O conhecimento é uma construção coletiva da humanidade. Cada ser humano é uma antena, e o conhecimento só se faz quando assimilado por cada um. Mas como obra coletiva, ele paira no ar, nos livros, nas conversas, agora também na internet, nas salas de aula e até em festas. Sim, nas festas populares. É o que defendeu nosso Patrono, Carlos Lessa. Certa vez, Lessa falou aos seus alunos que gostaria de ser reconhecido como “um Brasileiro”. Mas não podemos deixar de tratá-lo também como um Mestre.
Lessa foi um maratonista do conhecimento. Se esta corrida de longa distância surgiu com uma mensagem levada de Maratona a Atenas, podemos dizer que Lessa foi um ultra maratonista, pois percorreu de corpo e alma, e com ideias e conhecimento, todos os cantos deste país continental. Ele era apaixonado pelo Brasil.
Nesta ultra maratona, Lessa foi deixando várias tochas acesas, que foram passadas para as mãos de estudantes, artistas, cientistas e gestores públicos. São milhares de tochas que se mantém acesas pelo país a partir do conhecimento que ele e outros grandes mestres nos legaram, como o oxigênio que sustenta o fogo. Lessa nos ensinou também que não só o conhecimento de cátedra vale, mas o conhecimento do povo, o conhecimento que emerge de eventos coletivos, da cultura, da antropofagia e da organização festiva, fatores distintivos do povo brasileiro, segundo ele.
O imaginário e conhecimento de potencial do Paraíso Brasil é uma dessas ideias que Lessa ajudou a colocar no ar. Das milhares de tochas conduzidas por ele, esta nos foi entregue para levarmos adiante. Manteremos esta tocha acesa, como homenagem e como missão.
Transformaremos o oxigênio do conhecimento em fogo. Essa luz iluminará nossos passos, e usaremos a energia gerada para buscar transformar o Brasil na direção de seu potencial. Afinal, nosso Mestre não era só um homem de ideias, era um homem de ação. Lessa mostrou o potencial deste país, e trabalhou com afinco para nos aproximarmos dele.