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Dia do Trabalhador: A Luta é a Melhor Forma de Comemorar

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O 1º de Maio não é apenas uma data comemorativa — é, antes de tudo, um símbolo de luta.

A origem dessa data remonta às greves operárias de Chicago, em 1886, quando trabalhadores foram às ruas exigir a jornada de 8 horas:

  • A repressão brutal que se seguiu não apagou a chama da mobilização;
  • Ao contrário, fez do Dia do Trabalhador uma data internacional de resistência e memória.

No Brasil, essa tradição também carrega o peso das conquistas e dos enfrentamentos:

  • Desde o início do século XX, os trabalhadores brasileiros têm sido protagonistas na construção de direitos;
  • Na democratização do país;
  • E na afirmação da dignidade do trabalho como pilar de uma sociedade justa.

Foi com luta que conquistamos a CLT, o salário mínimo, a aposentadoria, o 13º salário, as férias remuneradas e tantos outros avanços sociais.

Mas nos últimos anos, enfrentamos um período de retrocesso:

  • A “reforma” trabalhista de 2017, vendida como modernização, precarizou relações de trabalho, enfraqueceu sindicatos e ampliou a informalidade;
  • O desemprego e o subemprego atingiram milhões;
  • E a forma desastrada e totalmente desrespeitosa, diante das necessidades dos trabalhadores, adotada pelo desgoverno Bolsonaro no período da pandemia, somada ao descaso no que se refere aos direitos trabalhistas e sociais dele e de governos anteriores, mergulhou o povo trabalhador na insegurança e na fome.

Hoje, com um novo governo que busca reconstruir o Brasil a partir do diálogo e da valorização do trabalho, é hora de renovar a esperança — mas sem jamais baixar a guarda  — e agora, comemorar, mais de que nunca, significa lutar:

  • Lutar por empregos de qualidade, salário digno, proteção social e direitos iguais entre homens e mulheres;
  • Combater o racismo estrutural, a exploração do trabalho análogo à escravidão e a destruição ambiental que atingem os mais pobres;
  • E enfrentar a agenda neoliberal, assumindo esse enfrentamento como a prioridade das prioridades, não apenas do atual governo – mas de todo o país.

A ideologia neoliberal, que prega o Estado mínimo, a desregulamentação e a primazia do mercado sobre a vida, tem aprofundado a desigualdade, desmantelado políticas públicas e concentrado, cada vez mais, a riqueza nas mãos de poucos no Brasil:

  • Ela se traduz em juros extorsivos;
  • Privatizações lesivas ao interesse nacional;
  • Corte de investimentos sociais;
  • E o enfraquecimento das políticas de valorização do trabalho.

Combater o neoliberalismo significa, portanto, defender a soberania, a industrialização e o emprego digno e lutar por um projeto de país comprometido com a maioria da população, não com os interesses do rentismo / do capital especulativo – e apresentar um outro caminho:

  • Retomando a política industrial para gerar empregos de qualidade e reduzir a dependência externa;
  • Investindo fortemente em infraestrutura, habitação, transporte público e energia como motores da economia e da inclusão social;
  • Fortalecendo o SUS e a educação pública;
  • Ampliando programas de transferência de renda e proteção social, para garantir o mínimo de dignidade à população em situação de vulnerabilidade;
  • E reduzindo a taxa de juros e regulando o sistema financeiro, para que o crédito chegue a quem produz, não apenas a quem especula.

Comemorar o Dia do Trabalhador é manter viva a disposição de lutar, de ocupar as ruas, os sindicatos, os movimentos populares, as redes sociais e os espaços de decisão: é relembrar que nenhum direito veio de presente — todos foram fruto de mobilização.

Neste 1º de Maio, que a classe trabalhadora brasileira possa erguer sua voz com consciência e coragem.

A verdadeira comemoração é construir um país onde o trabalho seja valorizado, onde a renda seja distribuída com justiça e a dignidade humana esteja acima do lucro.

Enquanto houver injustiça e afronta à dignidade humana há necessidade de luta. A história nos ensina: lutar é — e sempre será — a melhor forma de comemorar.

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