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Análise Detalhada das Críticas de José Luis Oreiro aos Economistas Liberais Samuel Pessoa, Marcos Lisboa, Edmar Bacha e Armínio Fraga

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Original em: https://jlcoreiro.wordpress.com/2025/04/13/analise-detalhada-das-criticas-de-jose-luis-oreiro-aos-economistas-liberais-samuel-pessoa-marcos-lisboa-edmar-bacha-e-arminio-fraga/?fbclid=IwY2xjawJo-jtleHRuA2FlbQIxMQABHvE4L4-UxncwZvG08FObSCbet-PPfGLu6miES8cL9JoW98-p-cECHEIxxU-2_aem_Y2xN5Gj-9wxuW3mj1gUTEg

Autoria: IA Gemini

1. Introdução

José Luis Oreiro emerge como uma figura central no panorama da economia heterodoxa no Brasil, notavelmente por suas contribuições nos campos do novo desenvolvimentismo e da macroeconomia pós-keynesiana.1 Sua atuação como professor associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, pesquisador de nível I do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), conselheiro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (CORECON-DF), membro da Post-Keynesian Economics Society, coordenador da área de pesquisa de Macroeconomia Desenvolvimentista da European Association for Evolutionary Political Economy (EAEPE) e coordenador do Grupo de Pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento sublinha sua profunda imersão e liderança no pensamento econômico crítico.1 Sua sólida formação acadêmica e foco de pesquisa em desenvolvimento e macroeconomia o estabelecem como uma voz proeminente na análise e crítica do pensamento econômico dominante no Brasil. Suas diversas afiliações e coordenações em importantes instituições acadêmicas e de pesquisa, tanto nacionais quanto internacionais, conferem substância e autoridade às suas análises das ideias econômicas de seus pares.1

Em contraste, Samuel Pessoa, Marcos Lisboa, Edmar Bacha e Armínio Fraga representam economistas brasileiros de destaque, amplamente associados a perspectivas econômicas mais liberais ou ortodoxas.3 Suas trajetórias incluem passagens significativas por posições de influência no governo, na academia e no setor financeiro, moldando ativamente o debate e a formulação de políticas econômicas no país. Armínio Fraga, por exemplo, exerceu o cargo de presidente do Banco Central do Brasil, enquanto Marcos Lisboa atualmente preside o Insper. Edmar Bacha teve um papel crucial na concepção e implementação do Plano Real, e Samuel Pessoa desenvolve suas pesquisas no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV).3 A experiência e as posições ocupadas por esses economistas conferem peso considerável às suas ideias, tornando as críticas de Oreiro não apenas exercícios acadêmicos, mas engajamentos com concepções que possuem implicações práticas diretas para a condução da economia brasileira.

A compreensão dessas disputas intelectuais revela-se fundamental para a análise da evolução do pensamento econômico e da formulação de políticas no Brasil, especialmente diante dos desafios econômicos históricos e das metas de desenvolvimento do país. As divergências entre economistas heterodoxos e ortodoxos refletem discordâncias fundamentais sobre a natureza dos problemas econômicos brasileiros e as soluções mais adequadas para enfrentá-los. Esses debates transcendem questões técnicas, envolvendo diferentes arcabouços teóricos, pressupostos sobre o funcionamento da economia e, em última instância, visões distintas para o futuro econômico do Brasil. A análise dessas divergências é, portanto, essencial para quem busca compreender as tensões subjacentes e as perspectivas concorrentes que moldam a política econômica nacional.

O presente relatório tem como objetivo fornecer uma análise detalhada das críticas de José Luis Oreiro às ideias econômicas de Samuel Pessoa, Marcos Lisboa, Edmar Bacha e Armínio Fraga em diversos domínios econômicos, com base no material de pesquisa disponível.

2. Críticas de Oreiro a Samuel Pessoa

  • Subdesenvolvimento e Produtividade:
    Samuel Pessoa argumenta que o subdesenvolvimento do Brasil se deve à baixa produtividade do trabalhador, possivelmente relacionada à falta de habilidades cognitivas e socioemocionais.1 Em contrapartida, José Luis Oreiro, fundamentado na perspectiva estruturalista de Celso Furtado, define o subdesenvolvimento como uma estrutura produtiva híbrida, caracterizada por um setor capitalista moderno de alta produtividade coexistindo com um setor arcaico de baixa produtividade que emprega pouco ou nenhum capital por trabalhador.1 Oreiro sustenta que a baixa produtividade média do trabalhador resulta da incapacidade do setor moderno de absorver toda a força de trabalho disponível, levando a uma parcela significativa da população a ocupar empregos de baixa produtividade, configurando o que ele denomina “desemprego disfarçado”.1
    Oreiro enfatiza que a qualidade dos empregos, o baixo estoque de capital por trabalhador e a desindustrialização são os principais fatores que impulsionam a baixa produtividade, e não características inerentes ao trabalhador.1 Ele utiliza identidades contábeis para demonstrar que o produto per capita está ligado à produtividade por trabalhador e à taxa de participação, e que a produtividade por trabalhador é determinada pela produtividade do capital e pelo capital por trabalhador, ressaltando a necessidade de investimento e industrialização para elevar os níveis de produtividade.1 Ao contrastar a ênfase de Pessoa nas habilidades do trabalhador com a visão estrutural de Furtado, Oreiro sugere que Pessoa negligencia as restrições sistêmicas que impedem o crescimento da produtividade em uma economia em desenvolvimento como o Brasil. A prioridade de Oreiro na acumulação de capital e na industrialização como determinantes cruciais da produtividade reflete um princípio central da economia desenvolvimentista, contrastando com explicações que se concentram mais nas características individuais.
  • Demanda Efetiva e Preferência pela Liquidez:
    Uma controvérsia significativa surgiu a partir da crítica de Samuel Pessoa a André Lara Rezende e sua apresentação da teoria keynesiana na revista Insight Inteligência.20 José Luis Oreiro e Luiz Fernando de Paula publicaram uma análise crítica da interpretação de Pessoa sobre o princípio da demanda efetiva e a teoria da preferência pela liquidez em sua resposta, também publicada na mesma revista.20 Pessoa, posteriormente, ofereceu uma réplica às críticas de Oreiro e Paula.20
    Oreiro recomendou vídeos que explicam a teoria de juros keynesiana e a síntese neoclássica, o que implica um desacordo com a compreensão ou apresentação de Pessoa sobre esses temas.20 Essa controvérsia indica uma divergência fundamental na interpretação dos princípios macroeconômicos keynesianos centrais, evidenciando a distinção entre as compreensões heterodoxas e mais convencionais de como a economia funciona, particularmente em relação aos papéis da demanda agregada e dos fatores monetários. O engajamento em um debate público através de uma revista de economia sinaliza uma diferença significativa na compreensão teórica. A sugestão de Oreiro de materiais de aprendizado adicionais sugere que ele acredita que a interpretação de Pessoa se desvia do pensamento keynesiano estabelecido. Essa discordância é crucial, pois sustenta diferentes recomendações de políticas econômicas.
  • Novo Desenvolvimentismo:
    Samuel Pessoa expressa uma visão geralmente positiva sobre o novo desenvolvimentismo 3, mas critica a ideia de que os ganhos de produtividade resultantes da industrialização provêm unicamente de externalidades da indústria sobre o restante da economia. Em contrapartida, Oreiro argumenta que, para a indústria ser o motor do desenvolvimento, tudo o que é necessário é que ela seja o local dos retornos crescentes de escala.23 Esses retornos podem ser internos à empresa, de modo que não é imprescindível que os benefícios sociais da indústria sejam maiores que os benefícios privados. Oreiro reconhece que as externalidades são necessárias para justificar políticas de “big-push”, onde o Estado coordena investimentos na indústria para criar uma “massa crítica” de capital industrial, permitindo que a economia escape da “armadilha da pobreza”. No entanto, ele afirma que a existência de retornos crescentes de escala dentro da indústria, e sua ausência fora dela, é amplamente comprovada por evidências empíricas, citando o livro de Ros (2013).23
    Embora ambos os economistas se envolvam com o conceito de novo desenvolvimentismo, sua discordância sobre a necessidade de externalidades industriais revela diferentes perspectivas sobre os mecanismos pelos quais a industrialização promove o crescimento econômico e o papel da intervenção governamental. O ceticismo de Pessoa em relação a depender unicamente de externalidades pode refletir uma visão mais orientada para o mercado, enquanto a ênfase de Oreiro nos retornos crescentes dentro da indústria sugere uma crença mais forte no potencial inerente de geração de crescimento da manufatura, potencialmente justificando políticas industriais mais ativas.
  • Análise Macroeconômica Durante a Pandemia:
    Oreiro criticou a análise macroeconômica de Samuel Pessoa durante a pandemia de COVID-19 em relação ao equilíbrio macroeconômico e às recomendações de políticas.24 Oreiro discordou da conclusão de Pessoa de que não haveria necessidade de compensação total da perda de renda dos trabalhadores do setor não essencial. Ele argumentou que qualquer compensação entre 50% e 100% representaria um equilíbrio macroeconômico dentro do modelo simplificado proposto por Pessoa.
    Em segundo lugar, Oreiro criticou a sugestão de Pessoa de reduzir os salários dos servidores públicos para diminuir o ritmo de crescimento da dívida do governo. Oreiro apontou que, no exemplo de Pessoa, a taxa de juros seria zero, tornando o custo do crescimento da dívida também zero. Além disso, Oreiro argumentou que uma parte significativa dos servidores públicos trabalha no setor essencial (saúde, segurança, etc.), e reduzir seus salários ampliaria a contração do nível de produção da economia. Oreiro considerou que a análise de Pessoa apresentava inconsistências lógicas entre as premissas e as conclusões, especialmente em relação à necessidade de compensação parcial da renda e à proposta de redução salarial dos servidores públicos, sugerindo que a posição de Pessoa poderia ter motivações ideológicas. Oreiro desafia a coerência lógica e as potenciais consequências negativas das recomendações de política macroeconômica de Pessoa no contexto específico da pandemia, sugerindo uma divergência em como eles avaliam o papel da intervenção governamental durante crises.
  • Taxa de Desemprego de Equilíbrio:
    Pessoa sugere uma Taxa de Desemprego de Equilíbrio Não Aceleradora da Inflação (NAIRU) de 8,5% para o Brasil, o que implicaria pleno emprego.1 Oreiro contrapõe que essa taxa não é aplicável à economia dual do Brasil, onde uma grande parcela da força de trabalho está no setor informal ou de subsistência com baixa produtividade, representando “desemprego disfarçado”.1 Além disso, Oreiro defende a expansão fiscal para aumentar o investimento público em infraestrutura e estimular o crescimento econômico, o que levaria a uma transferência de mão de obra do setor informal para o setor moderno, aumentando a produtividade geral, o que contradiz a suposta defesa de Pessoa pela contração fiscal.1 A discordância de Oreiro com a estimativa de Pessoa para a taxa de desemprego de equilíbrio decorre de suas diferentes compreensões das características estruturais do mercado de trabalho brasileiro e das políticas apropriadas para alcançar o pleno emprego. A ênfase de Pessoa em uma meta específica de NAIRU provavelmente reflete uma perspectiva macroeconômica mais convencional, onde o desemprego é visto principalmente como um fenômeno cíclico em torno de uma taxa natural. A ênfase de Oreiro no desemprego disfarçado e na necessidade de mudanças estruturais impulsionadas pela política fiscal se alinha a uma visão heterodoxa que enfatiza o papel da demanda agregada e das estratégias de desenvolvimento no enfrentamento do desemprego em países em desenvolvimento.

3. Críticas de Oreiro a Marcos Lisboa

  • “Ponte para o Futuro” e Políticas Pós-Impeachment:
    O documento “Ponte para o Futuro”, elaborado por Marcos Lisboa e outros, serviu de base para a política econômica adotada pelo governo de Michel Temer após o impeachment de Dilma Rousseff.25 José Luis Oreiro critica fortemente essa agenda, argumentando que a grande recessão de 2014-2016 foi causada por uma queda acentuada nos gastos de investimento devido à redução das margens de lucro das empresas não financeiras, resultante do aumento do custo unitário do trabalho e da sobrevalorização da taxa de câmbio, e não pela irresponsabilidade fiscal dos governos do PT.25 Oreiro sustenta que o crescimento modesto observado após a crise demonstrou o fracasso inequívoco dessa agenda liberal, mesmo antes da pandemia de COVID-19.25 Oreiro considera que as políticas econômicas defendidas por Lisboa foram fundamentalmente falhas em seu diagnóstico dos problemas econômicos do Brasil e ineficazes na promoção da recuperação e do crescimento sustentável. A ênfase de Oreiro no investimento, nas margens de lucro e nas taxas de câmbio como principais motores da recessão reflete uma perspectiva heterodoxa que prioriza a demanda agregada e os fatores estruturais. Sua crítica à agenda do “Ponte para o Futuro” destaca um desacordo fundamental com as prescrições de políticas liberais favorecidas por Lisboa.
  • Debate sobre Novo Desenvolvimentismo:
    Oreiro participou de um debate crítico sobre o novo desenvolvimentismo na revista Cadernos do Desenvolvimento, onde apresentou e defendeu políticas novo-desenvolvimentistas, enquanto Lisboa debateu contra essas propostas.22 Samuel Pessoa e Pierre Salama também participaram desse debate, indicando uma discussão mais ampla dessas abordagens econômicas. Oreiro se envolve ativamente em debates acadêmicos com Lisboa sobre estratégias fundamentais de desenvolvimento, sugerindo um confronto intelectual direto entre seus respectivos arcabouços econômicos. O envolvimento de Oreiro nesse debate sinaliza um confronto direto de ideias entre sua perspectiva novo-desenvolvimentista e os pontos de vista mais liberais de Lisboa. O fato de isso ter ocorrido em uma revista acadêmica destaca a natureza erudita de suas divergências.
  • Visão Mais Ampla de Desenvolvimento:
    Oreiro enfatiza a reindustrialização como crucial para a recuperação econômica e o crescimento sustentado do Brasil.28 Essa visão provavelmente contrasta com o foco potencial de Lisboa em outros motores de crescimento, como serviços ou reformas estruturais específicas. Oreiro também é coautor do livro “O Valor das Ideias”, que inclui um capítulo coescrito com Paulo Gala que critica a política econômica, sugerindo mais pontos de desacordo com as perspectivas de Lisboa apresentadas no livro.5 A ênfase consistente de Oreiro na industrialização como chave para o desenvolvimento provavelmente representa uma divergência significativa da visão mais ampla de Lisboa para a economia brasileira, potencialmente abrangendo diferentes prioridades em relação ao desenvolvimento setorial e ao papel do Estado. A ênfase de Oreiro na reindustrialização se alinha ao pensamento novo-desenvolvimentista, que prioriza um setor manufatureiro forte. Isso provavelmente contrasta com a possível maior ênfase de Lisboa na liberalização do mercado e no setor de serviços, refletindo diferentes paradigmas de desenvolvimento. Sua contribuição para “O Valor das Ideias”, um livro coautorado por Lisboa, sugere um engajamento direto e um provável desacordo com as perspectivas ali apresentadas.

4. Críticas de Oreiro a Edmar Bacha

  • Desindustrialização:
    Oreiro oferece críticas extensivas ao artigo de Bacha intitulado “Por que a indústria brasileira encolheu tanto?”.30 Ele discorda da apresentação de Bacha da doença holandesa e da desindustrialização precoce como fenômenos distintos, argumentando que a doença holandesa é uma das causas da desindustrialização precoce ou primária.30 Oreiro cita sua própria pesquisa, que indica que, para o período de 1998 a 2017, 40% da desindustrialização do Brasil poderia ser atribuída à sobrevalorização da taxa de câmbio resultante da doença holandesa.30 Ele também critica a definição de desindustrialização precoce de Bacha, que se concentra no momento (“mais cedo do que antes”), enquanto Oreiro esclarece que o aspecto chave é o nível de renda per capita em que a desindustrialização começa.30 Ele aponta que, nos países latino-americanos, incluindo o Brasil, esse processo começa em níveis de renda muito mais baixos em comparação com os países desenvolvidos na década de 1970.30
    Oreiro considera inadequada a comparação de Bacha entre o Brasil e os países da OCDE em relação à desindustrialização entre 1995 e 2022, explicando que os países da OCDE já haviam passado por uma desindustrialização significativa nas décadas anteriores (1970 e 1980), enquanto o Brasil estava apenas nos estágios iniciais durante o período de 1995 a 2022.30 Além disso, Oreiro observa que o artigo de Bacha surpreendentemente ignora a desindustrialização ocorrida entre 1995 e 2002, período em que o próprio partido político de Bacha (PSDB) estava no poder, e aponta dados que mostram que a participação da indústria de transformação no PIB caiu 1,6 ponto percentual durante esse período, quase o mesmo que no período de 2005 a 2011.30 Oreiro atribui isso à apreciação da taxa de câmbio resultante da política de “crescimento com poupança externa” implementada durante o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, que ele argumenta ter iniciado a desindustrialização do Brasil.30
    Oreiro também critica a explicação alternativa de Bacha para a desindustrialização, que se concentra no declínio relativo da produtividade industrial brasileira devido à baixa integração internacional, argumentando que o raciocínio de Bacha é circular: a indústria brasileira não é competitiva porque não opera internacionalmente, e não consegue alcançar a escala necessária para se tornar competitiva e operar internacionalmente porque não é competitiva.30 Ele sugere que este é um problema de causalidade cumulativa e circular que requer um “big push” para superar.30 Oreiro discorda da provável implicação no argumento de Bacha para reduzir as tarifas de importação, recordando que o Brasil passou por uma significativa liberalização comercial no início da década de 1990, o que, em vez de aumentar a competitividade da indústria de transformação, coincidiu com o início de seu declínio.30 Oreiro acredita que uma maior liberalização comercial no atual estado do setor industrial brasileiro levaria ao seu rápido desaparecimento.30 Por fim, Oreiro refere-se à sua própria pesquisa, que sugere que 60% da desindustrialização do Brasil entre 1998 e 2017 se deveu à deterioração da competitividade não relacionada a preços da indústria de transformação, especificamente o crescente hiato tecnológico em comparação com a fronteira tecnológica global, resultante da falta de investimento em atualizações tecnológicas.30 Ele cita um estudo de 2013 que mostra o envelhecimento do maquinário industrial no Brasil em comparação com países como Alemanha e Estados Unidos como evidência dessa obsolescência contribuindo para o declínio da produtividade relativa.30 Oreiro apresenta uma refutação abrangente e detalhada à análise de desindustrialização de Bacha, desafiando seu arcabouço conceitual, interpretação histórica, explicações causais e implicações de políticas. Isso indica uma divergência significativa em sua compreensão de uma questão crítica para a economia brasileira.
  • Conversibilidade da Conta de Capital:
    Oreiro critica a proposta de plena conversibilidade da conta de capital, defendida por Bacha juntamente com Pérsio Arida.31 Ele argumenta contra a alegação de que a plena conversibilidade reduziria as taxas de juros domésticas ao diminuir o prêmio de risco do país, citando a falta de respaldo empírico na experiência do Brasil na década de 1990.31 Oreiro questiona se a adoção da plena conversibilidade seria necessariamente vista como um sinal crível de confiança do Banco Central (BC) em suas políticas e expressa preocupação com a inconsistência de permitir o livre câmbio, mas restringir o uso de moeda estrangeira para transações domésticas.31 Ele também discorda da ideia de que o Banco Central não precisaria mais manter reservas cambiais sob plena conversibilidade e manifesta ceticismo sobre a relação entre plena conversibilidade e estabilidade da taxa de câmbio.31 Oreiro se opõe fortemente à defesa de Bacha pela plena conversibilidade da conta de capital, considerando-a potencialmente desestabilizadora e não necessariamente levando aos benefícios prometidos de menor risco e taxas de juros. Isso reflete uma abordagem mais cautelosa à liberalização financeira, característica da economia heterodoxa.
  • Política Econômica dos EUA:
    Oreiro critica a visão de Bacha sobre a possibilidade de o Brasil replicar a política econômica dos EUA de usar baixas taxas de juros para estimular a economia através de gastos públicos.36 Ele discorda do argumento de Bacha de que futuros aumentos das taxas de juros impediriam uma política fiscal expansionista no Brasil.36 Oreiro aponta para a correlação negativa ou nula entre a relação dívida pública/PIB e o custo de serviço da dívida no Brasil.36 Ele também observa que um custo da dívida pública de 2,9% do PIB em 2023 (como previsto por Bacha) seria semelhante a 2010, ano em que a sustentabilidade da dívida do Brasil não era questionada.36 Comentários de apoio de Fabio de Araujo e Caio Saboya mencionam a superestimação das previsões do mercado financeiro e o potencial de crescimento econômico para compensar o aumento dos custos de serviço da dívida.36 Oreiro desafia a avaliação de Bacha das restrições à política fiscal do Brasil, chamando a atenção para a relação histórica entre os níveis de dívida e os custos de serviço, sugerindo que as preocupações de Bacha sobre a replicação da política dos EUA podem ser exageradas.
  • Política Fiscal e Teto de Gastos:
    Oreiro se posiciona contra o teto de gastos, defendido por Bacha juntamente com Armínio Fraga e Pedro Malan.11 Ele argumenta que o teto de gastos é uma falácia e foi ineficaz na prevenção de gastos excessivos durante o governo Bolsonaro.11 Oreiro também sustenta que o teto de gastos dificulta os gastos sociais e os investimentos necessários.11 Ele defende uma nova âncora fiscal e o potencial de corte de subsídios para financiar o aumento dos gastos.11 Oreiro é um crítico vocal do teto de gastos, um elemento chave da estrutura de política fiscal ortodoxa no Brasil, sugerindo um desacordo fundamental com Bacha sobre as regras e prioridades apropriadas para os gastos do governo.

5. Críticas de Oreiro a Armínio Fraga

  • Teto de Gastos e Responsabilidade Fiscal:
    Oreiro se opõe fortemente à defesa de Fraga do teto de gastos como crucial para a responsabilidade fiscal e para evitar a inflação.12 Ele argumenta que o teto de gastos foi ineficaz na prevenção de gastos excessivos e na redução do risco-país, além de dificultar os gastos sociais e de investimento necessários.12 Oreiro também sustenta que a inflação entre 2021 e 2022 foi primariamente devido a choques de oferta globais, e não a gastos públicos descontrolados, desafiando as preocupações de Fraga sobre a inflação relacionadas à revogação do teto.12 Oreiro discorda fundamentalmente da ênfase de Fraga no teto de gastos como a pedra angular da política fiscal, considerando-o um instrumento falho e ineficaz que restringe a ação governamental necessária.
  • Níveis da Dívida Pública:
    Oreiro contesta a alegação de Fraga de que o Brasil é um país altamente endividado, apresentando dados comparativos do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 2022 que mostram o nível da dívida do Brasil como médio em comparação com outros países, incluindo nações desenvolvidas, com 88,2% do PIB.16 Ele compara essa porcentagem com a da China (76,9%) e da Índia (83,4%), que apresentam níveis semelhantes, e ressalta que o endividamento brasileiro é inferior ao de países como Estados Unidos (122,1%), Espanha (113,6%), Portugal (114,7%), França (111,8%), Itália (147,2%) e Japão (263,9%).16 Oreiro também menciona que o critério de cálculo utilizado pelo FMI inclui a carteira livre do Banco Central do Brasil, que consiste em títulos da dívida pública emitidos pelo Tesouro Nacional, mas que não estão nas mãos do setor privado, sendo considerados uma espécie de dívida do governo com ele mesmo, e que, utilizando esse critério, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) estava em 77,5% do PIB em agosto de 2022.16 Oreiro refuta diretamente a caracterização de Fraga do nível da dívida do Brasil como excessivo, fornecendo dados para apoiar seu argumento de que está dentro de uma faixa gerenciável em comparação com outros países. Isso sugere um desacordo sobre a urgência e a necessidade de medidas de austeridade estritas.
  • Altas Taxas de Juros:
    Fraga argumenta que as altas taxas de juros reais no Brasil se devem principalmente à baixa poupança doméstica.37 Em contraste, Oreiro sugere que a persistência da indexação na economia brasileira pode contribuir para a necessidade de altas taxas de juros para controlar a inflação, conforme inferido de uma referência a um artigo de Oreiro e Santos de 2022.37 Oreiro e Fraga parecem ter explicações diferentes para as altas taxas de juros persistentes no Brasil, com Fraga focando na poupança e Oreiro potencialmente destacando o papel da indexação e do controle da inflação. Isso reflete diferentes prioridades e compreensões dos fatores que impulsionam a política monetária no Brasil.
  • Regime de Metas de Inflação e Câmbio:
    Embora os trechos não detalhem explicitamente um desacordo entre Oreiro e Fraga sobre o regime de metas de inflação, a postura heterodoxa geral de Oreiro e suas críticas às altas taxas de juros (frequentemente utilizadas em estruturas de metas de inflação) sugerem potenciais divergências. O trecho 38 menciona o impacto dos aumentos das taxas de juros na apreciação da taxa de câmbio, um tópico provavelmente relevante para as visões de ambos os economistas sobre as metas de inflação. A defesa de Oreiro de uma taxa de câmbio competitiva como parte de uma estratégia novo-desenvolvimentista provavelmente contrasta com a potencial preferência de Fraga por um regime de câmbio flutuante com menos intervenção, típico de abordagens ortodoxas. A abordagem heterodoxa de Oreiro e sua ênfase em uma taxa de câmbio competitiva para o desenvolvimento provavelmente levam a desacordos com a potencial adesão de Fraga a visões mais ortodoxas sobre metas de inflação e gestão da taxa de câmbio, onde geralmente se prefere menos intervenção.

6. Conclusão

Em suma, as críticas de José Luis Oreiro aos economistas liberais Samuel Pessoa, Marcos Lisboa, Edmar Bacha e Armínio Fraga revelam divergências significativas em diversas áreas da teoria e da política econômica. Em relação a Samuel Pessoa, a discordância se manifesta nas explicações para o subdesenvolvimento brasileiro, na interpretação de princípios keynesianos fundamentais, na necessidade de externalidades industriais para o novo desenvolvimentismo, na análise macroeconômica durante a pandemia e na concepção da taxa de desemprego de equilíbrio. Quanto a Marcos Lisboa, a crítica centraliza-se na avaliação das causas da recessão de 2014-2016 e na eficácia da agenda liberal pós-impeachment, além de visões contrastantes sobre o novo desenvolvimentismo e a estratégia de desenvolvimento do Brasil, com Oreiro enfatizando a reindustrialização. As críticas a Edmar Bacha abrangem uma análise detalhada e divergente sobre a desindustrialização brasileira, uma forte oposição à proposta de plena conversibilidade da conta de capital, diferentes perspectivas sobre a aplicação da política econômica dos EUA ao Brasil e um desacordo fundamental sobre a política fiscal, especialmente em relação ao teto de gastos. Finalmente, as críticas a Armínio Fraga focam na oposição ao teto de gastos como pilar da responsabilidade fiscal, em interpretações distintas sobre o nível da dívida pública brasileira, em explicações divergentes para as altas taxas de juros e em potenciais desacordos sobre o regime de metas de inflação e a política cambial.

Subjacente a essas críticas estão diferenças teóricas fundamentais: a perspectiva heterodoxa de Oreiro, ancorada no pós-keynesianismo e no novo desenvolvimentismo, confronta os pontos de vista mais liberais ou ortodoxos de Pessoa, Lisboa, Bacha e Fraga. Essa contraposição se reflete em diferentes ênfases na demanda agregada, nos fatores estruturais, no papel do Estado e na interpretação dos princípios macroeconômicos.

Esses debates possuem implicações amplas para a direção da política econômica brasileira, tangenciando questões cruciais como estratégias de crescimento, sustentabilidade fiscal, bem-estar social e integração internacional. A análise das críticas de Oreiro oferece uma perspectiva valiosa para a compreensão das tensões intelectuais que moldam o debate econômico no Brasil e para a busca de soluções de políticas eficazes para os persistentes desafios de desenvolvimento do país.

Referências citadas

  1. Samuel Pessoa | José Luis Oreiro, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/category/samuel-pessoa/
  2. José Luis Oreiro – Conselho Regional de Economia 11ª Região CORECON/DF, acessado em abril 13, 2025, https://corecondf.org.br/category/blog/jose-luis-oreiro/
  3. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO E A ESCOLA NOVO-DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRA – Unesp, acessado em abril 13, 2025, https://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/download/12086/7920/0
  4. 19/06/17 – Debate crítico: novo-desenvolvimentismo – YouTube, acessado em abril 13, 2025, https://www.youtube.com/watch?v=e3QH7A-Gymo
  5. marcos lisboa e samuel pessôa – Companhia das Letras, acessado em abril 13, 2025, https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/14634.pdf
  6. Equilíbrio macro: em busca da perplexidade perdida – José Luis Oreiro, acessado em abril 13, 2025, http://joseluisoreiro.com.br/site/link/cdda6012f7af267f25a60bf2ab8005174c774eb1.pdf
  7. O valor das ideias: Debate em tempos turbulentos (Portuguese Edition) – Amazon.com, acessado em abril 13, 2025, https://www.amazon.com/-/es/Marcos-Lisboa-ebook/dp/B07PPW7FHT
  8. #038 Live do Lisboa: Academia, opinião e políticas públicas – YouTube, acessado em abril 13, 2025, https://www.youtube.com/watch?v=K9xizJyQMZY
  9. Dica de leitura: O valor das ideias, de Marcos Lisboa e Samuel Pessôa – Instituto Millenium, acessado em abril 13, 2025, https://institutomillenium.org.br/dica-de-leitura-o-valor-das-ideias-de-marcos-lisboa-e-samuel-pessoa/
  10. Marcos Lisboa e Samuel Pêssoa lançam o livro O Valor das Ideias: Debate em Tempos Turbulentos – Insper, acessado em abril 13, 2025, https://www.insper.edu.br/content/insper-portal/pt/noticias/2019/5/marcos-lisboa-e-samuel-pessoa-lancam-o-livro-o-valor-das-ideias-.html
  11. Economistas desenvolvimentistas rebatem carta de Armínio, Malan …, acessado em abril 13, 2025, https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/11/5052854-economistas-desenvolvimentistas-rebatem-carta-de-arminio-malan-e-bacha.html
  12. Economistas desenvolvimentistas rebatem carta de Armínio, Malan …, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/2022/11/19/economistas-desenvolvimentistas-rebatem-carta-de-arminio-malan-e-bacha-correio-braziliense-18-11-2022/
  13. Economistas desenvolvimentistas rebatem carta de Armínio Fraga, Pedro Malan e Edmar Bacha para Lula – Jornal O Sul, acessado em abril 13, 2025, https://www.osul.com.br/economistas-desenvolvimentistas-rebatem-carta-de-arminio-fraga-pedro-malan-e-edmar-bacha-para-lula/
  14. Opinião: Teto fictício, subsídios e evasão fiscal insultam urgência social – IDV, acessado em abril 13, 2025, https://www.idv.org.br/noticia/opiniao-teto-ficticio-subsidios-e-evasao-fiscal-insultam-urgencia-social/
  15. “Pacote de Haddad” mostra governo Lula no rumo certo, dizem economistas – Vermelho, acessado em abril 13, 2025, https://vermelho.org.br/2023/01/20/pacote-de-haddad-mostra-governo-lula-no-rumo-certo-dizem-economistas/
  16. Oreiro aponta mais um equívoco de Fraga – Hora do Povo, acessado em abril 13, 2025, https://horadopovo.com.br/oreiro-mais-um-equivoco-de-arminio-fraga-o-brasil-nao-e-um-pais-muito-endividado/
  17. Oreiro rebate previsões catastrofistas – Hora do Povo, acessado em abril 13, 2025, https://horadopovo.com.br/oreiro-rebate-previsoes-catastrofistas-das-contas-e-divida-publica-feitas-pelo-rentismo/
  18. Teto não garante disciplina fiscal, dizem economistas a Lula, acessado em abril 13, 2025, https://www.poder360.com.br/economia/teto-para-garantir-fiscal-e-falacia-dizem-economistas-a-lula/
  19. Que estratégia de desenvolvimento seguir? O Debate Desenvolvimentista Brasileiro no Século XXI Which development strategy shou – Periódicos Científicos da UFRGS, acessado em abril 13, 2025, https://seer.ufrgs.br/index.php/AnaliseEconomica/article/download/47299/36643/257606
  20. Controvérsia Oreiro e Paula Versus Samuel Pessoa sobre o …, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/2022/12/29/controversia-oreiro-e-paula-versus-samuel-pessoa-sobre-o-principio-da-demanda-efetiva-e-a-teoria-da-preferencia-pela-liquidez/
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  22. Editorial | Nº 19 | Feijó | Cadernos do Desenvolvimento, acessado em abril 13, 2025, https://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/article/view/15
  23. Novo-Desenvolvimentismo: minhas divergências com Samuel …, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/2021/12/22/novo-desenvolvimentismo-minhas-divergencias-com-samuel-pessoa/
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  26. maio | 2021 | José Luis Oreiro, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/2021/05/
  27. Arquivos José Luis Oreiro – Fundação Astrojildo Pereira, acessado em abril 13, 2025, https://www.fundacaoastrojildo.org.br/tag/jose-luis-oreiro/
  28. só a retomada do desenvolvimento econômico, não o ajuste fiscal perpétuo, pode – José Luis Oreiro, acessado em abril 13, 2025, http://joseluisoreiro.com.br/site/link/a06fcea5fba6320c8965cdd74d120475f60e5c2d.pdf
  29. O valor das ideias, Marcos Lisboa e Samuel Pessôa (compiladores) – Livraria do Mercado, acessado em abril 13, 2025, https://www.livrariadomercado.com.br/o-valor-das-ideias-debate-em-tempos-turbulentos
  30. Comentários preliminares ao artigo “Por que a indústria brasileira …, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/2024/07/20/comentarios-preliminares-ao-artigo-por-que-a-industria-brasileira-encolheu-tanto-de-admar-bacha/
  31. joseluisoreiro.com.br, acessado em abril 13, 2025, http://joseluisoreiro.com.br/site/link/ef4daaab1abfba7a498f42bc5ccd274aedc80361.pdf
  32. Uma Avaliação Crítica da Proposta de Conversibilidade Plena do Real – José Luis Oreiro, acessado em abril 13, 2025, http://joseluisoreiro.com.br/site/link/707cb6aed9ed1c8f3c67ec5b9ef60f8fd24ca8c6.pdf
  33. Sugestão de Título Para o Artigo : “Por uma moeda parcialmente conversível : uma réplica a Arida e Bacha”, acessado em abril 13, 2025, http://luizfernandodepaula.com.br/ups/por-uma-moeda-parcialmente-conversivel-original.pdf
  34. View of For a partially convertible currency: A critique to Arida and Bacha | Brazilian Journal of Political Economy, acessado em abril 13, 2025, https://centrodeeconomiapolitica.org.br/repojs/index.php/journal/article/view/669/2057
  35. Por uma Moeda Parcialmente Conversível: Uma Crítica a Arida e Bacha – ResearchGate, acessado em abril 13, 2025, https://www.researchgate.net/publication/228751619_Por_uma_Moeda_Parcialmente_Conversivel_Uma_Critica_a_Arida_e_Bacha
  36. O Cochilo Lógico de Edmar Bacha no Valor Econômico | José Luis …, acessado em abril 13, 2025, https://jlcoreiro.wordpress.com/2021/02/01/o-cochilo-logico-de-edmar-bacha-no-valor-economico/
  37. (PDF) The Puzzle of Brazil’s High Interest Rates – ResearchGate, acessado em abril 13, 2025, https://www.researchgate.net/publication/254070936_The_Puzzle_of_Brazil’s_High_Interest_Rates

Estabilidad de precios bajo metas de inflación en Brasil: análisis empírico del mecanismo de transmisión de la política monetaria con base en un modelo VAR, 2000-2008 – SciELO México, acessado em abril 13, 2025, https://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0185-16672013000100005

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