina, em tão somente 23 anos.
E onde se concentram estas agressões à vida e ao desenvolvimento dos povos? Na África, nos países mulçumanos, ou onde a religião islâmica seja majoritária ou tenha numerosos seguidores.
Os Estados Unidos da América (EUA) são grandes responsáveis por essa situação. Além de terem talvez a segunda maior força armada do planeta, eles construíram um pretexto para ajudar seus amigos, governantes de Israel, com o fantasioso 11 de setembro, identificando a religião islâmica com o terrorismo.
Voltemos um pouco no tempo.
Quando a aristocracia inglesa viu-se ameaçada pelas finanças holandesas – o Banco de Amsterdã é de 1609 e o da Inglaterra de 1694 – abriu as portas da Grã-Bretanha para os judeus. Inicia-se aí o Império dos Rothschild. E logo a Praça de Londres passou a ser o mais importante centro financeiro do mundo.
É bem verdade que os caminhos estadunidenses e britânicos não correram sempre juntos, mas também não se opuseram, como se observa na plutocrática constituição de 17 de setembro de 1787, redigida por donos de escravos, negociantes, advogados, armadores e banqueiros.
Charles L. Mee Jr., historiador estadunidense, tem dos constituintes da constituição de seu país o mesmo conceito de Benjamin Franklin: preconceituosos, egoístas sem princípios e ignorantes. E as finanças judaicas logo se apossaram do sistema financeiro dos EUA.
Formou-se a união que defenderia o enclave sionista no mundo árabe.
Eram colônias do Reino Unido o Sudão, parte da Líbia, Egito, Palestina, Jordânia, Catar e Kuwait. Ao serem libertadas estas colônias por armas e acordos de paz, a maldade inglesa, associada ao interesse sionista, cria o enclave para provocar permanente conflito, atendendo às finanças britânicas e aos fabricantes estadunidenses.
O massacre de crianças, velhos, doentes, mulheres e homens indefesos na Faixa de Gaza, tem, por conseguinte, raízes mais antigas do que o 11 de setembro.
No século passado tem-se:
1948 – criação do Estado de Israel;
1949, 1967, 1973 – guerras onde Israel, treinado e com inteligência fornecida pelos EUA, armado e municiado, em todo sentido, vence os árabes e agregam mais terras palestinas ao Estado de Israel. Com o passar do tempo Israel vai se tornando cada vez maior e vai expulsando pessoas e usurpando suas terras.
As intifadas são guerras de paus e pedra contra armas modernas israelenses, que se transformam em exportadores de armas.
Agora, caro leitor, como você se sentiria se um povo de língua estranha e costumes diferentes tomasse sua casa, sua terra e ainda lhe expulsasse de onde você e seus ancestrais nasceram?
Hoje, Israel conseguiu dividir a antiga Palestina em duas partes tendo o estado judeu cercando-os, ou seja, um palestino da Cisjordânia só poderá visitar seu parente na Faixa de Gaza se os israelenses deixarem. Muros cercam os palestinos na terra que sempre foi sua.
Israel bloqueou não só por terra, mas por mar e pelo ar, o povo palestino.
Mas a mídia ocidental, principalmente a estadunidense e a britânica, e os países suas colônias, são radicais em favor do Estado de Israel, tudo feito contra Israel é terrorismo, tudo que Israel faz contra os palestinos é defesa do seu povo.
E assim, com bloqueio, sanções e mortes se vai o povo palestino e Israel toma suas terras.