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Há uma questão que tem merecido minha reflexão: o governo Lula não possui centralidade.

Por Luiz Moreira*

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A casa civil não tem agido estrategicamente.

Rui Costa faz ou projeta exatamente o que?

E o ministro da justiça, Lewandowski, que pensa que a pasta é secretaria judiciária, caricaturizada com interjeição “estou perplexo”, ante a determinação policial do Joaquim?

Não há nem entrega de viaturas policiais pelo MJ…

Porta-se como autoridade, mas não como gestor.

E o ministério da saúde?

Salvo iniciativas pontuais do mec (pé de meia etc.) não há política de boas notícias, via pauta de anúncio de projetos, inauguração de obras etc.

Petrobras desarticulada, aumentando preço dos combustíveis; banco central com agenda própria, subindo juros, o que repercute no crediário e no custo do cartão de crédito.

Houve a crise do pix, seguida do aumento dos juros, desvalorização do Real e a especulação que resultou no aumento dos alimentos.

Além disso, ministros sem projeção nacional e muito tímidos, incapazes de entoar uma pauta sequer.

E o Presidente medindo forças com o Ibama? Ele não manda nem no próprio governo?

Há ainda o fogo amigo… sequer o PT terá consenso para eleger seu diretório nacional e isso há 18 meses das eleições presidenciais.

Essa fragmentação pode ser expressa na crise no PSOL: tudo entre nós vira crise. Um partido com 12, 13 deputados, cuja demissão de um assessor vira pauta.

E, com o resultado das últimas eleições, Lula era pra ter promovido reforma ministerial. Nada?

E há a incapacidade do PT de governar com setores à esquerda da sociedade.

Por vezes, é mais cômodo governar com o União Brasil do que fazer acordos com Ciro…, por exemplo.

Temos tantos quadros assim? Onde estão?

Eleições no ano que vem e quais serão os candidatos do PT ou das esquerdas em SP, Minas e no Rio?

Em Minas será um passeio; em SP e RJ, idem.

Nossos candidatos se situam entre Haddad e Boulos.

Convenhamos que um cara egresso do movimento de moradia popular tem rejeição altíssima e não é viável para o executivo na terra da Faria Lima; assim como Haddad, que sequer se reelegeu prefeito…

E há a petulância nossa de cada dia, que nos habilita a julgar a todos a partir da nossa onisciência.

*Luiz Moreira
Mestre em Filosofia e Doutor em Direito pela UFMG; foi Conselheiro Nacional do Ministério Público.
Autor de “A constituição como simulacro”, editora Contracorrente.

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