A treta da Guiana Brasileira abriu as portas de uma realidade inconveniente, ou a Europa mantém sua cultura e punjança econômica aceitando o retorno de sua diáspora colonial, ou será tomada pelas culturas africanas e árabes.
Os países europeus estão gradativamente perdendo sua cultura pela imigração e o sentimento de xenofobia tem sido a reação inconsciente.
Com taxas de natalidade abaixo de 2,3 filhos por casal, mínimo para manutenção de uma cultura segundo a UNICEF, esses países optaram por tentarem se proteger de qualquer imigrante, invés de priorizar aqueles que são aculturados.
Esta opção baseada no orgulho e sentimento de superioridade não encontra respaldo na realidade, uma vez que a falta de mão de obra acaba por gerar tantas excessões quanto seria indesejado para os nacionais.
Como resultado, o estrangeiro que vem a crescer a força de trabalho no país, é tratado como pária, aumentando as tensões sociais.
Neste contexto, o Brasil desempenha uma função importante, uma vez que temos no território diversas culturas nacionais preservadas e capazes de resgatar as culturas europeias da extinção lá na Europa, ou sermos a lembrança delas quando forem extintas.
Os portugueses falam de nosso português, porém eles foram influenciados pela invasão francesa.
Gramáticos de ambos os lados do oceano concordam que o português falado no Brasil está mais próximo do português de Camões que o português falado em Portugal.
Um pequeno exemplo é a permanência do uso do gerúndio “estou fazendo” que desapareceu em Portugal na forma “estou a fazer”.
São Paulo é a maior concentração urbana de italianos no mundo, sendo considerada a maior cidade italiana.
As colônias alemães, polonesas, ucranianas não podem ser desprezadas.
Mesmo fora da Europa, o Brasil exerce essa função com imensas comunidades de descendentes japoneses, libaneses, sírios.
Esses dois últimos tão numerosos que praticamente todo libanês e mais da metade dos sírios têm laços familiares com alguém no Brasil e é capaz de requerer direitos migratórios, o que transforma a questão no Oriente Médio em uma questão estratégica nacional.
Esse texto convida à reflexão sobre um fenômeno inevitável, e que terá implicações para os brasileiros.