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Conflito Rússia x Ucrânia (OTAN): uma janela de oportunidade para a criação de um mundo multipolar?

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Desde 2008, mais e mais contradições acumulam-se no sistema do capitalismo mundial e o nível de parasitismo especulativo na economia imperialista chegou a um ponto insuportável – e sem retorno:

Diante desse cenário, no qual o modelo econômico de expansão “infinita” faliu, o império necessita/deseja (desesperadamente) suscitar uma situação que forneça uma nova “perspectiva de crescimento”:

A paz não dá aos capitalistas o insaciável lucro que sempre desejam:

  • E uma guerra sempre pode gerar as perspectivas para que o imenso aporte de capital fictício – sem bases em lastro produtivo (hoje existente) – seja resolvido;
  • Criando a “oportunidade” para que o processo de acumulação de capital possa ser, dessa forma, reiniciado “do nada”.

Assim, a inevitável escalada de aumento da agressividade imperialista, para tentar salvar seu moribundo sistema, levou os EUA (através do anteparo da OTAN) a impor a guerra entre Ucrânia e Rússia:

  • Pressionando, cada vez mais, para que se torne um conflito de grandes proporções;
  • Inclusive sob a ameaça do uso de armas nucleares.

Isso nos leva a compreender que a luta da Rússia não se restringe ao seu espectro territorial, econômico e político e faz parte de um grande jogo e rearranjo geopolítico arquitetado pelo império estadunidense – acuado.

A guerra em curso significa, antes de tudo, uma guerra entre EUA e Rússia – imperialismo ocidental x Oriente e demais regiões com nações não subservientes a vigente ordenação política e econômica do planeta:  

  • Uma guerra que não finaliza com a derrota da Ucrânia;
  • E que precisa ser travada pelo fim da dominação dos EUA no cenário geopolítico mundial e em prol da destruição do mundo unipolar, que sucedeu ao colapso da antiga URSS.

Nesse contexto, o conflito militar com a Ucrânia pode ser considerado um evento de imenso significado histórico, posto que pode marcar uma ruptura com o passado e representar o início de uma nova realidade geopolítica – para a qual a Rússia “precisa” vencer os EUA.

Sendo assim, podemos dizer que nesse momento, a Rússia “representa” todos os demais países que sofrem com as vorazes investidas imperialistas praticadas pelos EUA:

  • Portanto, os objetivos estratégicos da Rússia não se circunscrevem apenas à derrota da Ucrânia, ainda mais agora que o império está mais agressivo do que nunca;
  • E a Rússia precisa conseguir fazer com que todos compreendam isso, apesar de todo o jogo de manipulação de informação praticado pela mídia ocidental – a serviço do imperialismo.

Os EUA estão intensificando sua política estatal de terror, que foi inaugurada com a queda das torres gêmeas, foi para a guerra aberta e em larga escala – e segue aumentando a pressão contra tudo e todos, terceirizando as guerras e patrocinando a construção de laboratórios biológicos, mundo afora, seguindo o modelo que estamos vendo agora em curso na Ucrânia:

  • Apelando para a geração de uma grande demanda por armas;
  • E o crescimento da sua última esperança de pujança – a indústria militar.

Com a descoberta do desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia, fica evidente que além da política de terceirização das guerras, o imperialismo está investindo fortemente no financiamento de programas de armas biológicas em diversos países, onde o papel da inteligência define e arquiteta estratégias para que os EUA possam também matar e causar destruição em qualquer lugar do mundo, sem dar um único tiro.

A Rússia “não esperava”(?), mas descobriu na sua campanha militar na Ucrânia – um novo tipo de arma produzida por laboratórios biológicos e bacteriológicos financiados e supervisionados pelos Estados Unidos da América, nos quais:

  • Aves migratórias são capturadas, digitalizadas e providas de uma cápsula de germes e monitoradas por chips, para depois serem liberadas e se juntarem às demais aves migratórias nos países onde é pretendido promover danos;
  • Ao mesmo tempo em que investem na destruição de seus “inimigos”, financiando nos laboratórios, comprovadamente instalados em 36 países, patógenos de infecções muito perigosas e com potencial de danos físicos e econômicos altamente significativos.

Essas aves são conhecidas por fazer caminhos específicos para o continente africano e sudeste da Ásia, e também voos que partem do Canadá para a América Latina – na primavera e no outono:

  • Durante seu longo voo, seu movimento é o tempo todo monitorado por meio de satélites, e sua localização exata é determinada (quando quiserem);
  • O pássaro é morto no momento que desejarem e as doenças se espalham, sem nenhum custo militar, econômico e político.

Esse ato imoral e desumano, que é relacionado como crime pelo direito internacional e considerado como arma de destruição em massa:

Enfim, um Império está em vertiginosa situação de derrocada, mas ainda detém um enorme poder econômico e militar, e não iria se “deixar cair”:

  • Sem tentar alguma alternativa de manter o seu poder e a sua hegemonia;
  • Mesmo que seja de forma tão desesperada e sem garantias de sucesso, como numa guerra nas condições vigentes – com o histórico, a tradição e o poderio bélico da Rússia.

Dessa forma, canalizando armas para um regime repressivo e corrupto, cujo sistema militar está nitidamente sedimentado por uma matriz ideológica nazista, como a Ucrânia:

Não resta à Rússia outra escolha senão agir no sentido de impedir a contínua e ilimitada expansão do imperialismo ocidental (ver aqui e aqui) e confrontar o (“ainda”) amplo, quase irrestrito, curso de dominação dos EUA sobre os destinos políticos e econômicos globais.

A presente ordem unipolar já não é mais viável para o resto da humanidade e o modo de produção capitalista não é capaz de viabilizar a paz, muito pelo contrário:

  • Sempre recorre e depende de guerras em busca de mais recursos, mercados;
  • E subjugação de pessoas e povos.

Apenas sob a bandeira da paz a humanidade conseguirá alcançar a plena emancipação do processo de exploração que ocorre tanto entre indivíduos, como entre sociedades:

  • E a luta anti-imperialista necessariamente precisa acontecer atrelada ao processo de superação do modo de produção capitalista – com a sua configuração econômica baseada na ideologia liberal;
  • Configuração na qual, nações como Rússia, China e outras, que se recusam aceitar exercer um papel subordinado no cenário geopolítico, podem contribuir para acelerar o movimento de mudança em busca de uma alternativa (multipolar) mais equilibrada para o mundo.

Resta saber se essa nova realidade (a ser confirmada) será capaz de emergir acompanhada de uma perspectiva de desenvolvimento econômico, humano e social, modulado num ambiente de relações amistosas e orientadas para a colaboração mútua entre as nações, com segurança e paz para os indivíduos e os povos! 

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