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Frente a Escalada de Conflitos por Todo o Planeta: Não Esquecer a Escalada da Política Neoliberal no Brasil

Por Ricardo Guerra

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A conjuntura política e econômica brasileira reflete a constante crise estrutural do capitalismo global, na qual, os países capitalistas centrais, diante das dificuldades crescentes para estabelecer e manter lucros a partir da produção, “impuseram” aos países da periferia do sistema – a cartilha neoliberal:

  • Ofensiva imperialista utilizada para destruir as nossas forças produtivas;
  • Surrupiar o nosso patrimônio natural, público, estatal e financeiro;
  • E aprofundar a exploração da nossa força de trabalho.

A cartilha neoliberal estabelece a ruptura entre o Estado, enquanto provedor de bem-estar social, e os cidadãos, impulsionando políticas repressivas e da mais completa submissão ao imperialismo, sob as quais, em busca por irreais e inalcançáveis taxas de lucros a terríveis custos ambientais e sociais, se promove uma, cada vez maior e imoral, concentração de renda – e a mais absurda e vergonhosa desigualdade social.

O nosso  desafio é justamente diagnosticar de forma objetiva essa conjuntura, identificar quem e o que a sustenta: o criminoso sistema da dívida pública – e, principalmente, pensar em como atuar para o seu enfrentamento.

O sistema da dívida pública (ler aqui e aqui para entender seu funcionamento) é um ardiloso mecanismo criado pelo imperialismo para subtrair o patrimônio público, financeiro e estatal dos países da periferia do sistema capitalista, em desenvolvimento, forçando a redução dos gastos do Estado em serviços essenciais como saúde, educação e infraestrutura:

  • Pressionando, dentre outras coisas,  a precarização dos empregos, a exploração dos trabalhadores e a venda de nossas empresas estratégicas;
  • Sufocando nossas economias e comprometendo a soberania nacional – nos mantendo em condição dependente de desenvolvimento, como meros fornecedores de matérias primas para os países (desenvolvidos) no centro do sistema, sem ser mobilizada nenhuma tropa ou dado um tiro sequer;
  • Apenas com os nossos poderes constituídos “invadidos”, ocupados por entreguistas que sacrificam o futuro do Povo Brasileiro, a troco de gorjetas oferecidas pelos verdugos imperialistas – uma invasão silenciosa, com apoio interno de quintas e sextas-colunas na política, na justiça, na comunicação e na própria defesa nacional.

O momento exige clareza política e o estabelecimento de ações concretas para a mobilização das forças verdadeiramente nacionalistas contra os agentes que representam os interesses imperialistas – e precisam ser enraizadas nas massas.

O futuro do Brasil depende da nossa capacidade de superar os entraves ao pleno desenvolvimento e a construção de uma alternativa verdadeiramente popular e soberana, no sentido de conciliar os interesses da Classe Trabalhadora com a construção de um Estado Forte e Nacionalista.

Para isso, a perspectiva anti-imperialista precisa voltar a ser o pilar principal para o fortalecimento da economia nacional.

Portanto, para combater a agenda neoliberal, promover a redução da dependência em relação aos países desenvolvidos e a proteção dos interesses brasileiros no cenário internacional, é necessário estabelecer um programa político que organize a luta contra o imperialismo:

  • Sendo imprescindível impulsionar a soberania popular, para que possamos exigir que os custos da crise do sistema capitalista sejam arcados pelos próprios capitalistas;
  • E não pelos trabalhadores.

As nossas bandeiras de luta mais urgentes passam pelo fim das privatizações, pela auditoria da dívida pública e pela estatização de setores estratégicos, mas:

  • O combate a especulação financeira e o fortalecimento dos direitos trabalhistas e sociais devem ser as principais ações a serem imediatamente implementadas para enfrentar as desigualdades estruturais, promover o desenvolvimento e recuperar a soberania nacional;
  • A começar pelo aumento do salário mínimo, a ampliação dos investimentos em saúde e educação, a taxação de grandes fortunas e a reforma agrária.

A organização popular exerce papel central nesse processo e o fortalecimento dos Conselhos populares, as eleições diretas para posições estratégicas e a revogação de concessões privatizadas na comunicação, são medidas que certamente podem ajudar a empoderar as bases e romper com o controle dos grandes capitalistas sobre o Estado.

A falência do modelo imposto pelo ocidente prenuncia uma guerra sem precedentes e a escalada da implementação das políticas neoliberais no nosso país e é a postura anti-imperialista que vai contribuir para o fortalecimento e a mobilização das massas em torno de um projeto de desenvolvimento da indústria nacional, benéfico para a classe trabalhadora, para o crescimento da economia e para a construção de uma identidade nacional, ou seja, a mobilização popular em torno de um Projeto de Desenvolvimento Nacional Soberano, alinhado com as nossas características geográficas e sócio-culturais – e a grandiosidade do Brasil.

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