Lula extrapolou nesta sexta-feira, arrebentando a boca do balão.
Aula de estadista para um país dominado pelo ressentimento de uma direita ignorante e despeitada.
Ela não esperava por essa experiência impactante que a desarmou.
Jogada política genial.
Sextou!
Os bolsonaristas tiveram uma lição jamais vista.
De coração aberto, o titular do Planalto se encontra com seu maior adversário político, no cenário nacional, e lhe oferece uma parceria, sem pré-condições.
O limite é o interesse público.
A obra submersa Porto de Santos-Guarujá, de apenas 800 metros de comprimento, alcançou o tamanho do Brasil.
Singeleza na relação de amigos.
Lula fez do adversário companheiro de jornada.
Certamente, não teve improviso.
Mas, a coisa rolou com tal desprendimento que se confundiu com festa de maresia no dia 2 de fevereiro, Dia de Iemanjá.
São Paulo, o mundo do concreto e da aparente insensibilidade, quedou-se extasiado com o lance da unidade política entre situação e oposição em prol do bem comum.
A política se encontrou com a sua máxima expressão de utilidade, sensibilidade, espontaneidade, solidariedade e beleza.
A solenidade transcorreu como um encontro de paz no país da polarização que emergiu irresistível em sua violência incompreendida pelas almas civilizadas.
Lula exercitou lance politicamente poético.
Os resultados dessa movimentação política lulista pareceram aos adversários algo impossível de se definir.
Os espíritos se desarmaram em nome do Brasil.
Abriram-se às possibilidades mil de entendimentos essenciais.
A essência em flor no reinado da política é o oxigênio renovador de expectativas.
Porto de Santos-Guarujá, ponte para facilitar o cotidiano da população, é isenta de paixões políticas e plena de abertura ao entendimento.
Lula produziu pelo diálogo, sabedoria e extroversão a multiplicação do pão.