Desde 2008, mais e mais contradições acumulam-se no sistema do capitalismo mundial e o nível de parasitismo especulativo na economia imperialista chegou a um ponto insuportável – e sem retorno:
- A maior crise enfrentada pelo capitalismo – em todos os tempos – segue firme o seu fluxo de agravamento, sendo inevitável (e mais que previsível) o estouro de uma nova bolha especulativa – muito maior do que aconteceu em 2008;
- Apenas em 2019 o FED imprimiu 10 trilhões de dólares para comprar títulos podres e em 2020 (durante a pandemia) foi aumentada, de forma descontrolada, a impressão de dinheiro sem lastro (ver também aqui);
- Além disso, as taxas de juros da especulação financeira foram novamente manipuladas e os títulos especulativos com menos de 1 ano estão sendo remunerados com taxas equivalentes aos títulos com maturidades de 20 e até 30 anos.
Diante desse cenário, no qual o modelo econômico de expansão “infinita” faliu, o império necessita/deseja (desesperadamente) suscitar uma situação que forneça uma nova “perspectiva de crescimento”:
- Como o que realmente importa para os imperialistas é o controle do mundo – inclusive contra qualquer ameaça que leve a paz;
- As guerras, sempre as guerras, representam a opção histórica usada para a perpetuação do poder que, sob imposição, eles detêm.
A paz não dá aos capitalistas o insaciável lucro que sempre desejam:
- E uma guerra sempre pode gerar as perspectivas para que o imenso aporte de capital fictício – sem bases em lastro produtivo (hoje existente) – seja resolvido;
- Criando a “oportunidade” para que o processo de acumulação de capital possa ser, dessa forma, reiniciado “do nada”.
Assim, a inevitável escalada de aumento da agressividade imperialista, para tentar salvar seu moribundo sistema, levou os EUA (através do anteparo da OTAN) a impor a guerra entre Ucrânia e Rússia:
- Pressionando, cada vez mais, para que se torne um conflito de grandes proporções;
- Inclusive sob a ameaça do uso de armas nucleares.
Isso nos leva a compreender que a luta da Rússia não se restringe ao seu espectro territorial, econômico e político e faz parte de um grande jogo e rearranjo geopolítico arquitetado pelo império estadunidense – acuado.
A guerra em curso significa, antes de tudo, uma guerra entre EUA e Rússia – imperialismo ocidental x Oriente e demais regiões com nações não subservientes a vigente ordenação política e econômica do planeta:
- Uma guerra que não finaliza com a derrota da Ucrânia;
- E que precisa ser travada pelo fim da dominação dos EUA no cenário geopolítico mundial e em prol da destruição do mundo unipolar, que sucedeu ao colapso da antiga URSS.
Nesse contexto, o conflito militar com a Ucrânia pode ser considerado um evento de imenso significado histórico, posto que pode marcar uma ruptura com o passado e representar o início de uma nova realidade geopolítica – para a qual a Rússia “precisa” vencer os EUA.
Sendo assim, podemos dizer que nesse momento, a Rússia “representa” todos os demais países que sofrem com as vorazes investidas imperialistas praticadas pelos EUA:
- Portanto, os objetivos estratégicos da Rússia não se circunscrevem apenas à derrota da Ucrânia, ainda mais agora que o império está mais agressivo do que nunca;
- E a Rússia precisa conseguir fazer com que todos compreendam isso, apesar de todo o jogo de manipulação de informação praticado pela mídia ocidental – a serviço do imperialismo.
Os EUA estão intensificando sua política estatal de terror, que foi inaugurada com a queda das torres gêmeas, foi para a guerra aberta e em larga escala – e segue aumentando a pressão contra tudo e todos, terceirizando as guerras e patrocinando a construção de laboratórios biológicos, mundo afora, seguindo o modelo que estamos vendo agora em curso na Ucrânia:
- Apelando para a geração de uma grande demanda por armas;
- E o crescimento da sua última esperança de pujança – a indústria militar.
Com a descoberta do desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia, fica evidente que além da política de terceirização das guerras, o imperialismo está investindo fortemente no financiamento de programas de armas biológicas em diversos países, onde o papel da inteligência define e arquiteta estratégias para que os EUA possam também matar e causar destruição em qualquer lugar do mundo, sem dar um único tiro.
A Rússia “não esperava”(?), mas descobriu na sua campanha militar na Ucrânia – um novo tipo de arma produzida por laboratórios biológicos e bacteriológicos financiados e supervisionados pelos Estados Unidos da América, nos quais:
- Aves migratórias são capturadas, digitalizadas e providas de uma cápsula de germes e monitoradas por chips, para depois serem liberadas e se juntarem às demais aves migratórias nos países onde é pretendido promover danos;
- Ao mesmo tempo em que investem na destruição de seus “inimigos”, financiando nos laboratórios, comprovadamente instalados em 36 países, patógenos de infecções muito perigosas e com potencial de danos físicos e econômicos altamente significativos.
Essas aves são conhecidas por fazer caminhos específicos para o continente africano e sudeste da Ásia, e também voos que partem do Canadá para a América Latina – na primavera e no outono:
- Durante seu longo voo, seu movimento é o tempo todo monitorado por meio de satélites, e sua localização exata é determinada (quando quiserem);
- O pássaro é morto no momento que desejarem e as doenças se espalham, sem nenhum custo militar, econômico e político.
Esse ato imoral e desumano, que é relacionado como crime pelo direito internacional e considerado como arma de destruição em massa:
- Nos leva inevitavelmente a pensar na possibilidade de que todos os vírus que infectaram os humanos neste século, especialmente os últimos, como o Ebola, o antraz, a gripe suína e a aviária, e, recentemente a Covid-19 e a varíola do macaco, possam ter surgidos em laboratórios financiados e geridos pelos EUA (ver aqui);
- E foi exatamente isso que levou a China a fazer um pedido urgente para realizar uma investigação internacional sobre a origem do coronavírus.
Enfim, um Império está em vertiginosa situação de derrocada, mas ainda detém um enorme poder econômico e militar, e não iria se “deixar cair”:
- Sem tentar alguma alternativa de manter o seu poder e a sua hegemonia;
- Mesmo que seja de forma tão desesperada e sem garantias de sucesso, como numa guerra nas condições vigentes – com o histórico, a tradição e o poderio bélico da Rússia.
Dessa forma, canalizando armas para um regime repressivo e corrupto, cujo sistema militar está nitidamente sedimentado por uma matriz ideológica nazista, como a Ucrânia:
- Os EUA e seus aliados (OTAN) forçaram a criação do conflito com a Ucrânia como uma oportunidade para tentar aniquilar, econômica e politicamente, a Rússia;
- E, também, como forma de afirmar seu poder frente a qualquer desafio à ordem ocidental;
- Numa evidente tentativa de se impor também frente à China e aos demais países que ousam desafiar o Consenso de Washington e a política de aplicação do ultraliberalismo (ver também aqui, aqui e aqui) – criando um clima de desestabilização e isolamento nas economias que afrontam os seus interesses e o sistema econômico mundial, até então dominado pelo ocidente.
Não resta à Rússia outra escolha senão agir no sentido de impedir a contínua e ilimitada expansão do imperialismo ocidental (ver aqui e aqui) e confrontar o (“ainda”) amplo, quase irrestrito, curso de dominação dos EUA sobre os destinos políticos e econômicos globais.
A presente ordem unipolar já não é mais viável para o resto da humanidade e o modo de produção capitalista não é capaz de viabilizar a paz, muito pelo contrário:
- Sempre recorre e depende de guerras em busca de mais recursos, mercados;
- E subjugação de pessoas e povos.
Apenas sob a bandeira da paz a humanidade conseguirá alcançar a plena emancipação do processo de exploração que ocorre tanto entre indivíduos, como entre sociedades:
- E a luta anti-imperialista necessariamente precisa acontecer atrelada ao processo de superação do modo de produção capitalista – com a sua configuração econômica baseada na ideologia liberal;
- Configuração na qual, nações como Rússia, China e outras, que se recusam aceitar exercer um papel subordinado no cenário geopolítico, podem contribuir para acelerar o movimento de mudança em busca de uma alternativa (multipolar) mais equilibrada para o mundo.
Resta saber se essa nova realidade (a ser confirmada) será capaz de emergir acompanhada de uma perspectiva de desenvolvimento econômico, humano e social, modulado num ambiente de relações amistosas e orientadas para a colaboração mútua entre as nações, com segurança e paz para os indivíduos e os povos!