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STF e PF Atacam Anarquia, Capitalista Institucional, Semipresidencialista

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Foto: Flicker

O Legislativo passa a ser objeto de investigação policial a partir de 2025, novidade política do ano novo.

A direita e ultradireita, que sequestraram o presidencialismo constitucional para exercitar o semipresidencialismo inconstitucional, transformaram-se em delinquentes explícitos no tratamento do dinheiro público.

Para tanto, inventaram as emendas parlamentares, conferindo-lhes autonomia falsa, para impô-las ao Executivo, único constitucionalmente, autorizado para executá-las em forma de políticas públicas.

Pura usurpação de poder.

A Constituição de 1988 não transfere esse poder ao Legislativo, cuja função constitucional é apenas votar leis propostas pelos representantes da população que lhes outorga essa providência de forma indireta.

O Congresso semipresidencialista é uma ditadura inconstitucional, que tenta resistir ao Supremo Tribunal Federal, agora reagente aos falsos líderes parlamentares, fora da lei.

Para quem não obedece ou rompe com a lei, a exemplo do legislativo tupiniquim, a saída é a polícia federal, como acontece com qualquer um que pratica irregularidades.

O Legislativo brasileiro virou caso de polícia ao abandonar a política.

O ministro Flávio Dino, do STF, dá uma de delegado: manda a polícia atrás dos meliantes.

Estes, em 2024, desviaram a função do Executivo, para irem diretamente ao assunto que lhes interessa: direcionar suas emendas para suas bases eleitorais.

Inversão completa da governabilidade republicana.

DEVASTAÇÃO ELEITORAL À VISTA

É de se esperar, ao longo do ano, o resultado dessas investigações, cujas consequências eleitorais se farão sentir como bombas políticas no ambiente parlamentar, produzindo intenso barulho.

Estarão sujeitos aos rigores da lei os que serão pegos com a mão na massa.

Os fora da lei estarão sujeitos não apenas às investigações em processos intermitentes como igualmente sofrerão os desgastes políticos que deverão destruir reputações.

Quem pensa que é forte, depois das batidas policiais, tende a se enfraquecer.

A moral cai lá embaixo e a população entende que o rei está nu.

O semipresidencialismo de araque, que teve, em 2024, como representante máximo falsos líderes, como o deputado Arthur Lira(PP-AL), está diante do perigo da desmoralização completa, depois da decisão do ministro Dino de suspender os pagamentos das emendas parlamentares suspeitas de fraudes.

O próprio comportamento dos parlamentares de recuarem nos seus propósitos de reagirem mediante apresentação de emenda constitucional, com o objetivo de enfraquecer a autoridade do STF, proibindo-os de praticar erros gritantes e, consequentemente, puni-los, denunciou suas ações nefastas.

Acovardaram-se, como mostrou reação condicionada de culpa de Lira pelo medo intrínseco que toma conta dos foras da lei pegos em flagrante delito.

Os semipresidencialistas de ocasião se mostraram estar em total desconformidade com a legislação e, por isso mesmo, passíveis de punições legais, diante da reação do STF de suspender as emendas parlamentares sem identificações necessárias para efeito de moralidade pública.

O Congresso, sob reinado semipresidencialista, virou imoralidade pública.

GOLPE POLÍTICO PARLAMENTAR

O comportamento dos parlamentares de direita e ultradireita, relativamente, às emendas, objetivando barrar governabilidade lulista desenvolvimentista, não passa de golpe político contra as instituições, semelhante ao praticado pelos golpistas bolsonaristas, fascistas, que, em dezembro de 2022, tentaram derrubar e matar Lula, conforme concluíram investigações da polícia federal.

Congresso golpista!

A desarticulação política produzida pelo semipresidencialismo, por sua vez, guardou relação com a anarquia econômica e financeira produzida pela ação combinada do Banco Central e do mercado financeiro especulativo para sustentar, por meio da taxa de juros extorsiva, o rentismo enlouquecido.

Lira acertou com o mercado e cobrou como pedágio a liberação das emendas parlamentares.

Puro jogo criminoso de conveniências.

O legislativo se transformou em peça espúria apartada da realidade econômica objetiva dos fatores produtivos, distante dos agentes reais, trabalhadores e empresários, criando mundo econômico abstrato, tudo com a ajuda do semipresidencialismo inconstitucional.

Somente dessa forma tornou-se possível levar adiante o projeto neoliberal expresso na proposta dos golpistas de 2016, “Ponte para o futuro”, que encontrou em Michel Temer o jurista golpista comandante da governabilidade anárquica, para sustentar a reprodução da lucratividade na financeirização econômica do rentismo.

A direita e ultradireita embarcaram na anarquia ao garantirem para si as emendas parlamentares ilegais, sem compromisso com a comprovação de sua legitimidade, na base da ordem inconstitucional de imperar o mundo sem lei, nem documento.

Agora, com a polícia no encalço dos que agiram ao largo da lei, autorizada pelo ministro Dino, 2025 começa com fato político absolutamente novo, estrondoso, cujo desfecho, em véspera de ano eleitoral, é pura incógnita.

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