Cadastre-se Grátis

Receba nossos conteúdos e eventos por e-mail.

Reféns da Selic — Juros Altos, País Travado

O Brasil Precisa Crescer e Isso se Faz com Coragem Política, Visão Estratégica e Compromisso com o Povo

Mais Lidos

Em meio à estagnação do consumo e à necessidade urgente de estimular investimentos produtivos, ao que tudo indica, o Brasil vai continuar caminhando na contramão do mundo com a perspectiva de elevação da taxa Selic para 14,75% ao ano, nesta quarta-feira.

A expectativa do mercado pela alta, com aval do Banco Central, revela um descompasso perigoso entre a política monetária e os reais desafios econômicos do país:

  • Enquanto o Federal Reserve dos Estados Unidos sinaliza manutenção ou até queda dos juros diante do controle da inflação;
  • O Brasil insiste numa ortodoxia que serve apenas aos rentistas, não à população.

Em vez de impulsionar a produção e o consumo, a política de juros altos penaliza empresas, encarece o crédito, desestimula investimentos e empurra o Estado para gastos desnecessários com o pagamento de juros da dívida:

  • Em outras palavras, trava o crescimento;
  • Mina a geração de empregos;
  • E fragiliza a capacidade do país de enfrentar desigualdades sociais.

A taxa básica de juros brasileira já está entre as mais altas do mundo e não há justificativa econômica sólida para subir a Selic:

  • A inflação brasileira encontra-se sob controle;
  • E há espaço fiscal e monetário para estímulos à economia.

O verdadeiro desafio está no crescimento sustentável, na reindustrialização, na ampliação do crédito produtivo e no fortalecimento do mercado interno, portanto:

  • O Banco Central deveria cumprir sua missão com responsabilidade social;
  • Considerando também o impacto de sua política na atividade econômica e no bem-estar coletivo.

É hora de abandonar o dogma do “juro alto como sinal de responsabilidade” e assumir que responsabilidade real é garantir emprego, renda e investimentos — não proteger os ganhos financeiros de uma minoria:

  • A saída passa pela redução da Selic de forma firme e progressiva, alinhada ao cenário inflacionário real;
  • E, também, pela coordenação entre política fiscal e monetária, com foco no crescimento e o fomento ao crédito direcionado para infraestrutura, habitação, pequenas empresas e inovação.

Para isso, é preciso democratizar do Conselho Monetário Nacional, incluir uma maior representação de setores produtivos e da sociedade civil e revisar a autonomia do Banco Central, que hoje age de forma dissonante com os interesses nacionais.

Chega de sacrificar o futuro do Brasil em nome de uma política que serve apenas aos detentores do capital financeiro.

O Brasil precisa crescer — e isso não se faz com amarras monetárias, mas com coragem política, visão estratégica e compromisso com o povo.

É hora de virar a chave: focar no desenvolvimento do país, gerar empregos, distribuir renda e construir um modelo de desenvolvimento voltado para o conjunto da população — essa é a condição para um Brasil mais forte, soberano e justo.

Artigos Relacionados

Comentários Sobre Conjuntura Internacional, por Marcelo Zero

Essequibo i. Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão...

Manifesto Paraíso Brasil

Paraíso Brasil é movimento coletivo, vivencial e de conhecimento. Se refere à experiência de cada pessoa no Brasil, e à coletividade desta experiência. A...

O Paradoxo do Governo Lula: Indicadores Econômicos e Sociais Relevantes, mas Não Consegue Comunicar Isso ao Povo

O prefeito do Recife, João Campos, reconhecido pela excelência no trabalho de comunicação do seu governo, em entrevista ao programa Roda Viva (ver vídeo),...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Em Alta!

Colunistas