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A fome como arma de guerra: a estratégia genocida de Israel em Gaza. Por Wellington Calasans

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Desde 2023, Israel tem sistematicamente transformado a fome em arma de guerra contra a população civil de Gaza, bloqueando o acesso a alimentos, água, combustível e medicamentos.

Relatórios de organizações como a Médecins du Monde e a ONU confirmam que o cerco é deliberado, visando esgotar os recursos essenciais e forçar a rendição de comunidades inteiras.

Netanyahu, responsável por essa política, não apenas ignora o direito internacional como instrumentaliza a sobrevivência humana para punir coletivamente 2,3 milhões de palestinos, transformando o enclave em um laboratório de sofrimento.

A comunidade internacional, por sua vez, assiste à catástrofe em silêncio cúmplice. Enquanto Israel anuncia “autorizações” para caminhões de ajuda humanitária, a realidade é outra: os suprimentos ficam paralisados no lado israelense da passagem de Karam Abu Salem, sob pretexto de “riscos de segurança” ou burocracias militares.

A ONU reconhece que a ajuda recebida é “uma gota no oceano” e que nenhuma distribuição efetiva ocorreu, mesmo após meses de bloqueio.

Governos que se declaram defensores de direitos humanos limitam-se a condenações vazias, enquanto o genocídio avança sem obstáculos.

Uma nova frente de propaganda israelense tenta mascarar a barbárie: a divulgação global de que ajuda humanitária chinesa, egípcia e de outros países está chegando a Gaza.

Essas alegações, porém, são desmentidas semanas depois, quando se confirma que os caminhões permanecem estacionados sob controle israelense ou são saqueados antes de alcançar a população.

Trata-se de uma estratégia de guerra moderna, em que a narrativa da “assistência humanitária” é usada para ganhar simpatia internacional, enquanto a limpeza étnica segue impune.

A ONU e organizações humanitárias denunciam que Israel manipula a logística da ajuda para prolongar a agonia.

Apesar de anunciar a entrada de “dezenas de caminhões”, as autoridades israelenses não autorizam sua distribuição, alegando rotas “perigosas” — uma desculpa esfarrapada para justificar o cerco.

Enquanto isso, cozinhas comunitárias estão sobrecarregadas, e especialistas alertam para uma fome iminente, já que os estoques de alimentos acabaram há meses.

A população, reduzida à mendicância por migalhas, enfrenta ainda a humilhação de ver propagandas de ajuda que nunca chegam.

A impunidade de Israel é sustentada pela hipocrisia global.

Países que afirmam condenar regimes autoritários fecham os olhos para o bloqueio que mata crianças e idosos em Gaza.

A “razão diplomática” alegada por Israel para liberar alimentos limitados não passa de uma manobra para aliviar pressão internacional e evitar um cessar-fogo.

Enquanto isso, a máquina de propaganda segue operando: vídeos de caminhões de ajuda são divulgados, mas nenhuma imagem mostra sua chegada a quem precisa.

A situação em Gaza é de colapso total. Sem água potável, com hospitais paralisados e uma população à beira da inanição, o que ocorre não é uma crise humanitária, mas um genocídio planejado.

A ONU admite que a ajuda é insuficiente e que a única solução é o fim imediato do cerco — uma demanda ignorada por quem tem poder para intervir.

Enquanto isso, Netanyahu e seus aliados seguem impunes, usando a fome como arma de uma guerra que visa apagar o povo palestino do mapa.

A história julgará não apenas Israel, mas todos os que fecharam os olhos para a barbárie em Gaza.

Enquanto a propaganda israelense tenta normalizar o uso da fome como estratégia, a resistência palestina e as vozes que denunciam o genocídio mostram que a verdade não será silenciada.

A comunidade internacional, ao optar pela neutralidade cúmplice, escolheu seu lado: o do extermínio.

Gaza resiste, mas o preço dessa resistência é pago em vidas que o mundo se recusa a salvar.

 

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