Em pesquisa, brasileiros atribuem à corrupção a principal causa pela fome infantil, reflexo de anos de ‘lava jato’ e ‘mar de lama’
Oito em cada dez pessoas no Brasil (84%) acreditam que é responsabilidade do governo resolver a fome infantil no País. Até aí, nenhuma novidade. O problema é quando os brasileiros são perguntados, em pesquisa da Ipsos, sobre os motivos.
As causas da fome infantil no Brasil são atribuídas, em primeiro lugar, à corrupção (51%). Inflação e aumento no custo de vida (44%) e falta de foco governamental (37%) vêm depois. Ganância das corporações foi a 4ª mais citada (25%).
Em comparação, a média global – a pesquisa “Not Enough: Global Perceptions on Child Hunger and Malnutrition” foi feita em 16 países – mostra que a corrupção é citada por 28% das pessoas, enquanto a inflação e o aumento no custo de vida são mencionados por 55%.
(Os participantes poderiam indicar mais de uma opção, por isso o número total ultrapassa 100%).
O resultado pode ser atribuído a anos de Lava Jato, especialmente refletidos na mídia conservadora. Aliás, diria Brizola, o problema vem de longe. A elite sempre recorre à corrupção para atribuir as mazelas do País, vide o “mar de lama” que jogaram sobre Getúlio Vargas.
A fake news repetida pela mídia conservadora há décadas é conveniente, pois deixa fora dos holofotes as verdadeiras razões para a fome infantil no País, e de outros graves problemas, a começar pela imensa desigualdade.
Pela pesquisa, apenas 46% dos brasileiros confiam que o governo teria a capacidade de solucionar a fome infantil, demonstrando uma baixa expectativa com relação às autoridades.
Além disso, 93% dos brasileiros acreditam que o governo deveria custear refeições nas escolas para as crianças. O que, aliás, já acontece: dos entrevistados, 68% disseram que ao menos uma criança de sua casa fez uma refeição na instituição de ensino.
A pesquisa também destacou que 92% dos entrevistados no Brasil concordam que ter comida o suficiente para se alimentar é um direito humano básico, alinhando-se com a média global, que é de 91%.
Fim do Código QR
Entrou em vigor nesta terça-feira (12) a Lei 8224/2023, que obriga restaurantes, lanchonetes, bares e similares no Município do Rio de Janeiro a disponibilizarem, nos atendimentos presenciais, cardápios no formato impresso.
Ou seja, acaba a ditadura do cardápio somente em QR Code, efeito colateral do isolamento social da pandemia.
A Lei, proposta pelos vereadores Marcio Ribeiro, Monica Benicio e Luciana Boiteux, entre outros, depende de regulamentação do Poder Executivo.
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