A Semana Santa é um período de profunda reflexão para a maioria dos brasileiros. Nela, somos convidados a revisitar os ensinamentos de Jesus Cristo — não apenas como um rito religioso, mas como um chamado à transformação individual e coletiva.
Jesus pregou o amor ao próximo, a partilha do pão, a valorização dos excluídos. Sua vida foi um projeto de libertação — não apenas espiritual, mas também social:
- Esteve ao lado dos pobres, dos doentes, dos marginalizados;
- E desafiou as estruturas injustas de seu tempo.
Justamente dando ênfase a esse espírito de compaixão, justiça e entrega ao próximo queremos direcionar a abordagem deste texto, inspirados pelos ensinamentos cristãos, e pautar uma reflexão sobre a construção do projeto de nação que desejamos para o Brasil: um projeto verdadeiramente voltado para o bem-estar de todos os brasileiros.
Sendo o Brasil um país majoritariamente cristão, somos desafiados, à luz dos ensinamentos que professamos (ou dizemos professar), a compreender o desenvolvimento não apenas como um processo de crescimento econômico, mas como uma ferramenta de inclusão, dignidade e cuidado com cada cidadão.
Depois de anos de desmonte do Estado Brasileiro, de ataques aos direitos sociais e de um projeto de poder que favorece apenas os mais ricos às custas dos mais pobres, precisamos reagir. É urgente fazer com que o Brasil reencontre o caminho capaz de romper com a lógica da indiferença e do privilégio.
O verdadeiro desenvolvimento é aquele que alimenta o corpo e a alma do povo, que constrói pontes em vez de muros, que distribui oportunidades e garante dignidade.
O país não pode mais aceitar que milhões fiquem à margem até mesmo do mínimo necessário para viver com dignidade, enquanto poucos acumulam tudo:
- Além da recuperação econômica, precisamos resgatar a esperança e o respeito aos mais vulneráveis;
- Acreditar que o Brasil pode, sim, ser justo e próspero para todos.
O Brasil que queremos exige coragem, fé e ação. É tempo de reconstruir a nossa sociedade com base no amor ao próximo e na solidariedade — na firme decisão de não deixar ninguém para trás.
Não podemos mais esperar:
- O futuro precisa ser construído no presente, com coragem moral, solidariedade concreta e compromisso com os que mais sofrem;
- A hora é de transformar iniciativas em um verdadeiro pacto nacional por justiça social e dignidade.
Que a mensagem da Semana Santa — de entrega, resiliência e renovação — seja o sopro que nos empurra para a ação.
Ergamos juntos, portanto, um projeto de nação onde o desenvolvimento não exclui, onde o progresso não destrói e onde a política seja instrumento de serviço ao povo:
- Que cada gesto de solidariedade seja um tijolo na construção de um Brasil onde caibam todos;
- Sem fome, sem medo e com oportunidades reais de uma vida plena para todos os cidadãos brasileiros.
O chamado está feito: transformar a dor em esperança e o país da exclusão em uma Pátria para todos. Que o verdadeiro sentido dessa Páscoa seja o renascimento da esperança como um convite a fazer do Brasil, enfim, a Pátria de todos os brasileiros.