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Trump e Globo, Tudo a Ver No Novo Cenário Imperialista

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Foto EBC

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Mas, o jornal O Globo mistura as duas coisas, relativamente, ao marco civil da internet em seu artigo 19.

Este visa garantir liberdade de opinião contra os incomodados pela crítica.

Salvo abusos que devem ser punidos pela justiça, a crítica representa direito social contra agressões dos fortes contra os fracos.

A Globo é fortíssima, sendo o que é, representante do capital e dos interesses do ponto de vista ideológico do império.

Por isso, julga-se no direito de fazer valer sua posição de classe dominante como se tal direito fosse natural.

Na verdade, do ponto de vista dialético, vista a realidade como confronto de opiniões contraditórias no cenário da luta de classes, esse direito “natural” é apenas parcial, histórico e social, passível de mudanças, conforme desenvolvimento da sociedade em seu constante movimento de transformação.

Quem determina o certo ou errado é a correlação de forças sociais.

Ou seja, a determinação última é política, pois, afinal, o homem(e a mulher) são seres políticos, dotados da capacidade e independência crítica, desenvolvida pela liberdade.

A Globo é contra a liberdade quando é criticada.

SINTONIA COM O IMPÉRIO AUTORITÁRIO

A posição da Globo de antagonizar-se ao artigo 19 é uma antecipação dela rumo a um ajustamento dos interesses de Donald Trump, também, adepto do autoritarismo, contrário à crítica.

O futuro presidente dos Estados Unidos, na véspera da posse, no próximo dia 20, adianta-se em pretender conferir às plataformas digitais alinhadas ao seu posicionamento fascista o poder de desconhecer o direito de crítica do outro.

O fundamental para Trump(e parecer ser, também, para a Globo) é garantir o direito da força e não a força do direito.

Não à toa, a Globo sempre esteve ao lado dos golpes de estado, desde que foi criada para defender o regime militar, em 1964, alinhada aos financiadores do golpe, os americanos.

Criticar esse direito parcial imperialista, que o ditador pretende exercer sem limites, não pode, assim como a Globo, do mesmo modo, considera não passível de crítica a sua narrativa em defesa da limitação da crítica alheia às suas posições alinhadas às do império do qual é porta-voz.

Trump, antes de tomar posse, adianta suas posições autoritárias intrínsecas à forma de agir imperialista como se o mundo fosse propriedade americana.

Não há, para ele, direito e autodeterminação dos povos, nem instituições multilaterais capazes de delimitar direitos de modo a viabilizar convivências pacíficas, para estabelecer a paz.

Trump e o império, do qual é representante (i)legítimo, negam a máxima cristã, segundo a qual não se deve fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que fizessem a nós mesmos.

Com ele, vale o unilateralismo do interesse do império.

Impera-se, com o novo chefão imperialista, a lei do mais forte.

Manda quem tem moeda hegemônica e as armas de destruição em massa.

Considera correto violar direito alheio e invadir territórios vizinhos e distantes, ao sabor do interesse norte-americano.

Os críticos da anti-crítica e os defensores da soberania social, conforme as regras dadas pela justiça na defesa da autodeterminação dos povos, deixam de valer no fascismo trumpista e seus discípulos, como os bolsonaristas.

Semelhante comportamento é assumido pelo Globo em propor cerceamento da liberdade de crítica estabelecida pelo marco regulatório da internet em seu artigo 19, considerado pelo pensamento autoritário globista um estorvo.

Na verdade, essa posição da Globo representa uma opinião inconfessável de que é incompatível com a democracia que nas redes sociais é exercida amplamente mediante exercício da liberdade.

O império e os seus porta-vozes são adeptos da lei do silêncio.

Trump e Globo, tudo a ver.

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