Embora a Lava Jato tenha sido apresentada como uma operação de combate à corrupção, suas ações, alinhadas com as suas reais intenções, tiveram consequências profundas para a economia brasileira, revelando a parcialidade da operação e sua instrumentalização para servir a interesses geopolíticos contrários aos do Brasil.
A Operação, iniciada em 2014, teve um impacto seletivo e significativo na Petrobras e em outros pilares da economia nacional e suas ações, inicialmente justificadas por alguns mais crédulos (ou ingênuos) analistas políticos e geopolíticos, como orientadas para combater a corrupção, demonstraram na verdade:
- Interesses ocultos e prevaricação do juiz e dos procuradores ligados ao caso (ver aqui , aqui e aqui) e serviu, em grande parte, a uma estratégia geopolítica dos Estados Unidos em detrimento do Brasil;
- Causando um grande prejuízo ao nosso pleno desenvolvimento, facilitando a entrada de empresas estrangeiras em setores estratégicos, como petróleo, gás e construção civil – enfraquecendo o papel do país como potência emergente e destruindo boa parte da economia nacional.
Para se ter uma ideia dos absurdos desse escabroso crime de lesa-pátria, investigações revelaram que a Lava Jato cooperou com autoridades estadunidenses por fora dos canais oficiais, compartilhando provas e informações sem a devida autorização do Ministério da Justiça brasileiro.
Essa colaboração resultou em multas substanciais impostas à Petrobras nos EUA, com a empresa sendo multada em aproximadamente US$3 bilhões:
- Desses valores, apenas 80% dos valores de uma das multas (cerca de US$682 milhões) retornou ao Brasil;
- Enquanto o restante beneficiou diretamente o Tesouro e instituições estadunidenses, demonstrando uma relação desequilibrada entre as jurisdições.
Mas não para por aí, além da Petrobras, que viu seus investimentos em exploração e produção despencarem de US$ 48,1 bilhões em 2015 para US$ 15,8 bilhões em 2016, empresas como Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS sofreram reduções drásticas em suas receitas e demissões massa, e esse desmonte empresarial afetou diretamente o mercado de trabalho brasileiro, aprofundando, ainda mais, a recessão econômica da época.
Enfim, essa página foi virada, mas desde então, o trabalho de recuperação da indústria brasileira de transformação tem sido uma tarefa árdua, e vai de demandar:
- Um longo período de tempo;
- E exigir a realização de medidas continuadas de vários governos para que a nossa indústria volte a ocupar papel de relevância na economia nacional.
A Petrobras, na condição de grande empresa estatal de energia, possui enorme potencial para impulsionar a reindustrialização do Brasil e aumentar, portanto, a participação da indústria de transformação no PIB brasileiro, com seus investimentos em Infraestrutura e Tecnologia, fortalecendo cadeias produtivas e gerando empregos com melhores níveis de remuneração.
A empresa anunciou recentemente planos para renovar sua frota com a construção de novos navios de apoio costeiro em estaleiros brasileiros, o que pode revitalizar a indústria naval e gerar empregos no setor, e propôs:
- Investimentos estratégicos a partir de um plano de negócios de aproximadamente R$650 bilhões entre 2025-2029, com investimentos significativos em exploração, produção e refino, o que pode estimular a economia e a indústria nacional;
- E, alinhada com as tendências mundiais, também pretende realizar a implementação de projetos que fomentem uma economia de baixo carbono no Brasil, quando e onde isso for possível e necessário.
Portanto, apesar dos danos causados a ela, com o passar dos anos a Petrobras tem demonstrado avanços significativos na recuperação de sua imagem e em sua estabilidade financeira, após os sérios impactos negativos oriundos da lava jato, principalmente pela implementação de medidas robustas de governança e conformidade, que, inclusive, produziram importantes registros de resultados financeiros positivos, tais como:
- Em 2024, houve um aumento de mais de 20% no lucro líquido da empresa, totalizando quase R$35 bilhões;
- E a geração de dividendos da ordem de aproximadamente R$17 bilhões, evidenciando sua retomada como uma das principais empresas de energia do mundo.
Os investimentos nesse mesmo período, concentrados em exploração e produção, somaram aproximadamente R$25 bilhões (em valores atuais), representando um aumento de 31% em relação ao ano anterior de 2023, e, no setor de fertilizantes, a Petrobras destinou R$ 870 milhões para retomar as operações de sua planta de Araucária, no Paraná, demonstrando o compromisso com a reindustrialização do país.
Além disso, a Petrobras fortaleceu sua governança corporativa, celebrando em 2024 uma década da Diretoria de Governança e Conformidade, destacadamente com avanços na criação de uma ferramenta de IA inédita, para identificar patrimônio de devedores e apoiar investigações de enriquecimento ilícito na plataforma Lê-AI, utilizando a inteligência artificial para detectar desvios financeiros.
Dessa forma, ao direcionar investimentos para setores-chave e promover a inovação e a sustentabilidade, a Petrobras tem sido e pode ser, ainda mais, um motor fundamental para a redenção econômica e industrial do país, superando os desafios impostos por operações nefastas como foi a lava jato, e contribuindo para um futuro mais próspero e equilibrado para o Brasil.
Enfim, a reindustrialização do Brasil é uma tarefa complexa, necessária e completamente viável (ver aqui e aqui), mas requer políticas públicas eficazes e o efetivo empenho do Estado investindo em tecnologias e infraestrutura, contexto, no qual, a recuperação e participação ativa de empresas estratégicas, tais como a Petrobras, representa muito mais do que apenas resiliência, e sim o caminho para reposicionar nossa economia e impulsionar o desenvolvimento nacional.