A consciência histórica é um privilegiado caminho que pode nos conduzir a diferentes perspectivas para compreender e explicar a realidade.
Aprender com as experiências passadas é condição fundamental para a existência da humanidade:
- Interfere, decisivamente, na capacidade de compreensão do nosso entorno;
- Aumentando a nossa habilidade de realizar julgamentos e possibilidades de escolhas mais assertivas.
Nesse sentido, podemos dizer que negar a oportunidade de acesso a processos que promovam a construção do pensamento crítico, significa “roubar possibilidades de futuros” para as próximas gerações.
As novas gerações precisam ser capazes de pensar os problemas sociais e entender como é possível superá-los, sendo o aporte do pensamento crítico um componente fundamental para a promoção de um contexto de formação de cidadania mais resistente às manipulações e ao controle:
- No entanto, aqueles que se valem da desinformação e do medo como forma de governar e agem cooptados, chantageados ou por comissão, a serviço do imperialismo, em contraposição às reais necessidades do povo brasileiro – abominam o conhecimento reflexivo;
- Fazem de tudo para suprimir qualquer possibilidade de formação do pensamento crítico no seio da sociedade;
- E não medem esforços para conturbar o processo de construção da consciência histórica.
Dessa forma, estabelecendo um ambiente social marcado pela tentativa de omitir informações, promover distorções e propagar manipulações de informações, dados e fatos (ver também aqui, aqui e aqui):
- Almejam “jogar no colo dos indivíduos” as responsabilidades que deveriam ser do Estado;
- Simplesmente para (mais facilmente) assaltar os cofres públicos e o patrimônio financeiro, natural e estatal do nosso país (ver também aqui, aqui e aqui).
Ademais, além do extensivo uso (massivo e massificador) que sempre fizeram (e fazem) do pensamento superficial e acrítico, impulsionados por uma mídia que age a serviço de interesses contrários à soberania nacional e ao desenvolvimento econômico, humano e social do povo brasileiro:
- Recentemente tentaram promover o movimento “escola sem partido” (ver aqui, aqui, aqui, aqui e aqui);
- Cujo objetivo é excluir conteúdos e acontecimentos da nossa história;
- E eliminar as reflexões históricas, filosóficas e sociológicas dos currículos escolares e do ambiente das salas de aula, em busca de aprofundar (ainda mais) o processo de alienação intelectual e cultural da nossa população.
No contexto desse embate político, orientado para forjar, no imaginário das pessoas, todos os aparatos ideológicos atrelados a uma perspectiva egocêntrica de sociedade – alicerçada na falácia do pensamento neoliberal:
- A realidade nos mostrou que não eram as escolas, mas sim os quartéis, que tinham partido;
- Um partido completamente subserviente ao imperialismo, antipatriótico e nada alinhado com os verdadeiros e soberanos interesses nacionais (ver também aqui e aqui);
- Contra o qual, as lideranças realmente comprometidas com o bem-estar coletivo e com o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e com soberania para decidir sobre o próprio destino, necessitam fortalecer os processos de luta.
Isso passa pelo necessário reconhecimento da condição de classes e a inevitável luta de classes, sob a qual, os governos com pretensões soberanistas e comprometidos com o desenvolvimento nacional independente e com as causas trabalhistas, não podem abdicar do trabalho educativo e de formação política:
- E precisam eleger como um dos seus focos principais, a tarefa de promover a organização dos movimentos sociais e a luta pela base, com incisiva atuação nos locais de convivência, trabalho e moradia (ver aqui);
- Incorporando, não apenas nos discursos, mas, principalmente, resgatando nas práticas – a busca pela formação da consciência crítica e a luta contra o desmonte do Estado brasileiro.
Não há um partido com maior capacidade de realizar essa tarefa que o Partido dos Trabalhadores, mas é preciso ainda muito mais empenho para levar isso tudo à risca!
Estamos enfrentando a mais agressiva ofensiva do capital contra os povos, as nações e os trabalhadores, destacadamente na periferia do sistema da economia mundial:
- E já passou da hora do PT, sob a batuta de Lula, “chutar o pau da barraca”;
- E encontrar formas de se libertar dessa tal política de conciliação, que pode ajudar a promover avanços, mas que facilmente são eliminados/destruídos após esses breves períodos nos quais se estabelece a conciliação (ver também aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Precisamos ir muito além das três refeições diárias, que o Lula assertivamente defende, e estabelecer uma hierarquia dos inimigos e adversários do Brasil:
- Rompendo de imediato com qualquer possibilidade de vínculo com os representantes do capital improdutivo (do rentismo) – e essa malfadada entidade denominada mercado;
- E dar ao povo um motivo real de esperança e de luta por um futuro pujante, compatível com a grandeza do Brasil;
- Realizando a necessária volta às reais origens, no trabalhismo.
Abandonar o teto de gastos/arcabouço fiscal e criar um imenso programa de geração de empregos implementados sob as diretrizes de um Estado Forte não será algo tão difícil em tempos de terra arrasada (ver aqui):
- As sementes das políticas de inclusão social e de distribuição de renda, que foram as marcas principais dos seus governos anteriores, germinarão com força ainda muito maior;
- Mas não se pode parar por aí!
Apenas para início de conversa, é preciso, entre outras coisas, promover o (na minha opinião) mais simbólico ato de governo – a retirada da Petrobrás da bolsa de valores de Nova York, suspendendo essa vergonhosa submissão da nossa maior e mais importante empresa à ordem jurídica estadunidense:
- As privatizações e as denominadas reformas trabalhista e da previdência precisam ser canceladas;
- A dívida pública imediatamente suspensa e devidamente auditada (ver aqui e aqui), as grandes fortunas sobretaxadas, os procedimentos para a regulação da mídia tomados (ver também aqui);
- E um projeto de desenvolvimento econômico, soberano popular, voltado para a integração nacional, orientado pela perspectiva de um equilíbrio geopolítico entre as nações e parcerias subcontinentais, têm que ser amplamente discutido com os mais diversos setores de representação social.
A questão da democratização do acesso à água e o acesso às terras no campo (diretamente relacionados ao problema da segurança alimentar da nossa população), devem ser tomados como prioridade – e o acesso à saúde, à educação e à moradia tem que ser assumido (verdadeiramente) como obrigação inalienável do Estado.
Em suma, falando especificamente em relação a Lula, que ele seja capaz de perceber que está vivenciando um momento na sua vida em que nada mais tem a perder, a não ser a oportunidade de dar uma pernada no imperialismo e colocar o Brasil num caminho seguro em direção a soberania e a libertação do nosso povo das cruéis e vorazes garras do capital transnacional, portanto: que assim o faça!
Fazer um governo sensível às questões sociais é extremamente importante, mas não é suficiente: a história assim nos ensinou (ver, aqui, aqui e aqui).
Lições foram aprendidas, e esta oportunidade de ampliação de importantes conquistas, e, principalmente, de recondução histórica de direcionamentos tomados em seus governos anteriores, em busca da construção de um Estado Nacional do qual possamos nos orgulhar e pelo qual todos devemos lutar, não pode ser perdida!