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Quanto mais Donald Trump fecha os olhos para a insanidade de Benjamin Netanyahu, mais joga fogueira no dólar.
É evidente que Teerã não vai se deixar morrer sob o incêndio das bombas, antes de lançar sua última cartada: fechar o Estreito de Ormuz, por onde passa 30% do abastecimento de petróleo do mundo, colocando-o em xeque, como fator de sobrevivência.
Perdido por um, perdido por mil.
A hiperinflação vai infernizar a vida da população mundial, com a explosão dos preços.
Os salários vão se desvalorizar e as cotações do óleo se supervalorizar.
O poder de compra geral entraria em colapso.
E a hiperinflação, obrigará os bancos centrais a puxar a taxa de juros, para tentar segurar preços.
Os juros, nesse contexto, implodem as dívidas públicas, a começar pela dos Estados Unidos: 37 trilhões de dólares, que requer pagamento de serviços de 9 trilhões.
O efeito cascata se torna inevitável no modo de financiamento da renda da burguesia especulativa global.
A reprodução de capital no cenário hiperinflacionário levaria à fuga do papel moeda e dos títulos dos tesouros dos governos, a começar pelos dos Estados Unidos, o maior devedor mundial.
Tudo que é sólido se desmancha no ar.
Repeteco da moeda alemã, nos anos 1920.
A hiperinflação alemã, principalmente entre 1921 e 1923, foi um período de inflação galopante na República de Weimar, onde os preços subiam a taxas exponenciais e o valor da moeda alemã, o Reichsmark, despencou.
Este fenômeno foi resultado de uma combinação de fatores, incluindo as pesadas reparações de guerra impostas após a Primeira Guerra Mundial, a política monetária irresponsável do governo e especulação financeira.
Para se comprar um quilo de carne ou uma caixa de fósforo, era necessário um caminhão de papel moeda.
Papel podre!
As mercadorias, em contrapartida, transformavam-se em ativos reais.
Diretora de banco americano, nesta semana, lançou alerta: já há investidor que não quer saber de dólar.
Ou busca outra moeda ou outro ativo.
A América do Sul, rica em ativo real(minerais, energia, biodiversidade infinita, ouro, energia solar, terras que garantem até três safras anuais etc, pode ou não se transformar, muito rapidamente, em nova rica do mundo, se o dólar se desvalorizar?
Se Trump continuar fechando os olhos para as loucuras de Netanyahu, de brincar de matar cientista iraniano, achando que o Irã não fechará, em algum momento, as torneiras de Ormuz, pode ou não desvalorizar dólar, se o ativo real americano, sua economia não é mais competitiva diante da China?