Ontem foi realizada uma reunião do COPOM que sinalizou mudança dramática na política de juros. Não só a Selic foi baixada em 0,5%, como o colegiado informou que haveria reduções no mesmo montante nas próximas reuniões. As reuniões ocorrem com intervalo de 45 dias.
A referida reunião foi a primeira que contou com a participação dos dois primeiros diretores do BC nomeados por Lula, Galípolo e Aquino. Os dois votaram pela redução da Selic em 0,5%, proposta que foi aprovada por votação apertada, 5 a 4.
Em dezembro, Lula irá nomer mais dois diretores do BC, que precisarão ser aprovados pelo Senado no início de 2024, após o recesso parlamentar. Três outros bolsonaristas do Copom, inclusive o presidente do BC, terão o mandato encerrado no fim de 2024.
Como eu havia escrito antes, Lula iria derrotar o BC bolsonarista, defensor da agiotagem contra o governo federal, comendo pelas beiradas, sem causar alarde.
A economia brasileira já melhorou dramaticamente durante sete meses de Lula. Irá melhorar muito mais na medida em que o Banco Central for estatizado. Jair Bolsonaro o havia aparelhado com fanáticos ultraliberais recrutados do mercado financeiro.
A Selic, taxa de juros básica da economia brasileira, baixou de 13,75% para 13,25%. Ainda é de longe a taxa básica real mais alta do mundo. Mas a sabotagem do BC ao crescimento econômico está sendo desmontada aos poucos.