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Comunicação com as massas e a luta anti-imperialista

Por Ricardo Guerra

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O Brasil e a América Latina estão completamente dominados pelas forças que agem a serviço dos interesses do imperialismo impondo uma agenda de saque aos nossos recursos naturais e aos nossos patrimônios públicos, financeiros e estatais e investindo pesadamente na retirada dos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores, através da instituição famigerada ideologia neoliberal:

A imprensa, a educação, as famílias e a religião estão cada vez mais hiper direitizados:

  • E a situação torna-se ainda mais complicada, com a entrada em cena dos mecanismos de força bruta impulsionados com o apoio do judiciário, da polícia e do exército;
  • Estabelecendo a configuração de um Estado policialesco, estruturado através de mecanismos de controle e repressão social.

O cerco contra os interesses dos trabalhadores e a voracidade da investida imperialista contra os países da periferia do sistema capitalista estão sendo aprofundados:

Dessa forma, com a população ficando completamente alijada do acesso à narrativa dos fatos e dos acontecimentos políticos, econômicos e geopolíticos que realmente interessam, a atuação da militância anti-imperialista não pode ficar restrita simplesmente ao campo das denúncias:

A hora é de investir na educação política dos trabalhadores de forma mais contundente e trabalhar pela organização e viabilização de um programa efetivo de comunicação de massas, no qual, a bandeira de luta deve ser a contraposição à ideologia colonizadora imperialista e o enfrentamento à imposição da agenda neoliberal.

Essa é uma das principais críticas que se faz à gestão do Partido dos Trabalhadores no período anterior em que esteve à frente do poder central do país (entre 2002 e 2015) e que, da mesma forma, agora se repete – com o governo destinando bilhões de reais do orçamento público para a publicidade oficial nos meios de comunicação burgueses (fortalecendo instituições golpistas e antinacionalistas como o estadão, a globo, a record e a jovem pan) enquanto, por exemplo, rádios comunitárias são fechadas, e mais:

  • Os devidos esforços para a regulação da mídia, no sentido de promover a prestação de serviços de comunicação com base no interesse público e baseados em regras para o funcionamento democraticamente equilibrado de informações – não são realizados;
  • A participação dos trabalhadores e dos movimentos populares não é fortalecida nas Tv’s comunitárias e convencionais;
  • Canais estatais de comunicação não são abertos para levar a narrativa do governo às ruas;
  • Ou seja, em termos de comunicação com as massas, o governo segue patinando!

Enfim, sob o ataque do imperialismo, a comunicação com as massas e o processo de formação política popular precisa fazer parte do esforço pela organização e mobilização da população para o enfrentamento.

Um esforço que exige o estabelecimento de uma linha de atuação prática de luta no sentido de viabilizar a possibilidade futura de desenvolvimento soberano do nosso país – priorizando a luta contra financeirização da economia e o desmonte da indústria nacional, a luta contra o desmonte da nossa já limitada legislação trabalhista, a luta contra a terceirização, a precarização do emprego e a crise econômica geral, e a luta contra a vergonhosa entrega do patrimônio nacional promovida pelas privatizações.

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