”Moção de apoio ao presidente Nicolás Maduro e ao povo venezuelano”
Este é o título do documento que foi encaminhado nesta terça-feira, 20 de agosto, ao presidente Nicolás Maduro via seu vice-ministro para a América do Sul Rander Ismael Peña.
O momento não cabe tergiversação. Exige, sim, posicionamento firme no que toca à soberania de um país para conduzir seus processos eleitorais sem qualquer ingerência do Império e demais nações.
Foi tal constatação que levou à feitura desta moção.
Cento e trinta e cinco pessoas e 15 entidades subscrevem-na.
Entre eles, Atílio Boron, Breno Altman, Manuel Domingos Neto, João Pedro Stedile, Ladislau Dowbor, Otávio Guilherme Velho, Roberto Amaral, Fernando Buen Abad Domíngues, Adriano Diogo, Altamiro Borges, Henrique Domingues, Magui Balbuena, María Stella Cáceres de Almada, Fatima Rallo Gutiérrez, Domingo Laino, Purnima Anand, Artemy Alexandrovich Semyonovsky.
“Concordar minimamente com qualquer ingerência no processo eleitoral venezuelano é autorizar que, em 2026, façam o mesmo nas eleições do Brasil’, observa a brasileira Tânia Mandarino.
‘’É um precedente muito perigoso’’, atenta.
‘’Por isso também um dos apelos dos subscritores desta moção ao presidente Lula é que ele não se curve aos interesses do grande capital financeiro internacional e reconheça o resultado da eleição presidencial na Venezuela”, completa.
Apoie o jornalismo independente
A moção em português, espanhol, inglês e russo.
Abaixo, a íntegra em português.
Também as assinaturas iniciais.
A moção está aberta aos que desejarem se somar. É só clicar aqui.
****
MOÇÃO DE APOIO A NICOLAS MADURO E AO POVO VENEZUELANO
Já transcorreu a metade de um mês desde o 28 de julho das eleições presidenciais venezuelanas e o mundo olha ainda com preocupação a pressão imperialista estadunidense sobre lideranças da América Latina para que pactuem com a violação da soberania na Venezuela.
Nesse cenário, as Big Techs, a serviço do capitalismo de vigilância, manipulam informações e ameaçam o Presidente Eleito como maestros das redes sociais dominantes no Ocidente, a exemplo do que tem feito o lacaio do império norte-americano, Ellon Musk, em sua rede social, “X”.
Por sua vez, o grupo Meta, criado para facilitar a espionagem o controle e a violação de dados pessoais de habitantes do planeta, permite que o aplicativo de mensagens “WhatsApp” seja portador de ameaças violentas de trolls ensandecidos pelo ódio que se instila nas redes e veículos a serviço do senhor da guerra.
O que realmente deve preocupar o mundo em relação à Venezuela não é o processo eleitoral nem as “atas”, que se transformaram em uma espécie de mantra sem sentido, recitado pelos que sucumbem à imposição da força unipolar que verga e quebra espinhas, assim na América Latina como na Europa.
A Venezuela está cuidando de seu próprio processo eleitoral, submetido às Leis daquele país soberano que respeita sua própria Constituição e é amante da paz.
Portanto, o que merece a atenção do mundo quanto à Venezuela neste momento é a imposição chantagista e extorsiva para que dirigentes latino-americanos se ajoelhem diante do Tio Sam; é a reiterada manipulação em processos eleitorais de países do Sul Global, alterando-lhes os resultados e usurpando o Poder Público e suas instituições como melhor possa favorecer aos interesses Otan/sionistas.
Porque é visível que o poder imperialista não somente busca usurpar as funções do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), como também, através da oposição local, desacatar o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), zombar da Promotoria e impor o mais absoluto desrespeito às Leis emanadas da Assembleia Nacional.
Isso fala de modo eloquente sobre uma certeza de superioridade a todos os poderes que sustentam a vida nacional de um povo escolhido como inimigo para poder ser sujeitado e saqueado.
Sobretudo, o que demanda atenção é a reiterada prática de métodos de guerra híbrida que já derrubaram líderes e devastaram países em todo o mundo, causando muita destruição e morte de inocentes, simplesmente para saquear e pilhar seus recursos a fim de satisfazer a fome insaciável das bestas ocidentais.
Nós, os produtivos do mundo, prestamos nosso apoio ao Povo Venezuelano e seu Presidente legitimamente reeleito, Nicolás Maduro, e pedimos respeito à soberania da Venezuela.
Rogamos, sobretudo, aos líderes da América Latina e do Caribe, em especial ao grande estadista brasileiro, Lula da Silva e aos Presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, e López Obrador (AMLO), do México, que não se curvem aos interesses do grande capital financeiro internacional, que tudo consome e a tudo destrói.
Pelo reconhecimento imediato da decisão do Povo Venezuelano que nas eleições de 28 de julho reelegeu Nicolás Maduro como Presidente da República Bolivariana da Venezuela.
Basta de violência! A Venezuela se respeita.
Assine AQUI
Alguns signatários AQUI