O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através do Novo Caged, divulgou as estatísticas mensais do emprego formal de dezembro de 2024.
No acumulado do ano passado, o saldo foi positivo em 1.693.673 empregos, apesar de um saldo negativo de 535.547 postos de trabalho em dezembro.
Com expectativas de redução do crescimento econômico para 2025, novos questionamentos devem ser levantados para as novas oportunidades de emprego formal.
De acordo com os números divulgados para o último mês de 2024, todos grandes grupamentos de atividades “registraram saldos negativos, conforme a seguir: Serviços (-257.703 postos); Indústria Geral (-116.422 postos); Construção (-89.673 postos); agropecuária (-46.672 postos) e o Comércio (-25.084 postos)”.
Tal fato afetou o salário médio de admissão, que foi de R$ 2.162,32 para dezembro de 2024.
No Espírito Santo, o salário médio de admissão foi menor do que as respectivas médias do Sudeste e do Brasil.
A cesta básica em Vitória, por sua vez, consumiu 57,23% do salário mínimo líquido em dezembro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Conforme calculou o Dieese, “em dezembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 7.067,68 ou 5,01 vezes o mínimo de R$ 1.412,00”.
A taxa de desocupação medida pelo IBGE foi de 6,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2024.
A população ocupada média em 2024 foi recorde na série histórica, com 103,3 milhões de pessoas, e o número de empregados com carteira de trabalho chegou a 38,7 milhões de pessoas.
Ainda assim, a informalidade laboral se manteve elevada no patamar de 39%.
O rendimento real habitual foi estimado em R$ 3.225.
Segundo o IBGE, a taxa composta de subutilização laboral média para 2024 foi de 16,2%.
Um mercado de trabalho estruturalmente precário está associado a uma estrutura produtiva de baixa intensidade tecnológica, algo que está relacionado com a inserção econômica externa brasileira.
O que era uma triste característica colonial de dependência, se expandiu no tempo.
Em diversos contextos, grandes concentrações de riquezas, faltas de oportunidades e de acesso a recursos básicos por parte da maioria da população se mostraram historicamente capazes de gerar um sentimento de injustiça e revolta popular.
A escassez de empregos de qualidade e o subfinanciamento dos serviços públicos se mostraram capazes de gerar sentimentos de injustiça e desespero, levando muitos indivíduos a aderirem a discursos e propostas extremistas que prometiam soluções simplistas e rápidas para os problemas enfrentados.
Manifestações contemporâneas do fascismo têm sido observadas em vários países.
Essas manifestações têm impactos profundos na sociedade, levando a uma divisão e polarização cada vez maiores.
O aumento da intolerância, do discurso de ódio e da xenofobia são algumas das consequências diretas.
Além disso, há riscos de restrições à liberdade de expressão, limitações aos direitos civis, perseguição de minorias e aumento da corrupção.