Dias atrás, publicamos uma excelente reflexão do professor André Luís Furtado, sobre a relação entre Democracia e Imperialismo, na qual toca-se o dedo na ferida: a “democracia” não pode ser um fim em si mesma, sobretudo se servir apenas para atender a interesses imperialistas.
Coincidentemente hoje mesmo, publicamos uma excelente reflexão de Petronio Portella Filho à partir da resenha de uma obra seminal de Mark Blyth, na qual ele expõe o uso ideológico e opressor da expressão “austeridade”, outra palavra que não sai da boca dos liberais.
Neste sentido o texto de André Nunes, postado hoje no canal que ele tem no Telegram, vai de encontro ao uso destas palavras bonitinhas, mas ordinárias, que os liberais usam para mascarar perversidades contra o povo. Recomendo muito a leitura:
Democracia?
Milton Friedman, guru do neoliberalismo, dizia sem nenhum pudor em seu livro Capitalismo e Liberdade, que a busca do lucro seria a essência da “democracia”. Logo, todo governo que seguisse uma política antimercado seria antidemocrático, por mais apoio popular que tivesse.
Ou seja, não importa a opinião do povo, os anseios populares, o que realmente importa são os interesses do mercado, dos donos do capital. Essa é a democracia do sistema liberal-burguês, ancorada no neoliberalismo.
O mesmo acontece no cenário geopolítico, “democracia” é apenas o que se submete aos interesses de Washington, tudo que não agrada aos Estados Unidos torna-se ineditamente ditadura.
Qualquer coisa que se oponha aos interesses econômicos dos Estados Unidos é tirania. Mas, caso haja um governo capitalista sanguinário disposto a colaborar com a hegemonia yankee não há problema, afinal, são aliados.
E ainda não nos cansamos desse papo furado de “democracia”…