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O complô dos rentistas contra a economia brasileira*

Livro mostra como a gestão da dívida pública vem sendo feita em benefício dos rentistas, elevando a desigualdade. Por Marcos de Oliveira .

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Livro O Complô (divulgação)

O deputado federal constituinte Hermes Zaneti lançou na quinta-feira (7) a edição ampliada e atualizada do livro O Complô – Como o sistema financeiro e seus agentes políticos sequestraram a economia brasileira. No mesmo dia, o premiado documentário de curta-metragem homônimo, dirigido pelo cineasta Luiz Alberto Cassol e lançado em 2023, chegou ao YouTube. A questão do rentismo continua tão atual quanto quando o livro foi lançado, em 2017. Nesta quarta-feira, vimos novo aumento injustificado da já elevada taxa de juros Selic (juros reais de 8,08% ao ano, terceira maior taxa do planeta).

A nova versão do livro traz uma criteriosa pesquisa feita pelo jornalista Carlos Alves Müller, que fornece aos leitores referências de autores renomados, brasileiros e estrangeiros, “que apoiam a tese de que a dívida pública brasileira tem sido gerida de uma forma que beneficia escandalosamente o Sistema Financeiro e os rentistas, em geral, em detrimento dos mais genuínos interesses nacionais”. Segundo destaca Müller, Zaneti denuncia que esse sequestro, vigente até hoje, foi articulado durante a elaboração da Constituição Federal de 1988.

A segunda edição do livro O Complô tem prefácio de Ladislau Dowbor, economista e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Ele assinala que a “explosão da desigualdade no mundo, inclusive no Brasil, está diretamente ligada a esta subordinação do capitalismo produtivo ao capitalismo rentista.”

Dowbor faz uma detalhada análise sobre os impactos do rentismo no desenvolvimento do Brasil. “Numa economia estagnada, transferir mais recursos públicos para grupos financeiros que reaplicam para obter mais juros, em vez de financiar infraestruturas, por exemplo, o que dinamizaria a economia, constitui uma apropriação indébita de recursos públicos”, diz. O prefácio da 1ª edição foi escrito pelo economista e professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Dercio Garcia Munhoz.

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