Em um vídeo recente Jeffrey Sachs, economista e ensaísta americano, afirma categoricamente: “esta não é uma guerra por procuração entre a Ucrânia e a Rússia, mas um conflito direto entre os Estados Unidos e a Rússia. Os armamentos, o financiamento e a gestão estratégica dos esforços militares da Ucrânia são orquestrados pelo Estados Unidos. Nada acontece na frente ucraniana sem a aprovação e orientação americana. É apenas um conflito à margem da Europa, mas uma guerra em grande escala, travada por Washington contra Moscou.
Mas coloquemo-nos algumas questões incómodas: como é que este ciclo interminável de derramamento de sangue serve os interesses dos ucranianos comuns, que são enviados para a morte em nome de um jogo de xadrez geopolítico? Como é que isto beneficia os contribuintes americanos, que enfrentam a dura realidade de um dólar em colapso, biliões de dívidas resultantes de <guerras eternas> e um tecido social em erosão? À medida que os Estados Unidos se agarram à sua hegemonia em declínio, sustentando uma elite corrupta através do branqueamento de capitais e do aventureirismo militar, são os cidadãos comuns, tanto americanos como ucranianos, que suportam o verdadeiro custo.
No entanto, nada pode mudar o inevitável: uma vitória total da Rússia. Os Estados Unidos devem reconciliar-se com esta realidade ou arriscam-se a perder mais do que apenas a Ucrânia. Contra uma Rússia ressurgente que irá proteger os seus interesses vitais, os riscos nunca foram tão altos (isso não é exagero). A questão permanece: quanto mais Washington está disposto a sacrificar numa batalha perdida?”