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Netanyahu antecipa retorno para Israel após vaias na ONU e protestos contra o genocídio

Enquanto israelense discursava, aviões do país bombardeavam subúrbios de Beirute

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, encurtou sua estadia nos Estados Unidos após ser vaiado em sua fala na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27) em Nova York, onde defendeu a escalada militar contra o Líbano. Antes do seu discurso, dezenas de manifestantes reuniram-se em frente ao hotel onde está hospedado em Nova York para exigir o fim da violência em Gaza e no Líbano.

Cadeiras vazias


Assentos da delegação palestina vazios quando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (fora de quadro) sai após discursar / Bryan R. SMITH / AFP

Além da recepção com vaias, vários delegados se retiraram da Assembleia da ONU após chegada de Netanyahu, entre eles o representante do Estado palestino.

Enquanto o primeiro-ministro de Israel discursava, aviões de guerra israelenses realizaram vários bombardeios no subúrbio ao sul de Beirute, informou a imprensa oficial do Líbano, enquanto repórteres da AFP relataram fortes explosões na região da capital.  A televisão libanesa mostrou colunas de fumaça subindo de vários lugares da região e sirenes de ambulâncias podiam ser ouvidas por toda a cidade.

Na quarta-feira, Estados Unidos, França e outros aliados divulgaram uma proposta de cessar-fogo de 21 dias, após uma reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, na Assembleia Geral em Nova York.

A Casa Branca disse que o pedido de cessar-fogo foi “coordenado” com Israel, mas o gabinete de Netanyahu afirmou na quinta-feira que o primeiro-ministro não respondeu à proposta.

Nesta sexta (27), o primeiro-ministro israelense declarou perante a ONU que as operações contra a organização libanesa Hezbollah continuarão, frustrando as esperanças de uma trégua temporária de 21 dias proposta no início desta semana por França e Estados Unidos.

“Enquanto o Hezbollah escolher o caminho da guerra, Israel não tem escolha, e Israel tem o direito de acabar com esta ameaça e devolver os seus cidadãos às suas casas em segurança”, disse ele, acrescentando que as operações continuarão “até que todos os nossos objetivos sejam alcançados”.

*Com AFP

Edição: Leandro Melito, no Brasil de Fato

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