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Ajuste fiscal Neoliberal acelera privatização da Petrobrás, por César Fonseca

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Foto PT

Os banqueiros estão nadando de braçadas no governo Lula e querem agora a privatização da política monetária e da Petrobrás.

Mandam e desmandam e manipulam a taxa de juros para continuarem ganhando os tubos, enquanto a economia real sofre com a queda do poder aquisitivo dos salários que condena à desgraça a taxa de lucro nos negócios em geral.

Desta vez, rejeitaram o imposto sobre operações financeiras.

Como vivem de operações financeiras ao longo dos negócios sobre os quais recaem os tributos, querem ficar cada vez mais distantes da economia real, para não ter sua taxa de lucro sofrendo perigo de queda.

Se não aceitam o IOF e aceitam discutir alternativas, uma destas poderia ser a de cobrança sobre lucros e dividendos da qual são livres?

Recusam sistematicamente essa alternativa.

Vai ser difícil pegar os sonegadores.

A promessa de campanha presidencial de que os ricos seriam taxados para distribuir para os pobres está virando fumaça.

Não aceitam pagar IOF nem imposto sobre lucros e dividendos.

Será que o Planalto propõe como alternativa cobrar pedágio tributário sobre as emendas parlamentares que implicam circulação financeira?

Quanto se cogita cobrar nessa circulação que tem a característica de circulação de mercadoria e serviços que não tem aparência de mercadoria, mas de corrupção?

Imposto de Circulação de Corrupção(ICC)?

Se não vai poder cobrar dos banqueiros, praticamente, nada, de onde o presidente Lula pode tirar para cumprir à classe média a promessa de isentar imposto de renda até 5 salários mínimos?

A burocracia contava com a receita do IOF para pagar a conta da classe média.

Pode não dar.

Essa possibilidade fica cada vez mais distante.

Se não acontecer, a classe média vai ou não para os partidos mais conservadores fazer a oposição ideológica?

Para não ter que enfrentar a crítica ideológica, o Planalto voltou atrás no corte de gastos para as universidades públicas, ameaçadas pelo ajuste fiscal.

Está ficando quase impossível alcançar déficit zero a qualquer custo para atingir meta inflacionária de 3%.

O financismo/rentismo virou fonte perversa produtora de sacrifício popular, maior ameaça política à popularidade governamental.

PRIVATIZAR POLÍTICA MONETÁRIA

Sobra uma margem de negociação com os banqueiros: entregar a privatização do Banco Central.

Ele seria transformado em empresa pública em vez de continuar sendo autarquia.

Adeus, estabilidade trabalhista para os servidores.

O mercado supriria a empresa pública, para seguir orientação do mercado e não do governo na formulação de política monetária.

Seria a privatização da política monetária.

Desejo maior da banca: administrar a grana do estado, diretamente, sem intermediários.

O desespero bateu na autarquia BC.

O mercado quer exercer diretamente a política monetária, excluindo a participação da burocracia estatal, expressa no Ministério da Fazenda, do qual o BC é uma autarquia independente.

O governo está em dificuldade de responder não.

O tesouro nacional tem que captar anualmente R$ 1 trilhão para pagar juro e serviços da dívida.

Está totalmente dependente do mercado.

Precisa atendê-lo, para não entrar em default.

Quem vai continuar comprando os títulos do tesouro, se ele não puder mais suportar a taxa de juro de 14,5%, a mais alta do mundo, para girar a dívida pública de 7 trilhões, do tamanho do PIB?

O mercado, diante da situação fiscal governamental apertada pela dívida financeira, não quer nem ouvir falar em cobrança de impostos sobre movimentação financeira.

BANCA QUER MAIS GARANTIA EM ATIVOS REAIS

Parece que chegou a hora de os credores, com medo de eventual calote, ir para cima dos ativos do governo, como forma de garantia.

Cresce, nesse momento, a pressão para privatizar a Petrobrás.

Seu controle já está nas mãos dos fundos de investimentos privados, mediante prioridade de pagamento de dividendos e não de realização de investimentos.

A prioridade das prioridades é fazer dinheiro rápido nas exportações de óleo cru para importar refinados e acelerar a distribuição de dividendos.

Paralelamente, cresce a conversa da privatização da empresa para ser explorada diretamente pelos acionistas minoritários, aliados aos fundos de investimentos.

A gestão da empresa sairia da mão do governo, como saiu a gestão da Eletrobras das mãos estatais.

Nesse momento, dissemina a privatização das hidrelétricas, acelerada pela gestão privada, na base do modelo PPP – Parcerias Público Privada.

O fato puro, simples e objetivo é só um: o colapso fiscal financeiro especulativo do Estado acelera a privatização de ativos como garantia exigida pelo credor.

Petrobrás, Eletrobrás, um pedaço da Amazônia etc, tudo é ativo bom para o mercado, que, com ele, faz dinheiro rápido, vendendo para sociedades anônimas.

A direita quer chegar ao poder em 2026, a fim de acelerar o processo de privatização, para cumprir a promessa de Trump às corporações privadas petroleiras durante a campanha eleitoral: furar poço pelo mundo inteiro, a começar pela América do Sul.

A privatização da Petrobras já passa a ser a principal meta do fundo de investimento, o Black Rock, o mais forte do mundo, que faz a sua gestão com um discurso privatizante.

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