Mais uma vez, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pela elevação da taxa Selic, reafirmando a submissão da política econômica brasileira aos interesses do rentismo e da elite financeira transnacional:
- Outro duro golpe contra o Brasil real;
- O país que trabalha, que produz, que sonha com desenvolvimento, emprego e justiça social.
O argumento de sempre é o controle da inflação. Mas a verdade que se oculta nos salões do Banco Central é que a alta da Selic serve prioritariamente para proteger os ganhos dos detentores da dívida pública, em sua maioria bancos e investidores nacionais e estrangeiros:
- A cada ponto percentual de aumento, bilhões são transferidos dos cofres públicos para remunerar o capital improdutivo;
- Enquanto faltam recursos para investir em saúde, educação, infraestrutura e políticas sociais.
Continuamos presos ao modelo neoliberal que falhou. Um modelo que se recusa a ver o povo, que criminaliza o investimento público, que idolatra o mercado e demoniza o Estado:
- Um insensato modelo que trata o Brasil como se fosse uma planilha de Excel;
- Ignorando a fome, o desemprego, a desigualdade e o imenso potencial produtivo da nação.
Essa política de juros altos, sustentada por uma autonomia do Banco Central que só serve aos rentistas, sabota qualquer tentativa de retomada econômica:
- Inibe o consumo, as pequenas e médias empresas, encarece o crédito, paralisa investimentos e trava a geração de empregos;
- Uma política pensada para manter o país estagnado, para conservar privilégios – para impedir qualquer ruptura com a lógica de concentração de riqueza.
O Brasil precisa de um novo projeto nacional de desenvolvimento.
Um projeto que enfrente o rentismo, que recoloque o Estado como indutor do crescimento, que valorize o trabalho, a produção, a indústria nacional, a agricultura familiar:
- Um projeto que compreenda que o centro da economia deve ser o povo brasileiro;
- Não os humores do “mercado”.
Enquanto os juros seguirem nas alturas e a lógica neoliberal continuar ditando os rumos do país, não haverá emprego qualificado, soberania ou justiça social.
Romper esse cerco exige coragem e ousadia para resgatar o papel transformador do Estado e devolver ao povo o protagonismo que lhe foi negado por décadas de submissão ao capital especulativo. Só haverá futuro para o Brasil quando colocarmos o povo no centro do poder e o trabalho como o motor da economia nacional.