Segundo a “Bloomberg”, sim: Erdogan pediu formalmente sua adesão ao Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Segundo informações da Bloomberg publicadas nesta 2ª feira (2.set.2024), a iniciativa marca um esforço do país para diversificar suas alianças além do Ocidente. A nação já faz parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Honestamente não sabemos como Recep Tayyip Erdoğan pretende conciliar o país em um bloco militar ocidental e em sua Nêmesis. Incomum, para não dizer improvável. Mas a se verem as desconfianças recentes causadas pelas posições indiana, e sobretudo, brasileira, não é assim tão improvável. Afinal de contas se o Brasil é hostil com a Venezuela sob o argumento de “defesa da Democracia”, qualquer posicionamento é, ao menos aparentemente, válido.
Neste sentido, há muita lógica no fato de que a solicitação também tenha sido realizada depois de desavenças com outros integrantes da OTAN e de anos de negociações [fracassadas] para a entrada da Turquia na UE (União Europeia). A nação obteve o status de candidato em dezembro de 1999 e iniciou as conversas em outubro de 2005. Atualmente, as tratativas estão congeladas.
No mesmo sentido, a “aproximação do governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, com Vladimir Putin, da Rússia, influenciou no afastamento do país em relação ao bloco europeu e a aproximação ao BRICS”. Igualmente a lógica faz muito sentido.
De toda forma, “em 4 de junho, o governo russo, que detém a atual presidência do grupo, manifestou apoio ao interesse da Turquia em se unir ao Brics. A entrada turca deve ser discutida durante a cúpula do grupo que será realizada em Kazan (Rússia) de 22 a 24 de outubro”
No que vai dar? Não sabemos. Mas se o Brasil pode adotar posições dúbias, por que permitir dubiedades? Eis a questão que o sempre atento Erdogan colocou à mesa. Que sirvam-se os bons!