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BIDEN JOGA AMÉRICA LATINA NOS BRAÇOS DE PUTIN E XI JINPING DEPOIS DO GOLPE CIBERNÉTICO TERRORISTA CONTRA NICOLÁS MADURO

CÉSAR FONSECA

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O plausível golpe cibernético terrorista que bombardeou o sistema eleitoral da Venezuela pelos aliados de Washington tem a marca registrada do império, que se apressou em considerar vitoriosa a oposição venezuelana com provas falsas de que o presidente Nicolás Maduro fraudou as eleições, vigiadas por mais de 900 fiscais internacionais.

As atas eleitorais já estão à disposição dos representantes dos partidos na Sala da justiça eleitoral da Venezuela, mas parece que os golpistas não estão nem aí para elas, depois que o presidente Biden considerou vitoriosa a oposição, mesmo com o veredito do CNE que auditou mais de 90% dos votos, conferindo vitória de Maduro.

A verdade de Washington é o aval para os golpistas cibernéticos terroristas que fizeram computação à parte para apresentar rapidamente outro resultado à Casa Branca, a fim de produzir o discurso imperial do presidente Biden.

Confirma-se desse modo a tradição do partido Democrata americano de patrocinar golpes políticos na América Latina contra governos considerados inimigos a serem abatidos pelo império.

CIBERNÉTICA, A ARMA DO GOLPE

Antes, as armas para a desestabilização das democracias latino-americanas eram os militares treinados nos Estados Unidos, para impor a nova ordem política e econômica neoliberal à periferia capitalista latino-americana, economicamente dependente de Washington e seus agentes econômicos coordenados por Wall Street.

Hoje, a ação imperialista modernizou-se: utiliza-se da cibernética revolucionária para programar desestabilizações de processos eleitorais com objetivo de derrotar candidatos cuja continuidade no poder não interessam mais a Washington, mesmo que tenham sido democraticamente eleitos, como Nicolás Maduro.

Os terroristas cibernéticos, conforme informações do Ministério Público da Venezuela, avariaram o sistema a partir de uma plataforma internacional, em Macedônia do Norte, ao mesmo tempo em que forjaram atas eleitorais falsas para dizer que têm provas da vitória, com 70% dos votos, da oposição que Maduro não quer aceitar, embora o Conselho Nacional Eleitoral(CNE), informa que apurados 97% dos votos, Maduro é o eleito.

IMPÉRIO FORTALECE RÚSSIA, CHINA E BRICS

O império aposta na força da mentira: não precisa das provas dos golpistas para avalizar sua palavra de que o candidato Edmundo Gonzalez, da oposição, faturou o pleito com mais de 75%, enquanto o CNE, opostamente, diz, com base em 80% da apuração, Maduro ganhou: 52% x 44%.

O jogo de manipulação de Biden, com seus aliados Corina Machado e Edmundo Gonzales, só favorece os seus maiores inimigos: China e Rússia.

Aumentará muito mais a propensão da América Latina de optar pela relação com China e Rússia, para fugir das garras do império, que parte para golpes cibernéticos terroristas coloridos praticados por aliados de Washington, de modo a sustentar modelos econômicos neoliberais que destroem as economias latino-americanas.

O ódio de Washington e seus representantes à Venezuela decorre da resistência do chavismo ao neoliberalismo que impede a dominância ampla das petroleiras americanas no país, defendido pelo Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSVU), com total apoio político dos militares alinhados em orgânica União Cívico-Militar.

MADURO DRIBLA NEOLIBERALISMO E ECONOMIA CRESCE

Maduro está saindo relativamente bem da crise imposta pelas 900 sanções econômicas americanas, porque resistiu ao diagnóstico neoliberal de ser obrigado a realizar superávits primários ou déficit zero, para controlar a inflação via recessão, a fim de pagar juros da dívida pública, enquanto renunciaria ao crescimento econômico.

Nesse momento, com a recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional, depois que foi extinto o acordo EUA-Arábia Saudita(1994-2024), para sustentar o petrodólar, como avalista do dólar, a moeda petróleo está valendo mais que a moeda americana sem o lastro do petrodólar.

Por isso, a inflação está caindo na Venezuela e as atividades produtivas se recuperando a partir de financiamento público principalmente para pequenas e médias empresas, estimulando o empreendedorismo.

O Correo del Orinoco, jornal criado por Hugo Chaves, para ser a artilharia do pensamento, conforme ditado de Simon Bolívar, informa que em julho, a arrecadação tributária aumentou 351%, graças às novas inversões produtivas, geradas pela valorização do petróleo.

Maduro promete investir o aumento da arrecadação em mais produção e consumo, que, na avaliação dos economistas venezuelanos anti-neoliberais, proporcionará combate à inflação com crescimento econômico, dispensando ajuste fiscal neoliberal.

Segundo o Correo del Orinoco, os financiamentos à produção estão em alta: 1 – porque as petroleiras americanas estão comprando o produto pelo preço da praça, e; 2 – isso facilita governo oferecer crédito baixo por conta do aval do petróleo que está se valorizando, financeira e geopoliticamente, no cenário da incerteza financeira global.

DESESPERO DE WASHINGTON POR PETRÓLEO

Nesse novo cenário, que favorece a Venezuela, maior detentora de reservas petrolíferas do mundo, cresce, em contrapartida, no mercado financeiro especulativo global, a desconfiança dos fundos financeiros internacionais, detentores dos títulos americanos da dívida de Tio Sam, que já ultrapassa 35 trilhões de dólares.

Washington está com sede de petróleo para dar aval ao dólar que ficou sem o lastro do petrodólar, a partir de 9 de julho, quando encerrou o acordo EUA-Arábia Saudita.

O desespero americano para obter petróleo, como garantia para Washington emitir moeda capaz de continuar financiando guerras, valoriza o petróleo e, naturalmente, favorece a política econômica antineoliberal de Maduro.

O contexto estrutural da crise mundial que leva Washington a intensificar guerras, portanto, valoriza o petróleo e aumenta a ganância das petroleiras para derrubar o presidente Maduro a golpe cibernético.

DESASTRE IMPERIAL NA AMÉRICA DO SUL

Russos e chineses estão satisfeitos com os resultados desastrosos de Washington na América do Sul, continente em que firmam, em escala crescente, entendimentos para acordos militares e comerciais que fortalecem suas posições, quanto mais a propensão americana aos golpes políticos se acentua.

Estão, portanto, à vista prováveis acordos de cooperação latino-americana no campo das informações estratégicas cibernéticas anti-golpes com a Rússia e China, interessadas em levar a América do Sul para os BRICS, onde constroem o novo mundo multipolar.

Os latino-americanos, especialmente, os venezuelanos – porque não os brasileiros, que, também, foram alvos dos ataques cibernéticos americanos que derrubaram Dilma e fragilizaram a Petrobrás em sua força soberana? – estão sentindo o gosto amargo do unilateralismo neoliberal comandado pelos Estados Unidos.

Por isso querem fugir dele, rumo ao multilateralismo que China e Rússia constroem, erguendo o BRICS.

Putin já convidou Maduro para ser, em outubro, a nova estrela da reunião dos BRICS que Moscou sedia em 2024.

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