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Por um Estado Livre para Investir no Bem-Estar do Seu Povo

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A realidade brasileira exige urgência. Em meio a um país com graves déficits sociais, infraestrutura defasada e profundas desigualdades, manter o Estado acorrentado por regras fiscais excessivamente restritivas é mais do que um erro técnico: é uma escolha política que perpetua a estagnação.

O chamado “arcabouço fiscal”, vendido como instrumento de estabilidade, nada mais é do que uma nova roupagem para a velha lógica neoliberal que limita a atuação do Estado, prioriza o rentismo e sacrifica os investimentos públicos em nome de uma austeridade ineficaz – que impede o pleno desenvolvimento do Brasil.

Enquanto o país clama por escolas de qualidade, hospitais funcionando e obras de infraestrutura que gerem emprego e integrem o território nacional:

  • O governo segue submetido a metas fiscais rígidas e ao dogma de um modelo de “responsabilidade” que só vale para os pobres e os serviços públicos;
  • Nunca para o sistema financeiro, que continua sendo remunerado com uma das taxas de juros reais mais altas do mundo.

É hora de romper com essa lógica – o Brasil precisa resgatar a soberania de sua política econômica – e reconhecer que não há desenvolvimento sem investimento público robusto, coordenado e estratégico.

O novo arcabouço fiscal é a continuação do velho modelo neoliberal:

  • Simplesmente substituiu o teto de gastos, mantendo a mesma lógica de controle rígido das despesas públicas, colocando uma camisa de força contra os investimentos sociais;
  • Atrelando o crescimento do gasto primário ao desempenho da arrecadação, que apenas favorece o superávit primário e os interesses do mercado – em detrimento da ampliação de serviços públicos.

Paralelamente a isso a taxa Selic vai sendo usada como instrumento de sabotagem ao investimento público:

  • Com uma das maiores taxas de juros reais do mundo, o Brasil transfere bilhões ao rentismo improdutivo;
  • E os juros altos encarecem o crédito, travando a economia real e ampliando a dívida pública.

Enfim, a narrativa da “responsabilidade fiscal” tem sido usada para justificar cortes em áreas essenciais. Mas o verdadeiro equilíbrio exige responsabilidade social e estratégica.

É completamente falso o dilema estabelecido entre responsabilidade fiscal e desenvolvimento social:

  • Experiências internacionais mostram que o investimento público gera crescimento e, com isso, maior arrecadação;
  • Em síntese, não há como equilibrar as contas públicas sem crescimento econômico.

Portanto, reduzir a Selic é a pré-condição para uma política econômica soberana e voltada ao desenvolvimento e a libertação do Estado para poder atuar como indutor do progresso nacional.

A dependência das regras de mercado e da dita “confiança dos investidores” impõe limites à soberania nacional:

  • O que o Brasil precisa é de um Estado ativo, capaz de liderar projetos de infraestrutura e reindustrialização;
  • Com educação, saúde, habitação, transporte e ciência recebendo investimentos estáveis e contínuos.

A Constituição de 1988 previu um Estado garantidor de direitos, não um agente de contenção fiscal permanente. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deve ser fortalecido como motor de um novo ciclo de crescimento com inclusão: romper com o neoliberalismo não é uma escolha – é condição para que o Brasil volte a crescer com justiça social, dignidade e soberania.

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